Remoção de chumbo e níquel de efluente sintético utilizando membrana líquida emulsionada

• Autor(a) principal: Oliveira, Maria Clara Faria de
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
• Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/11570
• topic: CNPQ::ENGENHARIAS::ENGENHARIA QUIMICA; Extração (Química); Águas residuais - Purificação; Metais pesados; Emulsões; Extraction (Chemistry); Sewage - Purification; Heavy metals; Emulsions

Devido à intensificação das atividades industriais, agrícolas e ao desenvolvimento urbano, com o passar do tempo, cresceu a preocupação com a geração de resíduos. Os metais pesados ganham destaque devido a sua toxidade, que podem ser prejudiciais para a saúde humana e biota aquática. Para tratamento de efluentes, existem diversos tipos de tratamento que dependem da natureza e complexidade do efluente. Em relação aos metais pesados, existem alguns tratamentos amplamente utilizados para remoção desses no efluente. Como desvantagem, esses métodos apresentam geração de um lodo tóxico, custos elevados, utilização de grandes quantidades de reagente e, por vezes, não conseguem tratar concentrações traços desses metais. Em virtude disso, as membranas líquidas emulsionadas foram propostas, pois conseguem remover baixas concentrações de metais, não formam um resíduo sólido a ser tratado. Além disso, as membranas líquidas emulsionadas podem ser reutilizadas, o que diminui a quantidade de reagentes utilizados para o tratamento. Nesse estudo pretendeu-se estudar a viabilidade de utilização das membranas líquidas emulsionadas para remoção de chumbo e níquel, avaliando a interferência dos surfactantes e extratantes nas condições pré-definidas. O estudo ainda propõe a utilização de um biossurfactante, que potencializa a viabilidade econômica e ambiental da utilização da membrana. O extratante utilizado no estudo foi o álcool octílico, o surfactante foi o Span 80. O biossurfactante foi a lecitina de soja e o solvente o querosene. Foi constatado que o níquel não possui afinidade com o extratante e o surfactante, por isso obteve resultados de baixa remoção em todos os casos avaliados. O chumbo chegou a remoções de 98% m/m na utilização tanto do Span 80 quanto da Lecitina de Soja, apresentando boa afinidade com o surfactante utilizado. Um ciclo de 12 reaproveitamentos das membranas líquidas emulsionadas foi avaliado para ambos os surfactantes. Não foi atingida a saturação da membrana para o chumbo e para o níquel não houve remoção. Constatou-se a viabilidade da utilização da Lecitina de soja como surfactante na obtenção de membranas líquidas emulsionadas no tratamento do chumbo.