Câncer de ovário: fisiopatologia e manejo terapêutico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Valbusa, Danielle Emenegildo
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Abreu, Amanda Gonçalves Mazochi, Moreira, Fabrício Andrade Vieira, Eyer, Isabella Maria de Oliveira, Melo, Jéssica Primitivo, Pedroni, Júlia Lagoa, Vilaça, Rafael Saldanha, Peixoto, Rafaela de Castro Fidelis, Garrido, Sarah Dayse de Sousa, Ledesma, Zunilda Petrona Caceres
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Veras
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/55947
Resumo: O câncer de ovário (CO) é uma neoplasia maligna atualmente classificada como de maior morbimortalidade e letalidade dentre os tumores que afetam o sistema ginecológico da mulher. A etiopatogenia para tal afecção não é totalmente conhecida, ainda assim, a explicação mais aceita para o tipo de neoplasia mais recorrente é a “hipótese tubária”. No que tange à epidemiologia, essa enfermidade teve uma estimativa para o ano de 2020 de aproximadamente 308.069 pacientes com CO, com índices associados à mortalidade chegando a cerca de 47%. Também, a prevalência do subtipo câncer epitelial de ovário, um carcinoma seroso de alto grau, originário principalmente na porção distal das tubas uterinas, correspondendo a 90% dos casos. Tendo em vista o lugar primário da malignidade, nem sempre é uma missão possível designar qual o local de origem e regiões metastáticas, entretanto, sabe-se que a mais comum de disseminação é o peritônio. Os sintomas do CO expressam-se de forma insidiosa, bem como, apresentam similaridades entre os quadros iniciais e avançados da doença, tais quais: sinais gastrointestinais, urinários ginecológicos e distúrbios alimentares. Além disso, o CO não é uma doença única, o qual possui uma miscelânea de tipos histológicos, correlacionados aos mais diversos fatores biofísicos e de microambiente, tornando mais difícil o diagnóstico precoce. Tendo em vista tais fatos, na maioria das vezes, o CO é identificado já em estágios avançados e cerca de dois terços diagnosticados tardiamente. Tal agravante interfere na propedêutica, reduzindo opções terapêuticas e no prognóstico dos pacientes. Por fim, o tratamento padrão para o CO é a citorredução cirúrgica máxima, seguida de quimioterapia à base de platina, ressaltando também os tratamentos mais inovadores da atualidade, citando-se a quimioterapia intraperitoneal hipertérmica.
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