Acidentes ofídicos na região Nordeste entre 2010 e 2019 / Ophidics accidents in the Northeast region between 2010 and 2019
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Veras |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/31880 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: Os acidentes ofídicos desencadeiam elevadas taxas de mortalidade e morbimortalidade sobretudo em regiões mais pobres, rurais e subdesenvolvidas, pois as populações são mais desassistidas pelo Estado. A vítima pode apresentar diversas complicações, sendo as crianças mais vulneráveis às disfunções pós envenenamento. O manejo da vítima é imprescindível e requer suporte básico às condições vitais, associada a abordagem sintomatológica e soroterapia específica. OBJETIVO: Determinar o índice de acidentes ofídicos na região Nordeste entre 2010 e 2019. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo epidemiológico, transversal, quantitativo, descritivo e retrospectivo. Utilizou-se como base para a pesquisa o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN/DATASUS), plataforma vinculada ao Ministério da Saúde. Os descritores utilizados foram: “região”, “unidade federativa”, “ano”, “sexo”, “raça/etnia”, “faixa etária”, “tipo de serpente”, “tempo entre picada e atendimento”, “classificação final” e “evolução”. Os dados obtidos foram discutidos de acordo com artigos do Lilacs, Medline, Scopus e Scielo. RESULTADOS: Entre 2010 e 2019, foram notificados 283.303 casos de acidente ofídico a nível nacional, dos quais 92.417 ocorreram na região Norte, 72.344 no Nordeste, 64.932 no Sudeste, 29.463 no Centro-Oeste e 24.147 no Sul. No que tange à região Nordeste, notou-se a existência de uma taxa anual praticamente constante. Quanto ao tipo de serpente, 42.344 notificações envolveram o gênero Bothrops, seguido por brancos/ignorados (13.635), Crotalus (8.188), não peçonhentas (6.549), Micrurus (1.293) e Lachesis (335). No período de 2010 a 2019, o Estado da Bahia apresentou maior incidência de notificações referente aos acidentes ofídicos se comparado aos outros Estados do Nordeste. As maiores incidências ocorreram nos meses que coincidem com a estação chuvosa. A frequência dos acidentes ofídicos foi maior no sexo masculino, sendo a faixa etária adulta (20-59 anos) a mais atingida. A maior parte dos casos identificados foram classificados como leve, seguido pelos moderados, ignorados/brancos e graves. Esses dados apontam para um prognóstico favorável dos acidentes ofídicos na região Nordeste, fato que é ratificado pela cura de 82,5% dos indivíduos envolvidos nos acidentes ofídicos notificados nessa região. CONCLUSÃO: Os acidentes ofídicos no Nordeste do país podem ser considerados um problema de saúde pública. O levantamento dos dados mostra a escassez de estudos na região e a importância do preenchimento correto das fichas de notificação, de maneira a melhorar o atendimento as vítimas dos acidentes ofídicos. |
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