Literatura eletrônica: análise e sugestão de atividades com as obras literárias digitais no ensino fundamental II

• Autor(a) principal: Chimenes, Edna Gamboa
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
• Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/24686
• topic: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES; Literatura eletrônica; Leitores - Formação; Linguagem literária; Leitura; Literatura e tecnologia; Intermidialidade; Electronics literature; Reader - Formation; Literary language; Reading; Literature and technology; Intermediality; Letras

Em um contexto em que a tecnologia se faz presente, cada vez mais, nas atividades e configuração social, a prática textual vai sendo pressionada a fazer parte deste contexto, pois se trata de uma área em que os novos leitores precisam de estímulo e conhecimentos relacionados para a construção do saber ou para a compreensão da obra. Surge, também, a necessidade de uma reflexão acerca das definições dos tipos de leitores, apresentada por Santaella (2004, 2013), para auxiliar na compreensão de diferentes linguagens e interação entre os elementos dos textos eletrônicos. Assim, este trabalho busca extrair as principais características da literatura digital, a partir de uma análise qualitativa de cunho interpretativo, utilizando como objeto oito obras literárias digitais, do site Literatura Digital, organizado pelo Marcelo Spalding. O objetivo é analisar a (re)configuração da linguagem literária, observando, nas oito obras digitais selecionadas (Um estudo em vermelho, Enigma, Terminal, O jogo do gato poeta, Labirintos Sazonais, Hiperlendas Mato-Grossenses, Eu no comando e Ciberpoesia), a construção estética utilizada, sugerindo uma prática de leitura, direcionada aos alunos do Ensino Fundamental II, que empregue essas obras, a partir da Perspectiva Rizomática pensada por Sílvio Gallo (2008). Segundo Deleuze e Guattari (2004, p. 15), apontam que “as multiplicidades são rizomáticas e denunciam as pseudomultiplicidades arborescentes. Inexistência, pois, de unidade que sirva de pivô no objeto ou que se divida no sujeito”. O embasamento teórico está fundamentado na apresentação e consideração da relação entre literatura e tecnologia, na comparação e análise do digital e do digitalizado, além da definição e possibilidades de intermidialidade, chegando às ferramentas que caracterizam, efetivamente, a literatura digital, a partir dos conceitos apresentados por Lévy (1998), Hayles (2009), Santaella (2004, 2013), Gallo (2008), entre outros. O estudo considera que diferentes obras fazem o uso de determinados elementos como compositores da construção do enredo, ampliando e trazendo outros elementos para a leitura e interpretação do texto, de acordo com o objetivo que é traçado para cada uma delas.