Afeto e Regulação Emocional entre Crianças Com e Sem Histórico de Abuso Sexual Infantil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Contextos Clínicos |
Texto Completo: | https://revistas.unisinos.br/index.php/contextosclinicos/article/view/21929 |
Resumo: | O abuso sexual infantil (ASI) é um fator de risco para o surgimento de dificuldades emocionais. Diante disso, o objetivo deste estudo foi investigar o afeto positivo e negativo e as estratégias de regulação emocional em crianças de 8 a 12 anos vítimas de abuso sexual (G-ASI) e seus pares sem histórico de abuso (G-Não-ASI). Das 26 crianças participantes, 12 vivenciaram pelo menos um episódio de abuso sexual ao longo da vida, enquanto as outras 14 não foram vitimizadas. Foram utilizados os instrumentos Questionário Sociodemográfico, Juvenile Victimization Questionnaire, Teste de Compreensão das Emoções e Escala de Afeto Positivo e Negativo. Os resultados demonstraram que a média de afeto negativo das crianças vítimas de abuso sexual foi maior do que a dos participantes do outro grupo, sendo vergonha, raiva, nervosismo e tristeza os afetos mais relatados. Em relação à regulação emocional, as crianças pertencentes ao G-ASI empregaram mais frequentemente estratégias regulatórias consideradas inadequadas para a faixa etária quando comparadas ao G-Não-ASI. Os resultados sugerem que a exposição ao ASI pode contribuir em diferenças nas respostas emocionais manifestadas pelas crianças. O conhecimento destes possíveis impactos é fundamental para o desenvolvimento de intervenções clínicas alinhadas às demandas das vítimas e baseadas em evidências. |
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Afeto e Regulação Emocional entre Crianças Com e Sem Histórico de Abuso Sexual InfantilAffect and Emotion Regulation in Children with and without Sexual Abuse HistoryO abuso sexual infantil (ASI) é um fator de risco para o surgimento de dificuldades emocionais. Diante disso, o objetivo deste estudo foi investigar o afeto positivo e negativo e as estratégias de regulação emocional em crianças de 8 a 12 anos vítimas de abuso sexual (G-ASI) e seus pares sem histórico de abuso (G-Não-ASI). Das 26 crianças participantes, 12 vivenciaram pelo menos um episódio de abuso sexual ao longo da vida, enquanto as outras 14 não foram vitimizadas. Foram utilizados os instrumentos Questionário Sociodemográfico, Juvenile Victimization Questionnaire, Teste de Compreensão das Emoções e Escala de Afeto Positivo e Negativo. Os resultados demonstraram que a média de afeto negativo das crianças vítimas de abuso sexual foi maior do que a dos participantes do outro grupo, sendo vergonha, raiva, nervosismo e tristeza os afetos mais relatados. Em relação à regulação emocional, as crianças pertencentes ao G-ASI empregaram mais frequentemente estratégias regulatórias consideradas inadequadas para a faixa etária quando comparadas ao G-Não-ASI. Os resultados sugerem que a exposição ao ASI pode contribuir em diferenças nas respostas emocionais manifestadas pelas crianças. O conhecimento destes possíveis impactos é fundamental para o desenvolvimento de intervenções clínicas alinhadas às demandas das vítimas e baseadas em evidências.Child sexual abuse (CSA) is a risk factor for the emergence of emotional difficulties. As such, the aim of this study was to investigate the positive and negative affect and emotion regulation of children aged 8 to 12 victims of sexual abuse (G-CSA) and their peers without history of abuse (G-Non-CSA). Of the twenty-six participating children, 12 experienced at least one episode of sexual abuse during the life, while the other 14 were not victimized. Sociodemographic Questionnaire, Juvenile Victimization Questionnaire, Positive and Negative Affect Scale and Test of Emotion Comprehension were used. The results showed that the negative affect of children victims of sexual abuse was higher comparing with participants from the other group, shame, anger, nervousness and sadness were the most reported emotions. Regarding emotional regulation, it was found that G-CSA used more frequently regulatory strategies considered inappropriate for their age when compared to the G-Non-CSA. The results suggest that exposure to CSA may contribute in differences in the emotional responses expressed by children. The knowledge of these possible impacts is essential for the development of clinical interventions aligned to the needs of victims and based on evidence.Unisinos2021-10-13info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.unisinos.br/index.php/contextosclinicos/article/view/2192910.4013/ctc.2021.142.06Contextos Clínicos; v. 14 n. 2 (2021): Mai-Ago1983-3482reponame:Contextos Clínicosinstname:Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)instacron:Unisinosporhttps://revistas.unisinos.br/index.php/contextosclinicos/article/view/21929/60748756Copyright (c) 2021 Contextos Clínicosinfo:eu-repo/semantics/openAccessde Souza Fonseca, Ana CarolinaFerreira, Luiza SantosZimmer, MarilenePaludo, Simone dos Santos2021-10-13T15:58:22Zoai:ojs2.revistas.unisinos.br:article/21929Revistahttps://revistas.unisinos.br/index.php/contextosclinicosPUBhttps://revistas.unisinos.br/index.php/contextosclinicos/oaidfalcke@unisinos.br||periodicos@unisinos.br1983-34821983-3482opendoar:2021-10-13T15:58:22Contextos Clínicos - Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)false |
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O abuso sexual infantil (ASI) é um fator de risco para o surgimento de dificuldades emocionais. Diante disso, o objetivo deste estudo foi investigar o afeto positivo e negativo e as estratégias de regulação emocional em crianças de 8 a 12 anos vítimas de abuso sexual (G-ASI) e seus pares sem histórico de abuso (G-Não-ASI). Das 26 crianças participantes, 12 vivenciaram pelo menos um episódio de abuso sexual ao longo da vida, enquanto as outras 14 não foram vitimizadas. Foram utilizados os instrumentos Questionário Sociodemográfico, Juvenile Victimization Questionnaire, Teste de Compreensão das Emoções e Escala de Afeto Positivo e Negativo. Os resultados demonstraram que a média de afeto negativo das crianças vítimas de abuso sexual foi maior do que a dos participantes do outro grupo, sendo vergonha, raiva, nervosismo e tristeza os afetos mais relatados. Em relação à regulação emocional, as crianças pertencentes ao G-ASI empregaram mais frequentemente estratégias regulatórias consideradas inadequadas para a faixa etária quando comparadas ao G-Não-ASI. Os resultados sugerem que a exposição ao ASI pode contribuir em diferenças nas respostas emocionais manifestadas pelas crianças. O conhecimento destes possíveis impactos é fundamental para o desenvolvimento de intervenções clínicas alinhadas às demandas das vítimas e baseadas em evidências. |
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