Avaliação das folhas, vagens e sementes da moringa oleifera na remoção de Ba2+ em água / Evaluation of leaf, vegetable, and seeds of moringa oleifera in the removal of Ba2+ in water
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Veras |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/40931 |
Resumo: | A água é componente essencial para a vida de todas as espécies. Para os seres humanos além da necessidade de ingestão diária, ela também é utilizada em diversas atividades, como higiene pessoal, limpeza e processos industriais. Porém, somente a parcela da água não salina e isenta de contaminantes pode ser utilizada nas atividades humanas. Dentre os principais agentes poluidores dos recursos hídricos, o presente trabalho destaca os metais tóxicos. Estes compostos apresentam alta toxicidade mesmo em baixas concentrações, principalmente por sua característica de bioacumulação. Destaca-se ainda não serem facilmente degradados em componentes menos tóxicos e possuírem elevado tempo de residência no corpo hídrico, sendo um risco à saúde humana e aos ecossistemas. O bário é um metal alcalino terroso cuja toxicidade é reconhecida há bastante tempo. Ele é encontrado em pequenas concentrações nas águas naturais, principalmente sob a forma de barita (BaSO4). Não sendo encontrado livre na natureza, devido a sua elevada reatividade. As principais ações antrópicas que emitem bário no meio ambiente são: perfuração de poços; produção de pigmentos, fogos de artifício, vidros e defensivos agrícolas; e purificação do minério barita com o subsequente descarte dos efluentes. Nas águas naturais o bário apresenta concentração média de 0,01 mg·L-1 devido à baixa solubilidade de seus sais. Os sais de bário mais solúveis são os cloretos, os nitratos e os carbonatos. A intoxicação pelo bário pode causar náuseas, vômitos, diarreias, perda de reflexos e paralisia muscular e pode levar a óbito se não houver tratamento. A biossorção de metais potencialmente tóxicos tem-se mostrado uma alternativa no tratamento de águas contaminadas, por ser uma técnica de baixo custo e rápida. Dentre os biossorventes, destaca-se os resíduos da Moringa oleifera que possuem grande quantidade de poros e área superficial, indicando boa capacidade de adsorção para o tratamento de águas superficiais e efluentes, sendo uma alternativa aos tratamentos convencionais. O potencial da Moringa oleifera tem sido estudado no tratamento de água e efluentes contaminados por meio de processos de coagulação e adsorção. A biomassa da moringa demonstrou capacidade de melhorar os parâmetros de qualidade da água, incluindo pH, turbidez, sólidos totais dissolvidos, fluoreto, dureza e remoção de contaminantes. Sendo assim, este trabalho propôs a avaliação da eficiência da biomassa de Moringa oleifera em suas frações folha e vagem e semente, na remoção de bário em água. Foram realizados ensaios de adsorção conforme o planejamento experimental, para avaliação das seguintes variáveis: tipo (folha e vagem e semente), quantidade biomassa (0,32g a 1,68g), diâmetro de partículas da biomassa (partículas menores que 425 μm, partículas entre 425 μm e 600 μm, entre 600 μm e 1180 μm, entre 1180 μm e 1750 μm e maiores que 1750 μm) e diferentes concentrações iniciais de bário (6,40 a 33,45 mg·L-1). As folhas da moringa apresentaram 98,6% de remoção de Ba2+, as vagens da moringa 98,2%, e as sementes da moringa apresentaram 99,8% de remoção de Ba2+. Como a semente foi a amostra que demonstrou melhor percentual de remoção no planejamento experimental, ela foi analisada de acordo com os modelos de isotermas de adsorção de Freundlich e de Langmuir em três temperaturas (25°C, 35°C e 45°C). Com base nos coeficientes de correlação (R2), o modelo que mostrou melhor ajuste para os dados experimentais de biossorção do bário pelas sementes foi o de Freundlich, indicando, portanto, um processo de biossorção que pode ocorrer em multicamada. O estudo da cinética de adsorção também foi realizado utilizando a semente de moringa e os dados dos ensaios não se ajustaram ao modelo cinético de pseudo-primeira ordem. O melhor ajuste foi observado aplicando o modelo de pseudo-segunda ordem. Conclui-se que os resultados demonstram que as folhas, vagens e sementes de Moringa oleifera são biomassas eficientes na adsorção bário. |
