As performances em torno da hashtag empoderamento feminino na rede social Instagram

• Autor(a) principal: Ferreira, Alice Garcia
• Data de Publicação: 2023
• Outros Autores: Allain, Luciana Resende, de Faria, Elisa Sampaio
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por; eng
• Título da fonte: Revista Brasileira de Ensino de Ciência e Tecnologia
• Texto Completo: https://periodicos.utfpr.edu.br/rbect/article/view/15949
• topic: Ciências Humanas, Educação; Feminismo; Teoria ator-rede; Controvérsias.

Tendo em vista que a rede social Instagram constitui um meio poderoso para compartilhar informações, vender produtos e influenciar pessoas por meio de suas ferramentas, objetiva-se pesquisar, a partir de um perfil novo e anônimo, as performances de um agrupamento de 35 publicações com a hashtag “empoderamento feminino”. Buscou-se investigar se haveria uma controvérsia em torno das performances de empoderamento feminino nas publicações analisadas. Foram definidos os seguintes objetivos específicos: fazer um inventário dos atores nessas publicações e descrever como eles performam o empoderamento feminino; identificar as principais performances de empoderamento feminino que emergem da descrição dos atores presentes nas publicações; analisar as divergências e controvérsias entre as principais performances de empoderamento feminino identificadas. Foi realizada uma pesquisa qualitativa, sendo a fonte de dados documental. Para responder se há ou não controvérsias, fez-se uso da primeira lente de observação proposta por Venturini em sua cartografia de controvérsias. Por meio das análises, identificou-se que as publicações analisadas performam o empoderamento de quatro maneiras principais, sendo elas: empoderamento feminino como luta de corpos excluídos, empoderamento feminino como empreendedorismo, empoderamento feminino como busca pela liberdade e empoderamento feminino como valorização da autoestima. Conclui-se que as publicações analisadas se distanciaram do empoderamento feminino como um ato social e coletivo que problematiza a opressão das mulheres ao colocar em primeiro plano a intenção de venda de algum produto ou serviço. Ressalta-se a importância de processos educativos que problematizem o papel das redes sociais e sua influência sobre os modos de ser e estar no mundo, especialmente entre jovens em idade escolar.