Desenvolvimento e aplicação de um protocolo osteopático de tratamento para bebês com refluxo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gemelli, Mauro
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/1019
Resumo: Estudos revelam uma prevalência do refluxo gastroesofágico (RGE) em bebês no Brasil entorno de 11,5% a 18,2%, semelhante aos dados internacionais, trazendo sintomas que podem se perpetuar até a infância e adolescência. Os protocolos de tratamento atuais são em resumo medicamentosos. Poucos estudos referem evidências sobre terapias complementares no tratamento do refluxo. A osteopatia poderia ser utilizada neste contexto para tratar as causas do refluxo, porém, estudos que determinem Protocolos Osteopáticos de Tratamento (POT) são limitados e não são específicos para este diagnóstico. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a aplicação de um POT desenvolvido para bebês de zero a um ano através de um método quantitativo. Foi realizado um estudo descritivo longitudinal com 59 bebês com idade entre zero e um ano de idade diagnosticados com refluxo e em tratamento medicamentoso. Inicialmente todos foram avaliados com o questionário I-GERQ-R. Trinta e três crianças foram selecionadas para o grupo A, que foi submetido ao POT em paralelo ao tratamento farmacológico, ou durante dois meses ou até atingir um score mínimo no questionário, o que ocorresse primeiro. O grupo B foi acompanhado pelo mesmo período, sendo reavaliado após dois meses. Foram analisados os dados coletados do questionário e os sintomas associados de cólica e tosse. No grupo A, a média inicial do score I-GERQ-R foi de 14,57 ±3,65 e a final 1,39 ±2,09 pontos (p=0,001). No grupo B estes valores foram respectivamente 17,23 ±4,78 e 8,46 ±7,41, caracterizando uma permanência do grupo B no diagnóstico de refluxo (escore>7) apesar da melhora com significância estatística (p=0,043). No grupo A 13 indivíduos chegaram ao escore final zero (“0”), enquanto que no grupo B nenhum indivíduo atingiu este escore. A redução da prevalência no uso de medicação ao final do estudo no grupo A foi de 75,76% enquanto que no grupo B esta redução foi de 11,54%. A melhora no grupo A ocorreu em um tempo médio de 28,76 ± 11,43 dias, independente da idade, onde o número médio de sessões foi 3,91 ±0,80. O sintoma de vômito apresentou melhora significativa no grupo A (p=0,001) mas não no grupo B (p=0,063). O sintoma de azia apresentou uma melhora significativa em ambos os grupos A e B (p=0,001 e p=0,002 respectivamente), bem como o soluço (p=0,001 e p=0,001 respectivamente). O sintoma de choro apresentou melhora significativa para o grupo A (p=0,001), porém não para o grupo B (P=0,123). Da mesma forma, os episódios de engasgos apresentaram redução estatisticamente significativa no grupo A (p=0,001) e não no grupo B (p=0,105). A tosse no grupo A foi reduzida em 94,45% (p=0,001) e a cólica em 75% (p=0,001). No grupo B a tosse permaneceu com a mesma incidência (14 casos) (p=1,000) e o sintoma de cólica aumentou 88,89% (de nove para 17 casos) (p=0,008). Conclui-se, portanto, que o POT proposto se mostrou eficaz na redução dos sintomas do refluxo em bebês e sintomas de tosse e cólica associados, em um tempo aproximado de 29 dias a níveis próximos à zero, tempo inferior ao descrito na literatura. Entende-se que o protocolo tenha atingido os mecanismos de causa do RGE, e, portanto a associação do POT com o tratamento medicação pode ser sugerido na abordagem do RGE em bebês de zero a um ano de idade.
