Avaliação antracológica em sítios pré-coloniais como ferramenta para a análise da História Ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Forqueta, Rio Grande do Sul, Brasil.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Secchi, Mariela Inês
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIVATES (Biblioteca Digital da Univates - BD)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10737/294
Resumo: As mudanças ambientais globais estão, provavelmente, entre os maiores desafios da humanidade para o Século XXI. Por isso, o prognóstico da futura evolução dos ambientes é um importante ponto de discussão em diferentes esferas e áreas da ciência em todo o mundo. Para auxiliar no entendimento das questões ambientais do passado, o estudo de (paleo)incêndios vegetacionais é ferramenta importante, já que o fogo age como modelador dos ambientes terrestres desde que as primeiras plantas terrícolas surgiram sobre a Terra. Nesse contexto, a Antracologia aparece como sendo o campo das ciências que estuda e interpreta os restos de madeira carbonizados, provenientes de sítios arqueológicos ou de solos, que se relacionam com o testemunho de paleoincêndios de origem antrópica, procurando responder qual a relação entre o uso do fogo e o ambiente e de que forma a vegetação era utilizada pelas comunidades pré-coloniais. Além disso, outra ciência que auxilia no entendimento das questões pretéritas é a História Ambiental, que representa uma alternativa para a análise integrada dos ecossistemas, onde se deve levar em conta tanto a dimensão humana quanto seus atributos físicos e biológicos. Desta forma, utilizar o estudo dos carvões vegetais antracológicos associados às ocupações pré- coloniais no Sítio Arqueológico RS-T-101, comparando-se os dados encontrados com o trabalho realizado para o Sítio RS-T-114, para contribuir com a análise da história ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Forqueta. Além disso, este estudo pretende contribuir com a análise multidisciplinar da história ambiental da bacia, viabilizando a construção de um mosaico acerca do tema. Sendo assim, avaliou-se, nesse trabalho, a presença de carvão vegetal macroscópico no sedimento coletado pelos pesquisadores do Setor de Arqueologia do Museu de Ciências Naturais no Sítio RS-T-101, localizado no Município de Marques de Souza, Rio Grande do Sul. Nesse estudo, os fragmentos de carvão vegetal macroscópico do Sítio RS-T-101 foram separados manualmente do sedimento e analisados sob Microscópio Eletrônico de Varredura – MEV. As microfotografias foram comparadas com catálogos de referência em Anatomia Vegetal, para descrição das estruturas celulares. A partir das microfotografias dos fragmentos de carvão, foi feita uma comparação intersítios possibilitando que fossem feitas interpretações paleoambientais. Posteriormente, com as informações obtidas, foi possível identificar a ocorrência de carvão vegetal macroscópico em apenas dois dos níveis estratigráficos do Sítio RS-T-101, diferentemente do que ocorreu para o Sítio RS-T- 114, onde foram encontrados fragmentos carbonizados em todos os níveis. Além disso, foi possível datar as amostras pela técnica de carbono-14 as quais resultaram nas idades de 370±30 BP e 300±30 BP e 410±30 BP, respectivamente, Sítio RS-T- 101 e RS-T-114 (Área 1 e Área 2). As microfotografias obtidas sob MEV possibilitaram identificar que a temperatura de combustão a que os lenhos foram 7 expostos foi de até 340oC, demonstrando que o fogo foi de baixa intensidade. Além disso, foram descritos seis morfotipos de lenhos para o Sítio RS-T-101, enquanto que para o Sítio RS-T-114 haviam sido descritos sete. Dois dos morfotipos encontrados no Sítio RS-T-101 são coincidentes com morfotipos já descritos para o Sítio RS-T-114. Ainda com as análises das microfotografias obtidas sob MEV, foi possível identificar a ocorrência de hifas de fungos em apenas uma das amostras do Sítio RS-T-101, o que se diferencia do encontrado para o Sítio RS-T-114, uma vez que haviam sido encontradas hifas de fungos em todas as amostras analisadas. Com isso, foi possível inferir que a utilização de madeira morta pelos povos pré- coloniais não era uma constante, visto a diferença entre os sítios no que se refere a ocorrência de material vegetal em algum estágio de decomposição.