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Avaliação das folhas, vagens e sementes da moringa oleifera na remoção de Ba2+ em água / Evaluation of leaf, vegetable, and seeds of moringa oleifera in the removal of Ba2+ in waterBiossorçãoMoringa oleíferaMetais tóxicos.A água é componente essencial para a vida de todas as espécies. Para os seres humanos além da necessidade de ingestão diária, ela também é utilizada em diversas atividades, como higiene pessoal, limpeza e processos industriais. Porém, somente a parcela da água não salina e isenta de contaminantes pode ser utilizada nas atividades humanas. Dentre os principais agentes poluidores dos recursos hídricos, o presente trabalho destaca os metais tóxicos. Estes compostos apresentam alta toxicidade mesmo em baixas concentrações, principalmente por sua característica de bioacumulação. Destaca-se ainda não serem facilmente degradados em componentes menos tóxicos e possuírem elevado tempo de residência no corpo hídrico, sendo um risco à saúde humana e aos ecossistemas. O bário é um metal alcalino terroso cuja toxicidade é reconhecida há bastante tempo. Ele é encontrado em pequenas concentrações nas águas naturais, principalmente sob a forma de barita (BaSO4). Não sendo encontrado livre na natureza, devido a sua elevada reatividade. As principais ações antrópicas que emitem bário no meio ambiente são: perfuração de poços; produção de pigmentos, fogos de artifício, vidros e defensivos agrícolas; e purificação do minério barita com o subsequente descarte dos efluentes. Nas águas naturais o bário apresenta concentração média de 0,01 mg·L-1 devido à baixa solubilidade de seus sais. Os sais de bário mais solúveis são os cloretos, os nitratos e os carbonatos. A intoxicação pelo bário pode causar náuseas, vômitos, diarreias, perda de reflexos e paralisia muscular e pode levar a óbito se não houver tratamento. A biossorção de metais potencialmente tóxicos tem-se mostrado uma alternativa no tratamento de águas contaminadas, por ser uma técnica de baixo custo e rápida. Dentre os biossorventes, destaca-se os resíduos da Moringa oleifera que possuem grande quantidade de poros e área superficial, indicando boa capacidade de adsorção para o tratamento de águas superficiais e efluentes, sendo uma alternativa aos tratamentos convencionais. O potencial da Moringa oleifera tem sido estudado no tratamento de água e efluentes contaminados por meio de processos de coagulação e adsorção. A biomassa da moringa demonstrou capacidade de melhorar os parâmetros de qualidade da água, incluindo pH, turbidez, sólidos totais dissolvidos, fluoreto, dureza e remoção de contaminantes. Sendo assim, este trabalho propôs a avaliação da eficiência da biomassa de Moringa oleifera em suas frações folha e vagem e semente, na remoção de bário em água. 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Com base nos coeficientes de correlação (R2), o modelo que mostrou melhor ajuste para os dados experimentais de biossorção do bário pelas sementes foi o de Freundlich, indicando, portanto, um processo de biossorção que pode ocorrer em multicamada. O estudo da cinética de adsorção também foi realizado utilizando a semente de moringa e os dados dos ensaios não se ajustaram ao modelo cinético de pseudo-primeira ordem. O melhor ajuste foi observado aplicando o modelo de pseudo-segunda ordem. Conclui-se que os resultados demonstram que as folhas, vagens e sementes de Moringa oleifera são biomassas eficientes na adsorção bário.Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.2021-12-29info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/4093110.34117/bjdv7n12-258Brazilian Journal of Development; Vol. 7 No. 12 (2021); 113919-113935Brazilian Journal of Development; Vol. 7 Núm. 12 (2021); 113919-113935Brazilian Journal of Development; v. 7 n. 12 (2021); 113919-1139352525-8761reponame:Revista Verasinstname:Instituto Superior de Educação Vera Cruz (VeraCruz)instacron:VERACRUZporhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/40931/pdfCopyright (c) 2021 Brazilian Journal of Developmentinfo:eu-repo/semantics/openAccessMelo, Vanessa Souza ReisLuz, Mário Sérgio daCabral, Bruna VieiraCanelhas, Brunno BorgesLemos, Diego Andrade2022-05-10T14:40:24Zoai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/40931Revistahttp://site.veracruz.edu.br:8087/instituto/revistaveras/index.php/revistaveras/PRIhttp://site.veracruz.edu.br:8087/instituto/revistaveras/index.php/revistaveras/oai||revistaveras@veracruz.edu.br2236-57292236-5729opendoar:2024-10-15T16:20:18.145874Revista Veras - Instituto Superior de Educação Vera Cruz (VeraCruz)false |