id UTFPR-12_fc520f7f5bd5bc52ebd566c849fa87d0
oai_identifier_str oai:repositorio.utfpr.edu.br:1/1019
network_acronym_str UTFPR-12
network_name_str Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
repository_id_str
spelling 2015-02-04T17:22:30Z2015-02-04T17:22:30Z2014-11-13GEMELLI, Mauro. Desenvolvimento e aplicação de um protocolo osteopático de tratamento para bebês com refluxo. 2014. 76 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Biomédica) – Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 2014.http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/1019Estudos revelam uma prevalência do refluxo gastroesofágico (RGE) em bebês no Brasil entorno de 11,5% a 18,2%, semelhante aos dados internacionais, trazendo sintomas que podem se perpetuar até a infância e adolescência. Os protocolos de tratamento atuais são em resumo medicamentosos. Poucos estudos referem evidências sobre terapias complementares no tratamento do refluxo. A osteopatia poderia ser utilizada neste contexto para tratar as causas do refluxo, porém, estudos que determinem Protocolos Osteopáticos de Tratamento (POT) são limitados e não são específicos para este diagnóstico. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a aplicação de um POT desenvolvido para bebês de zero a um ano através de um método quantitativo. Foi realizado um estudo descritivo longitudinal com 59 bebês com idade entre zero e um ano de idade diagnosticados com refluxo e em tratamento medicamentoso. Inicialmente todos foram avaliados com o questionário I-GERQ-R. Trinta e três crianças foram selecionadas para o grupo A, que foi submetido ao POT em paralelo ao tratamento farmacológico, ou durante dois meses ou até atingir um score mínimo no questionário, o que ocorresse primeiro. O grupo B foi acompanhado pelo mesmo período, sendo reavaliado após dois meses. Foram analisados os dados coletados do questionário e os sintomas associados de cólica e tosse. No grupo A, a média inicial do score I-GERQ-R foi de 14,57 ±3,65 e a final 1,39 ±2,09 pontos (p=0,001). No grupo B estes valores foram respectivamente 17,23 ±4,78 e 8,46 ±7,41, caracterizando uma permanência do grupo B no diagnóstico de refluxo (escore>7) apesar da melhora com significância estatística (p=0,043). No grupo A 13 indivíduos chegaram ao escore final zero (“0”), enquanto que no grupo B nenhum indivíduo atingiu este escore. A redução da prevalência no uso de medicação ao final do estudo no grupo A foi de 75,76% enquanto que no grupo B esta redução foi de 11,54%. A melhora no grupo A ocorreu em um tempo médio de 28,76 ± 11,43 dias, independente da idade, onde o número médio de sessões foi 3,91 ±0,80. O sintoma de vômito apresentou melhora significativa no grupo A (p=0,001) mas não no grupo B (p=0,063). O sintoma de azia apresentou uma melhora significativa em ambos os grupos A e B (p=0,001 e p=0,002 respectivamente), bem como o soluço (p=0,001 e p=0,001 respectivamente). O sintoma de choro apresentou melhora significativa para o grupo A (p=0,001), porém não para o grupo B (P=0,123). Da mesma forma, os episódios de engasgos apresentaram redução estatisticamente significativa no grupo A (p=0,001) e não no grupo B (p=0,105). A tosse no grupo A foi reduzida em 94,45% (p=0,001) e a cólica em 75% (p=0,001). No grupo B a tosse permaneceu com a mesma incidência (14 casos) (p=1,000) e o sintoma de cólica aumentou 88,89% (de nove para 17 casos) (p=0,008). Conclui-se, portanto, que o POT proposto se mostrou eficaz na redução dos sintomas do refluxo em bebês e sintomas de tosse e cólica associados, em um tempo aproximado de 29 dias a níveis