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Nesse contexto, a Antracologia aparece como sendo o campo das ciências que estuda e interpreta os restos de madeira carbonizados, provenientes de sítios arqueológicos ou de solos, que se relacionam com o testemunho de paleoincêndios de origem antrópica, procurando responder qual a relação entre o uso do fogo e o ambiente e de que forma a vegetação era utilizada pelas comunidades pré-coloniais. Além disso, outra ciência que auxilia no entendimento das questões pretéritas é a História Ambiental, que representa uma alternativa para a análise integrada dos ecossistemas, onde se deve levar em conta tanto a dimensão humana quanto seus atributos físicos e biológicos. Desta forma, utilizar o estudo dos carvões vegetais antracológicos associados às ocupações pré- coloniais no Sítio Arqueológico RS-T-101, comparando-se os dados encontrados com o trabalho realizado para o Sítio RS-T-114, para contribuir com a análise da história ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Forqueta. Além disso, este estudo pretende contribuir com a análise multidisciplinar da história ambiental da bacia, viabilizando a construção de um mosaico acerca do tema. Sendo assim, avaliou-se, nesse trabalho, a presença de carvão vegetal macroscópico no sedimento coletado pelos pesquisadores do Setor de Arqueologia do Museu de Ciências Naturais no Sítio RS-T-101, localizado no Município de Marques de Souza, Rio Grande do Sul. Nesse estudo, os fragmentos de carvão vegetal macroscópico do Sítio RS-T-101 foram separados manualmente do sedimento e analisados sob Microscópio Eletrônico de Varredura – MEV. As microfotografias foram comparadas com catálogos de referência em Anatomia Vegetal, para descrição das estruturas celulares. A partir das microfotografias dos fragmentos de carvão, foi feita uma comparação intersítios possibilitando que fossem feitas interpretações paleoambientais. Posteriormente, com as informações obtidas, foi possível identificar a ocorrência de carvão vegetal macroscópico em apenas dois dos níveis estratigráficos do Sítio RS-T-101, diferentemente do que ocorreu para o Sítio RS-T- 114, onde foram encontrados fragmentos carbonizados em todos os níveis. Além disso, foi possível datar as amostras pela técnica de carbono-14 as quais resultaram nas idades de 370±30 BP e 300±30 BP e 410±30 BP, respectivamente, Sítio RS-T- 101 e RS-T-114 (Área 1 e Área 2). As microfotografias obtidas sob MEV possibilitaram identificar que a temperatura de combustão a que os lenhos foram 7 expostos foi de até 340oC, demonstrando que o fogo foi de baixa intensidade. Além disso, foram descritos seis morfotipos de lenhos para o Sítio RS-T-101, enquanto que para o Sítio RS-T-114 haviam sido descritos sete. Dois dos morfotipos encontrados no Sítio RS-T-101 são coincidentes com morfotipos já descritos para o Sítio RS-T-114. Ainda com as análises das microfotografias obtidas sob MEV, foi possível identificar a ocorrência de hifas de fungos em apenas uma das amostras do Sítio RS-T-101, o que se diferencia do encontrado para o Sítio RS-T-114, uma vez que haviam sido encontradas hifas de fungos em todas as amostras analisadas. Com isso, foi possível inferir que a utilização de madeira morta pelos povos pré- coloniais não era uma constante, visto a diferença entre os sítios no que se refere a ocorrência de material vegetal em algum estágio de decomposição.SECCHI, Mariela Inês. Avaliação antracológica em sítios pré-coloniais como ferramenta para a análise da História Ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Forqueta, Rio Grande do Sul, Brasil.. 2012. Dissertação (Mestrado) – Curso de Ambiente e Desenvolvimento, Universidade do Vale do Taquari - Univates, Lajeado, 17 dez. 2012. Disponível em: http://hdl.handle.net/10737/294. http://hdl.handle.net/10737/294http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/info:eu-repo/semantics/openAccessMUAntracologiaCarvão vegetal macroscópicoRio ForquetaSítios Arqueológicos(Paleo)incêndiosAvaliação antracológica em sítios pré-coloniais como ferramenta para a análise da História Ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Forqueta, Rio Grande do Sul, Brasil.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisPPGAD;Ambiente e Desenvolvimentoporreponame:Repositório Institucional da UNIVATES (Biblioteca Digital da Univates - BD)instname:Centro Universitário Univates 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Sítios Arqueológicos
