Análise espaço-temporal de áreas contaminadas por compostos aromáticos em municípios do Vale do Paraíba e litoral Norte do Estado de São Paulo / Spatial-temporal analysis of areas contaminated by aromatic compounds in municipalities of Vale do Paraíba and North coast of the State of São Paulo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: da Silva, Paula Blamberg Ribeiro
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: da Silva, Lucas Guimarães, Almeida, Ana Aparecida da Silva
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Veras
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/45993
Resumo: O surgimento de áreas contaminadas resulta de processos socioeconômicos muitas vezes sem a percepção da relevância das questões ambientais a eles associadas. Em São Paulo as áreas contaminadas são identificadas pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB, que publica em relatórios anuais a lista de áreas contaminadas no estado, em que se observa destaque para os contaminantes do grupo Benzeno, Tolueno, Etilbenzeno e Xilenos, também conhecidos como BTEX. Esses contaminantes constituem uma classe de compostos aromáticos presente em combustíveis, como a gasolina, sendo potencialmente poluidor, principalmente o benzeno que é tóxico. O objetivo deste trabalho foi avaliar a distribuição das áreas contaminadas por BTEX em 4 municípios do Vale do Paraíba e em 4 munícipios do litoral norte paulista ao longo dos anos 2008 a 2018. A partir das informações extraídas dos relatórios da CETESB foi realizada uma análise temporal por meio de mapas coropléticos, usando o método de quebras naturais. Nesse período também se avaliou a frequência de técnicas utilizadas para remediação e etapas de gerenciamento, assim como os meios mais impactados pelos BTEX. Dentre os resultados obtidos para incidência de áreas contaminadas, nos municípios do Vale do Paraíba, São José dos Campos e Taubaté apresentaram persistência na incidência de casos, alcançando e permanecendo até o fim deste estudo na quarta classe, onde estão concentrados os maiores valores de incidência. O município de São José dos Campos apresenta valores de incidência altos em todo o período, em 2012 alcançou a faixa de incidência de 9,1-13,0 áreas, enquanto Taubaté apresenta maiores valores entre 2008 e 2013, sendo o mais alto em 2012, onde alcançou o índice 9,1-23,0. Similar a Jacareí, neste mesmo ano, ambos alcançaram o maior índice de incidência no período deste estudo. Quanto aos municípios do litoral norte, Ubatuba apresentou índices mais altos entre 2008 e 2010, variando entre 7,1-13,0 nos anos de 2008 e 2010, cabe ressaltar que nos anos finais de estudo o índice cai para 1,1-3,0, onde o valor máximo foi praticamente quatro vezes menor. Assim, Ubatuba apresentou o maior cenário de incidência, enquanto Ilhabela o menor cenário, mantendo-se sem casos durante o período de 2013 a 2018. Os municípios Jacareí, São José dos Campos e Taubaté apresentaram maior incidência em relação a Ubatuba, São Sebastião, Ilhabela, Caraguatatuba e Guaratinguetá. A técnica mais utilizada para remediação foi bombeamento e tratamento, apesar de muitos relatórios não fornecerem dados de remediação.  O meio mais impactado foi águas subterrâneas, isto se deve ao poder de percolação dos BTEX no solo.
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