Atividade nefrotóxica da peçonha de loxosceles spp / Nephrotoxic activity of loxosceles spp venom

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Netto, Felício de Freitas
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Mansani, Fabiana Postiglione, Rech, Eduardo Berto, Campos, Gabriel Leme, Souza, Gabriel Mirmann Alves de, Smokanitz, Gabriela, Bueno, Luana Gabriele, Skonieski, Pauline Thaís
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Veras
DOI: 10.34117/bjdv8n5-029
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/47390
Resumo: Aranhas do gênero Loxosceles são animais peçonhentos cuja picada pode apresentar diversas manifestações, dentre elas a possibilidade de acometimento renal. Evidenciar a atividade nefrotóxica, direta e indireta, das diferentes substâncias contidas na peçonha da Loxosceles spp. O presente estudo trata-se de uma revisão literária de artigos científicos publicados nos últimos 25 anos, indexados na base de dados científicas PUBMED, SCIELO, Science Direct. Vinte e um artigos que correspondiam aos critérios de inclusão foram selecionados para integrar este estudo. Na peçonha de Loxosceles spp., existem compostos que causam, direta e indiretamente, efeitos deletérios em seres humanos. Estes efeitos podem ser locais ou sistêmicos, sendo a lesão renal aguda (LRA) a forma mais grave. A peçonha referida é capaz de afetar o tecido sanguíneo, podendo levar a distúrbios hemolíticos intravasculares e à coagulação intravascular disseminada (CIVD). Um de seus componentes é a fosfolipase-D (previamente conhecida como esfingomielinase), que embora não seja a proteína com a maior expressividade na toxina da aranha Loxosceles, é a mais definida e estudada pela literatura e possui papel fundamental tanto na ação local, quanto sistêmica, induzindo à dermonecrose e hemólise. Nos rins, a peçonha se liga às células glomerulares, tubulares e membranas basais, podendo levar à LRA. A fosfolipase-D tem como principal ação a hidrólise da esfingomielina, componente da membrana externa dos eritrócitos, mas pode promover o mesmo efeito em outros constituintes da membrana celular. Essa enzima provoca a lise celular renal em humanos, concomitante à ativação e secreção de metaloproteases da matriz extracelular (MEC). Ao hidrolisar fosfolipídios, postula-se que a toxina dermonecrótica ative vias de sinalização em diferentes células, causando alterações fisiopatológicas. Um estudo detectou que a toxina se liga aos glomérulos e túbulos renais de camundongos, reforçando a ideia de uma relação direta com a LRA. O processamento da hemoglobina resultante da hemólise contribui, indiretamente, para este quadro.
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