(Paleo)incêndios
description As mudanças ambientais globais estão, provavelmente, entre os maiores desafios da humanidade para o Século XXI. Por isso, o prognóstico da futura evolução dos ambientes é um importante ponto de discussão em diferentes esferas e áreas da ciência em todo o mundo. Para auxiliar no entendimento das questões ambientais do passado, o estudo de (paleo)incêndios vegetacionais é ferramenta importante, já que o fogo age como modelador dos ambientes terrestres desde que as primeiras plantas terrícolas surgiram sobre a Terra. Nesse contexto, a Antracologia aparece como sendo o campo das ciências que estuda e interpreta os restos de madeira carbonizados, provenientes de sítios arqueológicos ou de solos, que se relacionam com o testemunho de paleoincêndios de origem antrópica, procurando responder qual a relação entre o uso do fogo e o ambiente e de que forma a vegetação era utilizada pelas comunidades pré-coloniais. Além disso, outra ciência que auxilia no entendimento das questões pretéritas é a História Ambiental, que representa uma alternativa para a análise integrada dos ecossistemas, onde se deve levar em conta tanto a dimensão humana quanto seus atributos físicos e biológicos. Desta forma, utilizar o estudo dos carvões vegetais antracológicos associados às ocupações pré- coloniais no Sítio Arqueológico RS-T-101, comparando-se os dados encontrados com o trabalho realizado para o Sítio RS-T-114, para contribuir com a análise da história ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Forqueta. Além disso, este estudo pretende contribuir com a análise multidisciplinar da história ambiental da bacia, viabilizando a construção de um mosaico acerca do tema. Sendo assim, avaliou-se, nesse trabalho, a presença de carvão vegetal macroscópico no sedimento coletado pelos pesquisadores do Setor de Arqueologia do Museu de Ciências Naturais no Sítio RS-T-101, localizado no Município de Marques de Souza, Rio Grande do Sul. Nesse estudo, os fragmentos de carvão vegetal macroscópico do Sítio RS-T-101 foram separados manualmente do sedimento e analisados sob Microscópio Eletrônico de Varredura – MEV. As microfotografias foram comparadas com catálogos de referência em Anatomia Vegetal, para descrição das estruturas celulares. A partir das microfotografias dos fragmentos de carvão, foi feita uma comparação intersítios possibilitando que fossem feitas interpretações paleoambientais. Posteriormente, com as informações obtidas, foi possível identificar a ocorrência de carvão vegetal macroscópico em apenas dois dos níveis estratigráficos do Sítio RS-T-101, diferentemente do que ocorreu para o Sítio RS-T- 114, onde foram encontrados fragmentos carbonizados em todos os níveis. Além disso, foi possível datar as amostras pela técnica de carbono-14 as quais resultaram nas idades de 370±30 BP e 300±30 BP e 410±30 BP, respectivamente, Sítio RS-T- 101 e RS-T-114 (Área 1 e Área 2). As microfotografias obtidas sob MEV possibilitaram identificar que a temperatura de combustão a que os lenhos foram 7 expostos foi de até 340oC, demonstrando que o fogo foi de baixa intensidade. Além disso, foram descritos seis morfotipos de lenhos para o Sítio RS-T-101, enquanto que para o Sítio RS-T-114 haviam sido descritos sete. Dois dos morfotipos encontrados no Sítio RS-T-101 são coincidentes com morfotipos já descritos para o Sítio RS-T-114. Ainda com as análises das microfotografias obtidas sob MEV, foi possível identificar a ocorrência de hifas de fungos em apenas uma das amostras do Sítio RS-T-101, o que se diferencia do encontrado para o Sítio RS-T-114, uma vez que haviam sido encontradas hifas de fungos em todas as amostras analisadas. Com isso, foi possível inferir que a utilização de madeira morta pelos povos pré- coloniais não era uma constante, visto a diferença entre os sítios no que se refere a ocorrência de material vegetal em algum estágio de decomposição.
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