próximos à zero, tempo inferior ao descrito na literatura. Entende-se que o protocolo tenha atingido os mecanismos de causa do RGE, e, portanto a associação do POT com o tratamento medicação pode ser sugerido na abordagem do RGE em bebês de zero a um ano de idade.The prevalence of gastroesophageal reflux disease (GERD) in infants in Brazil is about 11.5% to 18,2%, similar to international data, bringing symptoms that can be perpetuated into childhood and adolescence. Current treatment protocols are medicated summary, and few studies have reported evidence for complementary therapies in the treatment of reflux. Osteopathy could be used in this context to treat the causes of reflux, however, studies evaluating Osteopathic Protocols Treatments (OPT) are limited and are not specific for this diagnosis. The objective of this study was to develop and evaluate the application of a OPT developed for infants less than one year through a quantitative method. A longitudinal descriptive study of 59 babies aged under one year of age diagnosed with reflux and in a drug treatment was performed. Initially all were evaluated with I-GERQ-R questionnaire. Thirty- three children were selected for group A, which was submitted to OPT parallel to pharmacological treatment for two months or until it reaches a minimum score on the questionnaire, whichever came first. Group B was accompanied by the same period of two months and after that being re-evaluated. Data collected from the questionnaire and the associated symptoms of colic and cough were analyzed. In group A, the initial average score I-GERQ-R was 14.57 ±3.65 and 1.39 ±2.09 points at the end (p = 0.001). In group B these values were 17.23 ±4.78 and 8.46 ±7.41 points, featuring a stay of group B in the diagnosis of reflux (score>7) despite improvement with statistical significance (p = 0.043). In group A, 13 subjects reached the final score zero ("0"), while in group B no individual reached this score. Reduced use of medication in group A was 75.76% while in group B this reduction was only 11.54%. The improvement in group A occurred at a mean time of 28.76 ±11.43 days, regardless of age, where the average number of sessions was 3.91 ±0.80. The symptom of vomiting improved significantly in group A (p = 0.001) but not in group B (p = 0.063). The symptom of heartburn showed a significant improvement in both groups A and B (p = 0.001 and p = 0.002 respectively), as well as hiccup (p = 0.001 and p = 0.001 respectively). The symptom of crying showed significant improvement in group A (p = 0.001), but not for group B (P = 0.123). Likewise, choking episodes exhibited statistically significant reduction in group A (p = 0.001) and not in group B (p = 0.105). Coughing in the group A was reduced by 94.75% (p=0,001) and 75% in colic (p=0,001). In group B the cough remained with the same incidence (14 cases) (p=1,000) and colic increased significantly from nine to 17 cases (p=0,008). Therefore, it is concluded that the proposed OPT was effective in reducing symptoms of reflux in infants and symptoms of cough and colic associated in an approximate 29 days to levels close to zero, time lower than that described in the literature. It is understood that the protocol has reached the causal mechanisms of GER, and therefore the association of OPT with a medication treatment may be suggested in the approach of GER in infants less than one year old.porUniversidade Tecnológica Federal do ParanáCuritibaPrograma de Pós-Graduação em Engenharia BiomédicaRefluxo gastroesofágicoMedicina osteopáticaProtocolos médicosFisioterapiaQuestionáriosEngenharia