“A Lei que Não é Minha”: percepção de homens violentados sobre relação conjugal violenta
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Contextos Clínicos |
Texto Completo: | https://revistas.unisinos.br/index.php/contextosclinicos/article/view/23350 |
Resumo: | As normas de gênero têm influenciado a análise da violência conjugal, tendendo a considerar exclusivamente mulheres enquanto vítimas e homens enquanto agressores. No entanto, estudos demonstram que a violência perpetrada por mulheres contra homens na conjugalidade é uma realidade. O presente artigo apresenta e discute os resultados de uma pesquisa qualitativa de corte transversal, com delineamento exploratório e descritivo, multicêntrica no Brasil, que teve por objetivo compreender as percepções de homens violentados por mulheres sobre a violência contra os homens na conjugalidade. Foram entrevistados cinco homens procedentes de Mato Grosso e um homem procedente do Rio Grande do Sul. A análise temática foi utilizada para análise dos dados, da qual emergiram dois temas: “A lei que não é minha” e “Um homem também chora”. Os resultados foram discutidos à luz da teoria sistêmica e evidenciam que a violência perpetrada por mulheres na conjugalidade é uma realidade. Que os homens tendem a não denunciar e, quando denunciam, sentem que os serviços de segurança e as leis não os asseguram. A pesquisa contribui cientificamente ampliando a compreensão sobre a violência contra o homem na conjugalidade. Sugere-se mais estudos com esse público e a criação de serviços que atendam o homem enquanto vítima. |
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“A Lei que Não é Minha”: percepção de homens violentados sobre relação conjugal violenta“The Law That Isn’t Mine”: perceptions of men who suffered violence on intimate partner violenceAs normas de gênero têm influenciado a análise da violência conjugal, tendendo a considerar exclusivamente mulheres enquanto vítimas e homens enquanto agressores. No entanto, estudos demonstram que a violência perpetrada por mulheres contra homens na conjugalidade é uma realidade. O presente artigo apresenta e discute os resultados de uma pesquisa qualitativa de corte transversal, com delineamento exploratório e descritivo, multicêntrica no Brasil, que teve por objetivo compreender as percepções de homens violentados por mulheres sobre a violência contra os homens na conjugalidade. Foram entrevistados cinco homens procedentes de Mato Grosso e um homem procedente do Rio Grande do Sul. A análise temática foi utilizada para análise dos dados, da qual emergiram dois temas: “A lei que não é minha” e “Um homem também chora”. Os resultados foram discutidos à luz da teoria sistêmica e evidenciam que a violência perpetrada por mulheres na conjugalidade é uma realidade. Que os homens tendem a não denunciar e, quando denunciam, sentem que os serviços de segurança e as leis não os asseguram. A pesquisa contribui cientificamente ampliando a compreensão sobre a violência contra o homem na conjugalidade. Sugere-se mais estudos com esse público e a criação de serviços que atendam o homem enquanto vítima.Gender norms have influenced the analysis on intimate partner violence with a tendency to exclusively consider women as victims and men as perpetrators. However, studies show that violence perpetrated by women against men in intimate relationships is a reality. In this article, we present and discuss results from a qualitative, multi-centered, cross-sectional, exploratory, and descriptive research in Brazil. The objective was to understand how men who suffered violence perpetrated by women perceive intimate partner violence against men. We interviewed five men from the state of Mato Grosso and one from Rio Grande do Sul. Data analysis was performed using Thematic Analysis, from which two themes emerged: "The law that isn't mine" and "A man cries too". Results were discussed on the light of the Systemic Theory and evidenced that violence perpetrated by women in intimate relationships is a reality. These men tend to avoid reporting to authorities and, when they do, they feel their safety is not ensured by protective services. This research contributes to the scientific understanding of violence against men in intimate partner violence. Therefore, we suggest more studies with this population, and also advocate for services that work with men as victims of intimate partner violence.Unisinos2021-12-14info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.unisinos.br/index.php/contextosclinicos/article/view/2335010.4013/ctc.2021.143.06Contextos Clínicos; v. 14 n. 3 (2021): Set-Dez1983-3482reponame:Contextos Clínicosinstname:Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)instacron:Unisinosporhttps://revistas.unisinos.br/index.php/contextosclinicos/article/view/23350/60748848Copyright (c) 2021 Contextos Clínicosinfo:eu-repo/semantics/openAccessSorensen, BrunaMocellin, Eliandra MariaBosetto Cenci, Cláudia Mara2021-12-14T13:15:27Zoai:ojs2.revistas.unisinos.br:article/23350Revistahttps://revistas.unisinos.br/index.php/contextosclinicosPUBhttps://revistas.unisinos.br/index.php/contextosclinicos/oaidfalcke@unisinos.br||periodicos@unisinos.br1983-34821983-3482opendoar:2021-12-14T13:15:27Contextos Clínicos - Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)false |
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