Autocriticismo, Autocompaixão e Fatores Associados na Prática de Psicoterapeutas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Susani Luzia Silva
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Serralta, Fernanda Barcellos
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Contextos Clínicos
Texto Completo: https://revistas.unisinos.br/index.php/contextosclinicos/article/view/24155
Resumo: Tornar-se psicoterapeuta inclui ter que lidar com questões relacionadas com a formação, profissão e questões pessoais. Características como o autocriticismo e autocompaixão podem influenciar a forma como os psicoterapeutas percebem sua prática clínica. Para tanto, o objetivo do presente estudo reside em examinar os níveis de autocriticismo, autocompaixão e fatores associados em uma amostra de psicoterapeutas. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, descritiva e correlacional com corte transversal, realizada numa amostra de 105 psicoterapeutas que estão em formação nas abordagens Cognitivo-comportamental, Psicanalítica e Sistêmica. A coleta foi on-line, e incluiu informações pessoais e profissionais, e medidas de autorrelato de autocriticismo e autocompaixão. Os resultados apontam que variáveis pessoais como idade e possuir filhos, e variáveis profissionais como experiência clínica mostraram associação com a autocompaixão, enquanto menor experiência emocional e de vida estão associados com maiores índices de autocriticismo. Conclui-se que o autocriticismo e a autocompaixão de psicoterapeutas em formação estão relacionados com características pessoais e profissionais, trazendo possíveis impactos para sua prática clínica. Os achados sugerem que a criação de programas de treinamento, supervisão e aperfeiçoamento clínico baseados na mente compassiva do psicoterapeuta podem ser relevantes pensando no desenvolvimento destes profissionais.
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spelling Autocriticismo, Autocompaixão e Fatores Associados na Prática de PsicoterapeutasSelf-Criticism, Self-Compassion and Associated Factors of PsychotherapistsTornar-se psicoterapeuta inclui ter que lidar com questões relacionadas com a formação, profissão e questões pessoais. Características como o autocriticismo e autocompaixão podem influenciar a forma como os psicoterapeutas percebem sua prática clínica. Para tanto, o objetivo do presente estudo reside em examinar os níveis de autocriticismo, autocompaixão e fatores associados em uma amostra de psicoterapeutas. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, descritiva e correlacional com corte transversal, realizada numa amostra de 105 psicoterapeutas que estão em formação nas abordagens Cognitivo-comportamental, Psicanalítica e Sistêmica. A coleta foi on-line, e incluiu informações pessoais e profissionais, e medidas de autorrelato de autocriticismo e autocompaixão. Os resultados apontam que variáveis pessoais como idade e possuir filhos, e variáveis profissionais como experiência clínica mostraram associação com a autocompaixão, enquanto menor experiência emocional e de vida estão associados com maiores índices de autocriticismo. Conclui-se que o autocriticismo e a autocompaixão de psicoterapeutas em formação estão relacionados com características pessoais e profissionais, trazendo possíveis impactos para sua prática clínica. Os achados sugerem que a criação de programas de treinamento, supervisão e aperfeiçoamento clínico baseados na mente compassiva do psicoterapeuta podem ser relevantes pensando no desenvolvimento destes profissionais.Becoming a psychotherapist includes having to deal with issues related to training, profession, and personal issues. Characteristics such as self-criticism and self-compassion may influence how psychotherapists perceive their clinical practice. To this end, the purpose of the present study lies in examining the levels of self-criticism, self-compassion, and associated factors in a sample of psychotherapists. This is a quantitative, descriptive, and correlational cross-sectional survey conducted on a sample of 105 psychotherapists who are in training in Cognitive-behavioral, Psychoanalytic, and Systemic approaches. The collection was online, included personal and professional information, and self-report measures of self-criticism and self-compassion. Results indicate that personal variables such as age and having children, and professional variables such as clinical experience showed association with self-compassion, while less emotional and life experience are associated with higher rates of self-criticism. It is concluded that self-criticism and self-compassion in psychotherapists in training are related to personal and professional characteristics, bringing possible impacts to their clinical practice. The findings suggest that the creation of training, supervision and clinical improvement programs based on the compassionate mind of the psychotherapist may be relevant thinking in the development of these professionals.Unisinos2022-10-10info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.unisinos.br/index.php/contextosclinicos/article/view/2415510.4013/ctc.2022.152.03Contextos Clínicos; v. 15 n. 2 (2022): Mai-Ago1983-3482reponame:Contextos Clínicosinstname:Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)instacron:Unisinosporhttps://revistas.unisinos.br/index.php/contextosclinicos/article/view/24155/60749225Copyright (c) 2022 Contextos Clínicosinfo:eu-repo/semantics/openAccessOliveira, Susani Luzia SilvaSerralta, Fernanda Barcellos2022-10-11T00:12:13Zoai:ojs2.revistas.unisinos.br:article/24155Revistahttps://revistas.unisinos.br/index.php/contextosclinicosPUBhttps://revistas.unisinos.br/index.php/contextosclinicos/oaidfalcke@unisinos.br||periodicos@unisinos.br1983-34821983-3482opendoar:2022-10-11T00:12:13Contextos Clínicos - Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)false
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