Aspectos conceituais, espacialização e indicadores do trabalho análogo à escravidão no Brasil, entre os anos de 2003 e 2018 / Conceptual aspects, spatialization, and indicators of slave labor in Brazil between 2003 and 2018
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Revista Veras |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/28541 |
Resumo: | Em todos os seus aspectos, a liberdade constitui um dos mais importantes direitos da pessoa humana, em especial, a liberdade ao labor digno, que a valorize e produza meios de sustento e reprodução do seu modo de vida. Apesar desse direito universal, devido a diversos vieses perpassados por interesses políticos e econômicos, o trabalho foi usado como elemento de supressão da liberdade e de dominação humana ao redor do mundo. Não isoladamente, o Brasil elucidou bem essa estrutura com o regime escravocrata até o século XIX, momento histórico em que a Lei Áurea foi sancionada, em 1888. Contrastando com a abolição desse regime, nas últimas décadas, as deflagrações por agentes públicos, com liberação de trabalhadores submetidos à jornada exaustiva, retenção na propriedade em que laboram, acumulação de dívida e intimidação pelos patrões passou a ditar uma nova modalidade de trabalho, levando a questionar até que ponto todos os cidadãos foram de fato alcançados pela promulgação da lei abolicionista. Ao introduzir essa questão, o presente trabalho aborda os aspectos conceituais do trabalho escravo contemporâneo no Brasil, seguido pelo panorama das atividades que mais se utilizam dessa força, com dados estatísticos e cartográficos no recorte temporal entre 2003 e 2018. Ao longo desses quinze anos, os números revelam que 44.230 trabalhadores foram libertados, grande parte deles exercendo atividade relacionada à agropecuária, tendo o maior número de ocorrência o Pará (9.880), Mato Grosso (4.366) e Goiás (3.747), estados com forte vocação e desenvolvimento agrícola. |
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Aspectos conceituais, espacialização e indicadores do trabalho análogo à escravidão no Brasil, entre os anos de 2003 e 2018 / Conceptual aspects, spatialization, and indicators of slave labor in Brazil between 2003 and 2018Trabalho escravoDignidade humanaMão de obraRural e Urbano.Em todos os seus aspectos, a liberdade constitui um dos mais importantes direitos da pessoa humana, em especial, a liberdade ao labor digno, que a valorize e produza meios de sustento e reprodução do seu modo de vida. Apesar desse direito universal, devido a diversos vieses perpassados por interesses políticos e econômicos, o trabalho foi usado como elemento de supressão da liberdade e de dominação humana ao redor do mundo. Não isoladamente, o Brasil elucidou bem essa estrutura com o regime escravocrata até o século XIX, momento histórico em que a Lei Áurea foi sancionada, em 1888. Contrastando com a abolição desse regime, nas últimas décadas, as deflagrações por agentes públicos, com liberação de trabalhadores submetidos à jornada exaustiva, retenção na propriedade em que laboram, acumulação de dívida e intimidação pelos patrões passou a ditar uma nova modalidade de trabalho, levando a questionar até que ponto todos os cidadãos foram de fato alcançados pela promulgação da lei abolicionista. Ao introduzir essa questão, o presente trabalho aborda os aspectos conceituais do trabalho escravo contemporâneo no Brasil, seguido pelo panorama das atividades que mais se utilizam dessa força, com dados estatísticos e cartográficos no recorte temporal entre 2003 e 2018. Ao longo desses quinze anos, os números revelam que 44.230 trabalhadores foram libertados, grande parte deles exercendo atividade relacionada à agropecuária, tendo o maior número de ocorrência o Pará (9.880), Mato Grosso (4.366) e Goiás (3.747), estados com forte vocação e desenvolvimento agrícola.Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.2021-04-19info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/2854110.34117/bjdv7n4-489Brazilian Journal of Development; Vol. 7 No. 4 (2021); 40540-40554Brazilian Journal of Development; Vol. 7 Núm. 4 (2021); 40540-40554Brazilian Journal of Development; v. 7 n. 4 (2021); 40540-405542525-876110.34117/bjd.v7i4reponame:Revista Verasinstname:Instituto Superior de Educação Vera Cruz (VeraCruz)instacron:VERACRUZporhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/28541/22551Copyright (c) 2021 Brazilian Journal of Developmentinfo:eu-repo/semantics/openAccessAlves, Raquel AraújoRibeiro, Samuel Rodrigues2021-07-28T18:56:44Zoai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/28541Revistahttp://site.veracruz.edu.br:8087/instituto/revistaveras/index.php/revistaveras/PRIhttp://site.veracruz.edu.br:8087/instituto/revistaveras/index.php/revistaveras/oai||revistaveras@veracruz.edu.br2236-57292236-5729opendoar:2024-10-15T16:15:17.422008Revista Veras - Instituto Superior de Educação Vera Cruz (VeraCruz)false |
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