Avaliação da frequência alélica e haplotípica do sistema HLA para os loci HLA-A, HLA-B e HLA-DRB1 de receptores renais e doadores intervivo do estado do Pará, Brasil/ Evaluation of the allelic and haplotypic frequency of the HLA system for HLA-A, HLA-B e HLA-DRB1 loci of renal receptors and living donors from the state of Pará, Brazil

• Autor(a) principal: Barros, Rafael dos Santos
• Data de Publicação: 2021
• Outros Autores: Mattos, Patrícia Jeanne de Souza Mendonça, Cabral, Luana Joana Barreto, Parente, Jéssica Sabrina Cordeiro, Filho, João da Silva Barrosos, Porchera, Débora Cristina Ricardo, Filho, Eduardo dos Santos Martins, Jorge, Erika Vanessa Oliveira, Palmeira, Maurício Koury, Pereira, Luciana Maria Cunha Maradei, Guerreiro, João Farias
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Revista Veras
• DOI: 10.34117/bjdv7n2-499
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/25176
• topic: Transplante renal; HLA; Paciente; Doador.

Introdução: A descoberta dos antígenos leucocitários humano (HLA) trouxe o reconhecimento de que a compatibilidade do sistema HLA entre doador e receptor é um fator importante em transplantes de órgãos, tecidos e células. No transplante renal, a compatibilidade desse sistema está associada a sobrevida do enxerto em longo prazo e a incompatibilidade está envolvida diretamente na reatividade imunológica do receptor contra células do doador, o que pode levar a processos de rejeição celular e humoral. Objetivo: Esse trabalho teve como objetivo avaliar a frequência alélica e haplotípica de doadores e pacientes renais paraenses e possível associação com doenças. Método: As frequências alélicas e haplotípicas do HLA-A, -B e -DRB1 foram avaliadas em 475 doadores e receptores renais registrados na Fundação HEMOPA. Os programas Arlequin v.3.11 e PyPop v.0.7 foram utilizados para calcular as frequências alélicas e haplotípicas, equilíbrio de Hardy-Weinberg, teste de neutralidade e cálculo de desequilíbrio de ligação. As patologias que apresentaram prevalência maior que cinco dentre os pacientes estudados foram escolhidas para realizar a associação com os alelos HLA. A verificação da frequência dos alelos e haplótipos foi realizada com comparativos entre artigos publicados e utilização de ferramentas de pesquisa em sistemas de informação e sites sobre estudos em populações. Resultados: As doenças de base mais encontradas nos pacientes foram hipertensão arterial sistêmica, doença renal crônica e glomerulonefrite crônica. Os alelos mais comuns encontrados nos indivíduos paraenses foram HLA-A*02, HLA-A*24, HLA-A*31, HLA-B*35, HLA-B*15, HLA-B*51, HLA-DRB1*04, HLA-DRB1*13 e HLA-DRB1*01. Os loci do estudo apresentaram-se em equilíbrio de Hardy-Weinberg e o maior desequilíbrio de ligação foi entre os lócus B e DRB1. O haplótipo mais frequente nos indivíduos paraenses foi A*02 B*44 DRB1*07. Enquanto nos pacientes e doadores, os haplótipos mais observados foram A*02 B*51 DRB1*11 e A*02 B*44 DRB1*04, respectivamente. Conclusões: Esse é o primeiro estudo sobre a diversidade HLA com doadores e pacientes candidatos a transplante renal na região Norte do país. Nossos resultados de frequência alélica e haplotípica foram semelhantes aos encontrados em outros estudos na população brasileira. Esses dados reforçam o conceito de que os genes HLA são uma ferramenta confiável para investigar a composição étnica de uma população.