biomédicaMedicina baseada em evidênciasGastroesophageal refluxOsteopathic medicineMedical protocolsPhysical therapyQuestionnairesBiomedical engineeringEvidence-based medicineDesenvolvimento e aplicação de um protocolo osteopático de tratamento para bebês com refluxoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisCuritibaMestradoUlbricht, LeandraGemelli, Mauroreponame:Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))instname:Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)instacron:UTFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessTHUMBNAILCT_PPGEB_M_Gemelli, Mauro_2014.pdf.jpgCT_PPGEB_M_Gemelli, Mauro_2014.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1203http://repositorio.utfpr.edu.br:8080/jspui/bitstream/1/1019/4/CT_PPGEB_M_Gemelli%2c%20Mauro_2014.pdf.jpg320f47d6fb54ed27bab779ea2536a8feMD54ORIGINALCT_PPGEB_M_Gemelli, Mauro_2014.pdfCT_PPGEB_M_Gemelli, Mauro_2014.pdfapplication/pdf1389411http://repositorio.utfpr.edu.br:8080/jspui/bitstream/1/1019/1/CT_PPGEB_M_Gemelli%2c%20Mauro_2014.pdfba29c0f638cc244f21cd1860e6fc7db7MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81292http://repositorio.utfpr.edu.br:8080/jspui/bitstream/1/1019/2/license.txt009f5cba5f69d75c09da00b6f53f483aMD52TEXTCT_PPGEB_M_Gemelli, Mauro_2014.pdf.txtCT_PPGEB_M_Gemelli, Mauro_2014.pdf.txtExtracted texttext/plain151746http://repositorio.utfpr.edu.br:8080/jspui/bitstream/1/1019/3/CT_PPGEB_M_Gemelli%2c%20Mauro_2014.pdf.txtdc0a4ee8c4bced7d2f09ba9e32fd4ccfMD531/10192015-03-07 03:20:11.42oai:repositorio.utfpr.edu.br:1/1019ICBOYSBxdWFsaWRhZGUgZGUgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IgZGEgcHVibGljYcOnw6NvLCBhdXRvcml6byBhIFVURlBSIGEgdmVpY3VsYXIsIAphdHJhdsOpcyBkbyBQb3J0YWwgZGUgSW5mb3JtYcOnw6NvIGVtIEFjZXNzbyBBYmVydG8gKFBJQUEpIGUgZG9zIENhdMOhbG9nb3MgZGFzIEJpYmxpb3RlY2FzIApkZXN0YSBJbnN0aXR1acOnw6NvLCBzZW0gcmVzc2FyY2ltZW50byBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIGRlIGFjb3JkbyBjb20gYSBMZWkgbm8gOS42MTAvOTgsIApvIHRleHRvIGRlc3RhIG9icmEsIG9ic2VydmFuZG8gYXMgY29uZGnDp8O1ZXMgZGUgZGlzcG9uaWJpbGl6YcOnw6NvIHJlZ2lzdHJhZGFzIG5vIGl0ZW0gNCBkbyAK4oCcVGVybW8gZGUgQXV0b3JpemHDp8OjbyBwYXJhIFB1YmxpY2HDp8OjbyBkZSBUcmFiYWxob3MgZGUgQ29uY2x1c8OjbyBkZSBDdXJzbyBkZSBHcmFkdWHDp8OjbyBlIApFc3BlY2lhbGl6YcOnw6NvLCBEaXNzZXJ0YcOnw7VlcyBlIFRlc2VzIG5vIFBvcnRhbCBkZSBJbmZvcm1hw6fDo28gZSBub3MgQ2F0w6Fsb2dvcyBFbGV0csO0bmljb3MgZG8gClNpc3RlbWEgZGUgQmlibGlvdGVjYXMgZGEgVVRGUFLigJ0sIHBhcmEgZmlucyBkZSBsZWl0dXJhLCBpbXByZXNzw6NvIGUvb3UgZG93bmxvYWQsIHZpc2FuZG8gYSAKZGl2dWxnYcOnw6NvIGRhIHByb2R1w6fDo28gY2llbnTDrWZpY2EgYnJhc2lsZWlyYS4KCiAgQXMgdmlhcyBvcmlnaW5haXMgZSBhc3NpbmFkYXMgcGVsbyhzKSBhdXRvcihlcykgZG8g4oCcVGVybW8gZGUgQXV0b3JpemHDp8OjbyBwYXJhIFB1YmxpY2HDp8OjbyBkZSAKVHJhYmFsaG9zIGRlIENvbmNsdXPDo28gZGUgQ3Vyc28gZGUgR3JhZHVhw6fDo28gZSBFc3BlY2lhbGl6YcOnw6NvLCBEaXNzZXJ0YcOnw7VlcyBlIFRlc2VzIG5vIFBvcnRhbCAKZGUgSW5mb3JtYcOnw6NvIGUgbm9zIENhdMOhbG9nb3MgRWxldHLDtG5pY29zIGRvIFNpc3RlbWEgZGUgQmlibGlvdGVjYXMgZGEgVVRGUFLigJ0gZSBkYSDigJxEZWNsYXJhw6fDo28gCmRlIEF1dG9yaWHigJ0gZW5jb250cmFtLXNlIGFycXVpdmFkYXMgbmEgQmlibGlvdGVjYSBkbyBDw6JtcHVzIG5vIHF1YWwgbyB0cmFiYWxobyBmb2kgZGVmZW5kaWRvLiAKTm8gY2FzbyBkZSBwdWJsaWNhw6fDtWVzIGRlIGF1dG9yaWEgY29sZXRpdmEgZSBtdWx0aWPDom1wdXMsIG9zIGRvY3VtZW50b3MgZmljYXLDo28gc29iIGd1YXJkYSBkYSAKQmlibGlvdGVjYSBjb20gYSBxdWFsIG8g4oCccHJpbWVpcm8gYXV0b3LigJ0gcG9zc3VhIHbDrW5jdWxvLgo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.utfpr.edu.br:8080/oai/requestopendoar:2015-03-07T06:20:11Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT)) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Desenvolvimento e aplicação de um protocolo osteopático de tratamento para bebês com refluxo