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A água é componente essencial para a vida de todas as espécies. Para os seres humanos além da necessidade de ingestão diária, ela também é utilizada em diversas atividades, como higiene pessoal, limpeza e processos industriais. Porém, somente a parcela da água não salina e isenta de contaminantes pode ser utilizada nas atividades humanas. Dentre os principais agentes poluidores dos recursos hídricos, o presente trabalho destaca os metais tóxicos. Estes compostos apresentam alta toxicidade mesmo em baixas concentrações, principalmente por sua característica de bioacumulação. Destaca-se ainda não serem facilmente degradados em componentes menos tóxicos e possuírem elevado tempo de residência no corpo hídrico, sendo um risco à saúde humana e aos ecossistemas. O bário é um metal alcalino terroso cuja toxicidade é reconhecida há bastante tempo. Ele é encontrado em pequenas concentrações nas águas naturais, principalmente sob a forma de barita (BaSO4). Não sendo encontrado livre na natureza, devido a sua elevada reatividade. As principais ações antrópicas que emitem bário no meio ambiente são: perfuração de poços; produção de pigmentos, fogos de artifício, vidros e defensivos agrícolas; e purificação do minério barita com o subsequente descarte dos efluentes. Nas águas naturais o bário apresenta concentração média de 0,01 mg·L-1 devido à baixa solubilidade de seus sais. Os sais de bário mais solúveis são os cloretos, os nitratos e os carbonatos. A intoxicação pelo bário pode causar náuseas, vômitos, diarreias, perda de reflexos e paralisia muscular e pode levar a óbito se não houver tratamento. A biossorção de metais potencialmente tóxicos tem-se mostrado uma alternativa no tratamento de águas contaminadas, por ser uma técnica de baixo custo e rápida. Dentre os biossorventes, destaca-se os resíduos da Moringa oleifera que possuem grande quantidade de poros e área superficial, indicando boa capacidade de adsorção para o tratamento de águas superficiais e efluentes, sendo uma alternativa aos tratamentos convencionais. O potencial da Moringa oleifera tem sido estudado no tratamento de água e efluentes contaminados por meio de processos de coagulação e adsorção. A biomassa da moringa demonstrou capacidade de melhorar os parâmetros de qualidade da água, incluindo pH, turbidez, sólidos totais dissolvidos, fluoreto, dureza e remoção de contaminantes. Sendo assim, este trabalho propôs a avaliação da eficiência da biomassa de Moringa oleifera em suas frações folha e vagem e semente, na remoção de bário em água. Foram realizados ensaios de adsorção conforme o planejamento experimental, para avaliação das seguintes variáveis: tipo (folha e vagem e semente), quantidade biomassa (0,32g a 1,68g), diâmetro de partículas da biomassa (partículas menores que 425 μm, partículas entre 425 μm e 600 μm, entre 600 μm e 1180 μm, entre 1180 μm e 1750 μm e maiores que 1750 μm) e diferentes concentrações iniciais de bário (6,40 a 33,45 mg·L-1). As folhas da moringa apresentaram 98,6% de remoção de Ba2+, as vagens da moringa 98,2%, e as sementes da moringa apresentaram 99,8% de remoção de Ba2+. Como a semente foi a amostra que demonstrou melhor percentual de remoção no planejamento experimental, ela foi analisada de acordo com os modelos de isotermas de adsorção de Freundlich e de Langmuir em três temperaturas (25°C, 35°C e 45°C). Com base nos coeficientes de correlação (R2), o modelo que mostrou melhor ajuste para os dados experimentais de biossorção do bário pelas sementes foi o de Freundlich, indicando, portanto, um processo de biossorção que pode ocorrer em multicamada. O estudo da cinética de adsorção também foi realizado utilizando a semente de moringa e os dados dos ensaios não se ajustaram ao modelo cinético de pseudo-primeira ordem. O melhor ajuste foi observado aplicando o modelo de pseudo-segunda ordem. Conclui-se que os resultados demonstram que as folhas, vagens e sementes de Moringa oleifera são biomassas eficientes na adsorção bário. |
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