Risco de tromboembolismo venoso e adequação da tromboprofilaxia em pacientes clínicos hospitalizados / Risk of venous thromboembolism and adjustment of thromboprophylaxis in hospitalized clinical patients
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Veras |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/24914 |
Resumo: | O Tromboembolismo Venoso (TEV) inclui duas condições frequentes, a Trombose Venosa Profunda (TVP) e o Tromboembolismo Pulmonar (TEP). O TEV é a terceira causa de morte cardiovascular em pacientes hospitalizados. Estima-se que mais da metade dos pacientes hospitalizados correm o risco de desenvolver TEV. Além disso, acredita-se que a Embolia Pulmonar seja a causa evitável mais comum de morte hospitalar. O objetivo deste estudo foi estratificar o risco para TEV e avaliar a necessidade de tromboprofilaxia em pacientes hospitalizados Tratou-se de um estudo transversal e quantitativo, cuja coleta de dados foi realizada no período de maio a outubro de 2020 em um hospital de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil. Os escore de Pádua e o escore Improve foram utilizados para a estratificação de risco para TEV e do risco de sangramento dos participantes, respectivamente, enquanto a avaliação da necessidade de tromboprofilaxia baseou-se nas recomendações das Diretrizes Brasileiras de Antiagregantes Plaquetários e Anticoagulantes em Cardiologia e da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular. O estudo atendeu as normas do Comitê de Ética em Pesquisa da instituição e foi aprovado por meio do parecer número 4.003.816. Quarenta e cinco indivíduos com idade média de 57(±DP) anos participaram do estudo. A maioria era do sexo masculino (n=28; 62,22%). Do total, 9 (20,00%), 13 (28,88%), e 23 (51,11%) indivíduos apresentaram um, dois ou três ou mais fatores de risco para TEV, respectivamente. Os principais fatores de risco identificados foram infecção aguda e/ou doença reumatológica (n=35; 77,77%), mobilidade reduzida (n=33; 73,33%) e IAM ou AVC (n=11; 24,44%). A partir da interpretação dos resultados do escore de Pádua, 12 indivíduos (26,66%) foram classificados como baixo risco (< 4 pontos) e 33 (73,33%) com alto risco (? 4 pontos) para o desenvolvimento de TEV. Os resultados do risco de sangramento mostraram que todos os indivíduos avaliados (n=45; 100,00%) foram classificados como baixo risco (< 7 pontos) para sangramento. Do total de participantes, 28,89% (n=13) apresentaram a profilaxia prescrita em discordância com o recomendado pela literatura. Os resultados obtidos neste estudo permitiram identificar fragilidades relacionadas à avaliação do risco de TEV bem como às medidas tromboprofiláticas utilizadas pela instituição onde o estudo foi conduzido, o que poderá contribuir para a otimização de tais procedimentos à luz das evidências científicas, favorecendo, assim, o custo-efetividade e a vigilância para TEV nos grupos de alto risco. |
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