Atividade nefrotóxica da peçonha de loxosceles spp / Nephrotoxic activity of loxosceles spp venom
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Veras |
DOI: | 10.34117/bjdv8n5-029 |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/47390 |
Resumo: | Aranhas do gênero Loxosceles são animais peçonhentos cuja picada pode apresentar diversas manifestações, dentre elas a possibilidade de acometimento renal. Evidenciar a atividade nefrotóxica, direta e indireta, das diferentes substâncias contidas na peçonha da Loxosceles spp. O presente estudo trata-se de uma revisão literária de artigos científicos publicados nos últimos 25 anos, indexados na base de dados científicas PUBMED, SCIELO, Science Direct. Vinte e um artigos que correspondiam aos critérios de inclusão foram selecionados para integrar este estudo. Na peçonha de Loxosceles spp., existem compostos que causam, direta e indiretamente, efeitos deletérios em seres humanos. Estes efeitos podem ser locais ou sistêmicos, sendo a lesão renal aguda (LRA) a forma mais grave. A peçonha referida é capaz de afetar o tecido sanguíneo, podendo levar a distúrbios hemolíticos intravasculares e à coagulação intravascular disseminada (CIVD). Um de seus componentes é a fosfolipase-D (previamente conhecida como esfingomielinase), que embora não seja a proteína com a maior expressividade na toxina da aranha Loxosceles, é a mais definida e estudada pela literatura e possui papel fundamental tanto na ação local, quanto sistêmica, induzindo à dermonecrose e hemólise. Nos rins, a peçonha se liga às células glomerulares, tubulares e membranas basais, podendo levar à LRA. A fosfolipase-D tem como principal ação a hidrólise da esfingomielina, componente da membrana externa dos eritrócitos, mas pode promover o mesmo efeito em outros constituintes da membrana celular. Essa enzima provoca a lise celular renal em humanos, concomitante à ativação e secreção de metaloproteases da matriz extracelular (MEC). Ao hidrolisar fosfolipídios, postula-se que a toxina dermonecrótica ative vias de sinalização em diferentes células, causando alterações fisiopatológicas. Um estudo detectou que a toxina se liga aos glomérulos e túbulos renais de camundongos, reforçando a ideia de uma relação direta com a LRA. O processamento da hemoglobina resultante da hemólise contribui, indiretamente, para este quadro. |
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Atividade nefrotóxica da peçonha de loxosceles spp / Nephrotoxic activity of loxosceles spp venomaranha-marromlesão renal agudapeçonhaloxoscelismo.Aranhas do gênero Loxosceles são animais peçonhentos cuja picada pode apresentar diversas manifestações, dentre elas a possibilidade de acometimento renal. Evidenciar a atividade nefrotóxica, direta e indireta, das diferentes substâncias contidas na peçonha da Loxosceles spp. O presente estudo trata-se de uma revisão literária de artigos científicos publicados nos últimos 25 anos, indexados na base de dados científicas PUBMED, SCIELO, Science Direct. Vinte e um artigos que correspondiam aos critérios de inclusão foram selecionados para integrar este estudo. Na peçonha de Loxosceles spp., existem compostos que causam, direta e indiretamente, efeitos deletérios em seres humanos. Estes efeitos podem ser locais ou sistêmicos, sendo a lesão renal aguda (LRA) a forma mais grave. A peçonha referida é capaz de afetar o tecido sanguíneo, podendo levar a distúrbios hemolíticos intravasculares e à coagulação intravascular disseminada (CIVD). Um de seus componentes é a fosfolipase-D (previamente conhecida como esfingomielinase), que embora não seja a proteína com a maior expressividade na toxina da aranha Loxosceles, é a mais definida e estudada pela literatura e possui papel fundamental tanto na ação local, quanto sistêmica, induzindo à dermonecrose e hemólise. Nos rins, a peçonha se liga às células glomerulares, tubulares e membranas basais, podendo levar à LRA. A fosfolipase-D tem como principal ação a hidrólise da esfingomielina, componente da membrana externa dos eritrócitos, mas pode promover o mesmo efeito em outros constituintes da membrana celular. Essa enzima provoca a lise celular renal em humanos, concomitante à ativação e secreção de metaloproteases da matriz extracelular (MEC). Ao hidrolisar fosfolipídios, postula-se que a toxina dermonecrótica ative vias de sinalização em diferentes células, causando alterações fisiopatológicas. Um estudo detectou que a toxina se liga aos glomérulos e túbulos renais de camundongos, reforçando a ideia de uma relação direta com a LRA. O processamento da hemoglobina resultante da hemólise contribui, indiretamente, para este quadro.Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.2022-05-02info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/4739010.34117/bjdv8n5-029Brazilian Journal of Development; Vol. 8 No. 5 (2022); 33067-33079Brazilian Journal of Development; Vol. 8 Núm. 5 (2022); 33067-33079Brazilian Journal of Development; v. 8 n. 5 (2022); 33067-330792525-8761reponame:Revista Verasinstname:Instituto Superior de Educação Vera Cruz (VeraCruz)instacron:VERACRUZporhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/47390/pdfCopyright (c) 2022 Brazilian Journal of Developmentinfo:eu-repo/semantics/openAccessNetto, Felício de FreitasMansani, Fabiana PostiglioneRech, Eduardo BertoCampos, Gabriel LemeSouza, Gabriel Mirmann Alves deSmokanitz, GabrielaBueno, Luana GabrieleSkonieski, Pauline Thaís2022-06-01T11:49:35Zoai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/47390Revistahttp://site.veracruz.edu.br:8087/instituto/revistaveras/index.php/revistaveras/PRIhttp://site.veracruz.edu.br:8087/instituto/revistaveras/index.php/revistaveras/oai||revistaveras@veracruz.edu.br2236-57292236-5729opendoar:2024-10-15T16:22:53.508508Revista Veras - Instituto Superior de Educação Vera Cruz (VeraCruz)false |
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