title Desenvolvimento e aplicação de um protocolo osteopático de tratamento para bebês com refluxo
spellingShingle Desenvolvimento e aplicação de um protocolo osteopático de tratamento para bebês com refluxo
Gemelli, Mauro
Refluxo gastroesofágico
Medicina osteopática
Protocolos médicos
Fisioterapia
Questionários
Engenharia biomédica
Medicina baseada em evidências
Gastroesophageal reflux
Osteopathic medicine
Medical protocols
Physical therapy
Questionnaires
Biomedical engineering
Evidence-based medicine
title_short Desenvolvimento e aplicação de um protocolo osteopático de tratamento para bebês com refluxo
title_full Desenvolvimento e aplicação de um protocolo osteopático de tratamento para bebês com refluxo
title_fullStr Desenvolvimento e aplicação de um protocolo osteopático de tratamento para bebês com refluxo
title_full_unstemmed Desenvolvimento e aplicação de um protocolo osteopático de tratamento para bebês com refluxo
title_sort Desenvolvimento e aplicação de um protocolo osteopático de tratamento para bebês com refluxo
author Gemelli, Mauro
author_facet Gemelli, Mauro
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Ulbricht, Leandra
dc.contributor.author.fl_str_mv Gemelli, Mauro
contributor_str_mv Ulbricht, Leandra
dc.subject.por.fl_str_mv Refluxo gastroesofágico
Medicina osteopática
Protocolos médicos
Fisioterapia
Questionários
Engenharia biomédica
Medicina baseada em evidências
Gastroesophageal reflux
Osteopathic medicine
Medical protocols
Physical therapy
Questionnaires
Biomedical engineering
Evidence-based medicine
topic Refluxo gastroesofágico
Medicina osteopática
Protocolos médicos
Fisioterapia
Questionários
Engenharia biomédica
Medicina baseada em evidências
Gastroesophageal reflux
Osteopathic medicine
Medical protocols
Physical therapy
Questionnaires
Biomedical engineering
Evidence-based medicine
description Estudos revelam uma prevalência do refluxo gastroesofágico (RGE) em bebês no Brasil entorno de 11,5% a 18,2%, semelhante aos dados internacionais, trazendo sintomas que podem se perpetuar até a infância e adolescência. Os protocolos de tratamento atuais são em resumo medicamentosos. Poucos estudos referem evidências sobre terapias complementares no tratamento do refluxo. A osteopatia poderia ser utilizada neste contexto para tratar as causas do refluxo, porém, estudos que determinem Protocolos Osteopáticos de Tratamento (POT) são limitados e não são específicos para este diagnóstico. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a aplicação de um POT desenvolvido para bebês de zero a um ano através de um método quantitativo. Foi realizado um estudo descritivo longitudinal com 59 bebês com idade entre zero e um ano de idade diagnosticados com refluxo e em tratamento medicamentoso. Inicialmente todos foram avaliados com o questionário I-GERQ-R. Trinta e três crianças foram selecionadas para o grupo A, que foi submetido ao POT em paralelo ao tratamento farmacológico, ou durante dois meses ou até atingir um score mínimo no questionário, o que ocorresse primeiro. O grupo B foi acompanhado pelo mesmo período, sendo reavaliado após dois meses. Foram analisados os dados coletados do questionário e os sintomas associados de cólica e tosse. No grupo A, a média inicial do score I-GERQ-R foi de 14,57 ±3,65 e a final 1,39 ±2,09 pontos (p=0,001). No grupo B estes valores foram respectivamente 17,23 ±4,78 e 8,46 ±7,41, caracterizando uma permanência do grupo B no diagnóstico de refluxo (escore>7) apesar da melhora com significância estatística (p=0,043). No grupo A 13 indivíduos chegaram ao escore final