“Avaliação de resistência insulínica em uma amostra de adolescentes” / "Evaluation of insulin resistance in a sample of adolescents"

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Obeid, Bruna Laub
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Moura, Ana Carolina Zanin, de Alexandre, Inês Maria Crespo Gutierres Parto
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Veras
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/38383
Resumo: Introdução: A prevalência mundial da obesidade infantil vem apresentando um rápido crescimento nos últimos anos. A obesidade está associada a diversas morbidades, entre elas a resistência insulínica (RI). A RI é caracterizada pela ineficiência da insulina plasmática em concentrações consideradas normais, com captação periférica de glicose prejudicada. Essa situação pode ter graves consequências cardiovasculares e metabólicas, e sua prevenção e diagnóstico devem ser o mais precoce possível. Objetivos: avaliar os índices de insulina, glicemia e o perfil lipídico em 35 adolescentes obesos, além de calcular o índice de HOMA, comparando os achados com os da literatura. Metodologia:Trata-se de um estudo transversal retrospectivo, aprovado pelo comitê de ética local, no qual os dados foram obtidos nos prontuários de 35 pacientes atendidos em ambulatório especializado. A amostra foi composta por adolescentes de 10 a 18 anos classificados como obesos ou sobrepeso de acordo com a classificação da OMS. Resultados: Do total, 45,45% eram do sexo masculino e 54,54% do sexo feminino. As prevalências referentes ao sobrepeso e obesidade, respectivamente, foram de 40% e 60% para sexo masculino e para sexo feminino foram 50% e 50%. A idade média dos adolescentes do sexo masculino = 13,92 ± 0,47 anos e do sexo feminino = 15,25 ± 0,82, sem diferença entre os sexos (p=0,12). O IMC médio sexo masculino = 32,12 ± 3,24 e do sexo feminino 33,61 ± 1,48, sem diferença entre os sexos (p=0,43). HOMA (média) sexo feminino = 5,21 ±1,44 e no sexo masculino = 4,31 ± 0,72, sem diferença entre os sexos (p=0,59). A glicemia média sexo feminino = 90,5 ± 2,55 e no sexo masculino = 92,17 ± 2,02, sem diferença entre os sexos (p=0,42). A insulina média sexo feminino = 20,43 ± 4,93 e no sexo masculino = 19,17 ± 3,21, sem diferença entre os sexos (p=0,85). O nível de tiglicérides (média) no sexo feminino foi 108  ± 27,41 e no sexo masculino de 150 ± 28,8, sem diferença entre os sexos (p=0,40). O nível de colesterol médio no sexo feminino = 149,83 ±10,33 e no sexo masculino = 156,9 ± 21,07, sem diferença entre os sexos (p=0,87). Houve correlação positiva entre HOMA e os níveis séricos de insulina (p=0,00). Conclusão: Constatou-se que os indicadores antropométricos e metabólicos foram mais prevalentes em crianças e adolescentes com IMC igual ou superior ao ponto de corte adotado para a obesidade, uma vez que apresentaram maiores níveis de colesterol total, triglicérides e índice HOMA-IR em relação aos que apresentaram sobrepeso, assim como, a inter-relação entre os indicadores. Os níveis de insulina e HOMA-IR correlacionaram-se positivamente com as variáveis corporais e os resultados indicam que o nível de resistência à insulina deve ser monitorado em crianças e adolescentes com excesso de peso e de gordura corporal, pois quanto maior a resistência à insulina, maior a prevalência e/ou desenvolvimento a longo prazo de síndrome metabólica, consequentemente, maior o risco de desenvolvimento prematuro de diabetes e doenças cardiovasculares.
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