Automutilação não suicida na adolescência: uma compreensão psicanalítica do tratamento

• Autor(a) principal: Modesti, Mariana Galeazzi
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNIVATES (Biblioteca Digital da Univates - BD)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10737/3835
• topic: CH; Adolescência; Automutilação não suicida; Psicanálise; Adolescence; Nonsuicidal self-injury; Psychoanalysis

A adolescência pode ser entendida como um estado de ser, um tempo único do sujeito que vive imerso em elaborações e escolhas vivenciando novas pulsões decorrentes da puberdade. O presente artigo é o resultado de uma pesquisa vinculada ao Trabalho de Conclusão de Curso e tem por objetivo compreender a perspectiva psicanalítica acerca da automutilação não suicida na adolescência. Este estudo se caracteriza pela natureza qualitativa e apoia-se em dados descritivos. Como método de pesquisa utilizou a entrevista semiestruturada a partir de um roteiro abordando o trabalho psicoterapêutico a adolescentes que se automutilam sem intenção de morrer. Participaram do estudo três psicólogas que atuam há mais de cinco anos ancoradas na abordagem psicanalítica com adolescentes entre 12 e 18 anos de idade. Cada entrevista teve a duração aproximada de 45 minutos e foram gravadas. Elas foram realizadas de modo virtual por meio da plataforma Google Meet, e uma aconteceu de modo presencial. Após, as falas foram transcritas na íntegra. Os dados foram analisados através da Análise de Conteúdo, proposto por Bardin (2011), a partir da construção de um corpus do qual surgiram as categorias a seguir: 1) Adolescência na contemporaneidade: diferentes modos de ser e adoecer; 2) Corpo: marcas e registros de um tempo; 3) Trabalho psicoterapêutico com adolescentes: desafios e possibilidades e 4) Rede de apoio: com quem contar. Como resultado, constatou-se que a intervenção junto aos adolescentes se faz através de uma perspectiva de vínculo que proporcione a criação de mecanismos de enfrentamento salutares para lidarem com suas dores e sentimentos de desamparo.