zero (“0”), enquanto que no grupo B nenhum indivíduo atingiu este escore. A redução da prevalência no uso de medicação ao final do estudo no grupo A foi de 75,76% enquanto que no grupo B esta redução foi de 11,54%. A melhora no grupo A ocorreu em um tempo médio de 28,76 ± 11,43 dias, independente da idade, onde o número médio de sessões foi 3,91 ±0,80. O sintoma de vômito apresentou melhora significativa no grupo A (p=0,001) mas não no grupo B (p=0,063). O sintoma de azia apresentou uma melhora significativa em ambos os grupos A e B (p=0,001 e p=0,002 respectivamente), bem como o soluço (p=0,001 e p=0,001 respectivamente). O sintoma de choro apresentou melhora significativa para o grupo A (p=0,001), porém não para o grupo B (P=0,123). Da mesma forma, os episódios de engasgos apresentaram redução estatisticamente significativa no grupo A (p=0,001) e não no grupo B (p=0,105). A tosse no grupo A foi reduzida em 94,45% (p=0,001) e a cólica em 75% (p=0,001). No grupo B a tosse permaneceu com a mesma incidência (14 casos) (p=1,000) e o sintoma de cólica aumentou 88,89% (de nove para 17 casos) (p=0,008). Conclui-se, portanto, que o POT proposto se mostrou eficaz na redução dos sintomas do refluxo em bebês e sintomas de tosse e cólica associados, em um tempo aproximado de 29 dias a níveis próximos à zero, tempo inferior ao descrito na literatura. Entende-se que o protocolo tenha atingido os mecanismos de causa do RGE, e, portanto a associação do POT com o tratamento medicação pode ser sugerido na abordagem do RGE em bebês de zero a um ano de idade.
publishDate 2014
dc.date.issued.fl_str_mv 2014-11-13
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2015-02-04T17:22:30Z
dc.date.available.fl_str_mv 2015-02-04T17:22:30Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv GEMELLI, Mauro. Desenvolvimento e aplicação de um protocolo osteopático de tratamento para bebês com refluxo. 2014. 76 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Biomédica) – Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 2014.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/1019
identifier_str_mv GEMELLI, Mauro. Desenvolvimento e aplicação de um protocolo osteopático de tratamento para bebês com refluxo. 2014. 76 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Biomédica) – Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 2014.
url http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/1019
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Engenharia Biomédica
publisher.none.fl_str_mv Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
instname:Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)
instacron:UTFPR
instname_str Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)
instacron_str UTFPR
institution UTFPR
reponame_str Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
collection Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
bitstream.url.fl_str_mv http://repositorio.utfpr.edu.br:8080/jspui/bitstream/1/1019/4/CT_PPGEB_M_Gemelli%2c%20Mauro_2014.pdf.jpg
http://repositorio.utfpr.edu.br:8080/jspui/bitstream/1/1019/1/CT_PPGEB_M_Gemelli%2c%20Mauro_2014.pdf
http://repositorio.utfpr.edu.br:8080/jspui/bitstream/1/1019/2/license.txt
http://repositorio.utfpr.edu.br:8080/jspui/bitstream/1/1019/3/CT_PPGEB_M_Gemelli%2c%20Mauro_2014.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 320f47d6fb54ed27bab779ea2536a8fe
ba29c0f638cc244f21cd1860e6fc7db7
009f5cba5f69d75c09da00b6f53f483a
dc0a4ee8c4bced7d2f09ba9e32fd4ccf
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT)) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1805923244378685440