Evidências da cultura empreendedora em região de fronteira: uma análise da atitude empreendedora sob a perspectiva de gênero por meio da escala Carland Entrepreneurship Index/ Evidence of entrepreneurial culture in the region of frontier: an analysis of the entrepreneurial attitude under the gender perspective through the Carland scale Entrepreneurship Index
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Veras |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/38312 |
Resumo: | O empreendedorismo é um processo que afeta comunidades em suas vertentes sociais, psicológicas e especialmente econômicas. Desta realidade, torna-se relevante as contribuições de estudos sobre as características do indivíduo empreendedor, que conforme a lição de SCHUMPETER (1982) é o agente responsável pela desestabilização da ordem econômica vigente pela introdução de novos produtos e serviços, como também por formas, organização e exploração de novos recursos materiais. Assim, conjugando-se esta pesquisa à análise do conceito de gênero em SCOTT (1989) como categoria de análise histórica de poderes, à teoria da prática dos jogos sérios em ORTNER (2007) que consiste na produção de sujeitos sociais no mundo por meio da prática, como também à nova identidade feminina em ascensão da terceira mulher em LIPOVETSKY (2000), que flexibiliza os cuidados com o lar em detrimento de conquistar maior influência e valorização no mercado de trabalho, considerando, inclusive o conceito de gênero como um organizador chave da globalização conforme HIRATA (2015). Nesse esteio, o relatório Global Entrepreneurship Monitor – GEM (2015), revelou que o número de empreendedores estabelecidos homens é maior que o de mulheres, porém, entre os empreendedores iniciais, o número de homens e mulheres é similar, de onde se percebe que o perfil feminino demanda maiores investigações com relação à sua efetiva integração no mercado de trabalho. A partir deste fato foi desenvolvida a presente pesquisa, com intuito de avaliar o nível de atitude empreendedora feminino em uma região de fronteira, fator diferencial para a demanda comercial, considerando potencial turístico, como também multiculturalidade por ser região de polo educacional. Esta assunção de nova identidade feminina como agente integrado e influente no meio público ainda é reconhecida em um polo minoritário de mulheres, conforme HIRATA (2015), mas se revela marcante na classe das mulheres empreendedoras. Esta coleta de dados do comportamento de mulheres empreendedoras, segue a vertente dos estudos construtivistas sobre o empreendedorismo, de análise multidimensional dos dados sob o prisma da psicologia comportamental, como também fatores ambientais. Os dados foram levantados por meio de survey junto a 168 respondentes, através da escala Carland Entrepreneurship Index (CEI). O CEI consiste em um questionário objetivo, contendo 33 questões, com alternativas em pares para escolha de uma afirmativa. Exige pouco tempo para organizar as respostas pelo entrevistado e ao pesquisador é de fácil tabulação. Foi validado no Brasil por Inácio Junior e Gimenez (2004) que traduziram a escala, aplicando as entrevistas a membros da comunidade em geral, alunos de graduação e pós-graduação em administração de duas instituições de ensino superior e por proprietários-gerentes das empresas residentes nas incubadoras tecnológicas do Estado do Paraná, concluindo pela validade do instrumento traduzido quando aferiu resultados positivos nos testes de confiabilidade split-half e Alfa de Cronbach. As respostas a presente pesquisa revelaram que o perfil mais incidente entre as empreendedoras de Foz do Iguaçu/PR classifica-se como intermediário, que a faixa etária dominante é de 40 anos, que os níveis de escolaridade mais recorrentes estão entre segundo grau completo e o nível superior completo e que a característica empreendedora mais acentuada entre as entrevistadas é a propensão ao risco. No entanto, para as quatro características analisadas, as características de postura estratégica, propensão à inovação e traços de personalidade não superaram em muito a marca de 50% das analisadas, o que indica necessidade de desenvolvimento de métodos e políticas que efetivem a cultura empreendedora com todas as suas características para desempenho de uma parcela maior de suas praticantes. |
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Evidências da cultura empreendedora em região de fronteira: uma análise da atitude empreendedora sob a perspectiva de gênero por meio da escala Carland Entrepreneurship Index/ Evidence of entrepreneurial culture in the region of frontier: an analysis of the entrepreneurial attitude under the gender perspective through the Carland scale Entrepreneurship IndexRecursos HumanosGêneroDesempenhoEmpreendedorismoEconomia trabalhista e demográfica.O empreendedorismo é um processo que afeta comunidades em suas vertentes sociais, psicológicas e especialmente econômicas. Desta realidade, torna-se relevante as contribuições de estudos sobre as características do indivíduo empreendedor, que conforme a lição de SCHUMPETER (1982) é o agente responsável pela desestabilização da ordem econômica vigente pela introdução de novos produtos e serviços, como também por formas, organização e exploração de novos recursos materiais. Assim, conjugando-se esta pesquisa à análise do conceito de gênero em SCOTT (1989) como categoria de análise histórica de poderes, à teoria da prática dos jogos sérios em ORTNER (2007) que consiste na produção de sujeitos sociais no mundo por meio da prática, como também à nova identidade feminina em ascensão da terceira mulher em LIPOVETSKY (2000), que flexibiliza os cuidados com o lar em detrimento de conquistar maior influência e valorização no mercado de trabalho, considerando, inclusive o conceito de gênero como um organizador chave da globalização conforme HIRATA (2015). Nesse esteio, o relatório Global Entrepreneurship Monitor – GEM (2015), revelou que o número de empreendedores estabelecidos homens é maior que o de mulheres, porém, entre os empreendedores iniciais, o número de homens e mulheres é similar, de onde se percebe que o perfil feminino demanda maiores investigações com relação à sua efetiva integração no mercado de trabalho. A partir deste fato foi desenvolvida a presente pesquisa, com intuito de avaliar o nível de atitude empreendedora feminino em uma região de fronteira, fator diferencial para a demanda comercial, considerando potencial turístico, como também multiculturalidade por ser região de polo educacional. Esta assunção de nova identidade feminina como agente integrado e influente no meio público ainda é reconhecida em um polo minoritário de mulheres, conforme HIRATA (2015), mas se revela marcante na classe das mulheres empreendedoras. Esta coleta de dados do comportamento de mulheres empreendedoras, segue a vertente dos estudos construtivistas sobre o empreendedorismo, de análise multidimensional dos dados sob o prisma da psicologia comportamental, como também fatores ambientais. Os dados foram levantados por meio de survey junto a 168 respondentes, através da escala Carland Entrepreneurship Index (CEI). O CEI consiste em um questionário objetivo, contendo 33 questões, com alternativas em pares para escolha de uma afirmativa. Exige pouco tempo para organizar as respostas pelo entrevistado e ao pesquisador é de fácil tabulação. Foi validado no Brasil por Inácio Junior e Gimenez (2004) que traduziram a escala, aplicando as entrevistas a membros da comunidade em geral, alunos de graduação e pós-graduação em administração de duas instituições de ensino superior e por proprietários-gerentes das empresas residentes nas incubadoras tecnológicas do Estado do Paraná, concluindo pela validade do instrumento traduzido quando aferiu resultados positivos nos testes de confiabilidade split-half e Alfa de Cronbach. As respostas a presente pesquisa revelaram que o perfil mais incidente entre as empreendedoras de Foz do Iguaçu/PR classifica-se como intermediário, que a faixa etária dominante é de 40 anos, que os níveis de escolaridade mais recorrentes estão entre segundo grau completo e o nível superior completo e que a característica empreendedora mais acentuada entre as entrevistadas é a propensão ao risco. 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