Depressão, risco de suicídio e transtorno de estresse pós traumático em policiais militares de Maceió, Alagoas, Brasil / Depression, suicide risk and post-traumatic stress disorder among military police officers in Maceió, Alagoas, Brazil

• Autor(a) principal: Feitosa, Jordania Brandino de Melo Fortes
• Data de Publicação: 2021
• Outros Autores: Silva, Nathalia Lacerda Dias, Lemos, Renata Ferreira, Melo, Dieggo Jefferson Silva, Ramos, Fernando Wagner da Silva
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Revista Veras
• DOI: 10.34117/bjdv7n12-347
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/41074
• topic: Policiais; TEPT; Depressão; Suicídio.

Introdução: Em razão da exposição constante à violência, acidentes, traumas, mortes, além do risco de vida, policiais militares podem apresentar sequelas no campo psicológico, como depressão, ansiedade, abuso de álcool e outras consequências decorrentes do estresse. Essas condições comprometem diretamente sua atuação, com déficits extremamente perigosos tanto na área emocional quanto na função cognitiva, com grande relevância de estudo, visto que a função de utilizar armas de fogo e de reagir a situações de perigo compete a esses profissionais. Alem disso, é notável que o suicídio está fortemente atrelado a diversos transtornos psiquiátricos, sendo considerado pelos indivíduos acometidos por estes, uma escolha plausível para o alívio de seu sofrimento; os principais fatores de risco para a efetivação do ato são compostos por: distúrbios mentais, ideação suicida prévia, isolamento social, conflitos familiares, doenças físicas e atividade laboral. A pesquisa e a investigação do transtorno do estresse pós-traumático, depressão e ideação suicida nessa população ainda é escassa, principalmente nos países em desenvolvimento.Objetivo: Avaliar a saúde mental de policiais militares ativos da cidade de Maceió, Alagoas. Metodologia: Trata-se de um estudo quantitativo, analítico, de caráter longitudinal com amostra composta por 120 policiais que realizam o policiamento ativo em Maceió, Alagoas. Em um primeiro momento será feita a seleção dos participantes da pesquisa de maneira aleatória; após isso, será realizada a explanação do projeto, bem como a entrega do termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE). Em um segundo momento, dois pesquisadores aplicarão os instrumentos de avaliação da saúde mental reconhecidos pela Sociedade Brasileira de Psiquiatria. Serão utilizadas a Escala de Barratt e protocolo MINI, além do questionário social, de modo a possibilitar a avaliação da saúde mental dos participantes. Resultados: Os resultados encontrados para a amostra foram de que  17,5% da amostra são do sexo feminino, e 82,5% do sexo masculino. Dentre todos, 88,33% apresentaram provável diagnóstico de depressão; 11,66% de suícidio; 29,16% de hipomania e mania; 3,33% de transtorno de pânico; 7,5% de transtorno de estresse pós-traumático; 6,66% de dependência de álcool. Com relação a impulsividade, 8,3% se enquadra em ser altamente impulsivo; 41,6% em muito controlado; e 50% nos limites de normalidade de impulsos.   Conclusão: Há alterações na saúde mental dos indivíduos apesar da instituição policial prover de um núcleo grande de apoio aos agentes, este ainda é insuficiente para possibilitar um ambiente de trabalho ideal.