Perfeccionismo, Emoções e Adoecimento Psicológico em Adolescentes: evidências transversais e longitudinais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernandes Furtado, Ana Luiza
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: de Carvalho Araújo, Ana Luiza, Silva Alvarenga, Marco Antônio, Mansur-Alves, Marcela
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Contextos Clínicos
Texto Completo: https://revistas.unisinos.br/index.php/contextosclinicos/article/view/24176
Resumo: Embora as relações entre perfeccionismo e desfechos negativos de saúde mental sejam amplamente conhecidas, pouco se sabe ainda sobre o desenvolvimento dessas relações durante a adolescência e o papel do processamento emocional. Nesse sentido, os estudos apresentados fazem parte de um projeto de pesquisa maior, de caráter observacional, sobre o perfeccionismo na adolescência. O estudo 1 (N=406) apresenta um recorte transversal a partir de dados coletados em 2019 e objetivou analisar a relação entre perfeccionismo e sintomas psiquiátricos comuns entre adolescentes, enquanto o estudo 2 (N=392) buscou explorar a associação entre perfeccionismo e dificuldades no processamento emocional em uma análise longitudinal com dois pontos de coleta (∆=8 meses, DP=3,7). Os adolescentes responderam instrumentos para avaliar perfeccionismo auto orientado (PAO), perfeccionismo socialmente prescrito (PSP), presença de sintomas psiquiátricos comuns, neuroticismo e processamento emocional. Em linha com o esperado, níveis mais altos de perfeccionismo apresentaram correlação positiva com sintomas psiquiátricos comuns e dificuldades de processamento emocional. No estudo 1, análises utilizando regressões múltiplas hierárquicas apontam o PSP como único preditor significativo para explicar a presença de sintomas psiquiátricos em T1, para além do previsto pelo neuroticismo. Os resultados das regressões do estudo 2 indicam que ambas as dimensões perfeccionistas em T1 se associam de forma independente a dificuldades de processamento emocional em T2. Discute-se alguns fatores envolvidos na relação entre perfeccionismo e pior processamento emocional, tais como busca de objetivos irrealistas, maior reatividade a estressores, padrões cognitivos e estratégias de regulação emocional desadaptativas.
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spelling Perfeccionismo, Emoções e Adoecimento Psicológico em Adolescentes: evidências transversais e longitudinaisPerfectionism, Emotions, and Psychological Distress in Adolescents: cross-sectional and longitudinal evidenceEmbora as relações entre perfeccionismo e desfechos negativos de saúde mental sejam amplamente conhecidas, pouco se sabe ainda sobre o desenvolvimento dessas relações durante a adolescência e o papel do processamento emocional. Nesse sentido, os estudos apresentados fazem parte de um projeto de pesquisa maior, de caráter observacional, sobre o perfeccionismo na adolescência. O estudo 1 (N=406) apresenta um recorte transversal a partir de dados coletados em 2019 e objetivou analisar a relação entre perfeccionismo e sintomas psiquiátricos comuns entre adolescentes, enquanto o estudo 2 (N=392) buscou explorar a associação entre perfeccionismo e dificuldades no processamento emocional em uma análise longitudinal com dois pontos de coleta (∆=8 meses, DP=3,7). Os adolescentes responderam instrumentos para avaliar perfeccionismo auto orientado (PAO), perfeccionismo socialmente prescrito (PSP), presença de sintomas psiquiátricos comuns, neuroticismo e processamento emocional. Em linha com o esperado, níveis mais altos de perfeccionismo apresentaram correlação positiva com sintomas psiquiátricos comuns e dificuldades de processamento emocional. No estudo 1, análises utilizando regressões múltiplas hierárquicas apontam o PSP como único preditor significativo para explicar a presença de sintomas psiquiátricos em T1, para além do previsto pelo neuroticismo. Os resultados das regressões do estudo 2 indicam que ambas as dimensões perfeccionistas em T1 se associam de forma independente a dificuldades de processamento emocional em T2. Discute-se alguns fatores envolvidos na relação entre perfeccionismo e pior processamento emocional, tais como busca de objetivos irrealistas, maior reatividade a estressores, padrões cognitivos e estratégias de regulação emocional desadaptativas.Although the relationships between perfectionism and negative mental health outcomes are well-established, little is known about the development of these relationships and the role of emotional processing during adolescence. In this sense, the studies presented are part of a larger research project, of an observational nature, with longitudinal follow-up of perfectionism in adolescence. Study 1 (N=406) presents a cross-sectional approach based on data collected in 2019 and aimed to analyze the relationship between perfectionism and common psychiatric symptoms among adolescents, while study 2 (N=392) sought to explore the association between perfectionism and difficulties in emotional processing in a two-wave longitudinal design (∆=8 months, SD=3.7). The adolescents answered instruments to assess self-oriented perfectionism (SOP), socially prescribed perfectionism (SPP), presence of common psychiatric symptoms, neuroticism, and emotional processing. In line with expectations, higher levels of perfectionism were positively correlated with psychological distress and emotional processing difficulties. In study 1, analyzes using multiple hierarchical regressions indicate only SPP as a predictor of common psychiatric symptoms at T1, beyond neuroticism influence. The results of study 2 regressions indicate that both perfectionist dimensions at T1 are independently associated with emotional processing difficulties at T2. Some factors involved in the relationship between perfectionism and worse emotional processing are discussed, such as the pursuit of unrealistic goals, greater reactivity to stressors, cognitive patterns, and maladaptive emotion regulation strategies.Unisinos2022-10-10info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.unisinos.br/index.php/contextosclinicos/article/view/2417610.4013/ctc.2022.152.08Contextos Clínicos; v. 15 n. 2 (2022): Mai-Ago1983-3482reponame:Contextos Clínicosinstname:Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)instacron:Unisinosporhttps://revistas.unisinos.br/index.php/contextosclinicos/article/view/24176/60749230Copyright (c) 2022 Contextos Clínicosinfo:eu-repo/semantics/openAccessFernandes Furtado, Ana Luizade Carvalho Araújo, Ana LuizaSilva Alvarenga, Marco AntônioMansur-Alves, Marcela2022-10-11T00:12:12Zoai:ojs2.revistas.unisinos.br:article/24176Revistahttps://revistas.unisinos.br/index.php/contextosclinicosPUBhttps://revistas.unisinos.br/index.php/contextosclinicos/oaidfalcke@unisinos.br||periodicos@unisinos.br1983-34821983-3482opendoar:2022-10-11T00:12:12Contextos Clínicos - Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)false
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