Leiomioma uterino – aspectos epidemiológicos, fisiopatológicos e manejo terapêutico / Uterine Leiomyoma - epidemiological and pathophysiological aspects and therapeutic management

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: de Souza, Rafael Boari
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Lages, Laryssa, Puppim, Pedro Henrique Bastos, Testoni, Micaella Ronchi, Dias, Larissa Santos Amorim, Nascimento, Francis Henrique, do Nascimento, Matheus Leara, de Oliveira, Rafael Carvalho, Nunes, Nathalia Leite Lara, Ruas, Lorena Rodrigues
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Veras
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/50481
Resumo: O Leiomioma Uterino (LU), também chamado de mioma, é um tumor benigno do músculo liso, e que, frequentemente, se apresenta no miométrio de mulheres antes da menopausa. Estima-se que mais de 70% das mulheres desenvolvam LU até os 50 anos de idade. Sabe-se que esses tumores são responsivos ao estímulo do estrogênio e da progesterona, portanto, fatores que levam ao aumento da exposição a esses hormônios, além de mutações genéticas, representam importantes fatores de risco para o surgimento de leiomiomas. Estudos identificaram específicas mutações genômicas associadas com os miomas, como defeitos na transformação celular envolvendo a subunidade mediadora de transcrição de RNA polimerase II. A principal queixa das pacientes com LU é o sangramento menstrual intenso, no entanto, muitas pacientes se apresentam de forma assintomática ou possuem sintomas pouco específicos, como dismenorreia, dispareunia, sintomas urinários ou gastrointestinais. Ao exame físico, o achado mais prevalente é o tamanho aumentado do útero, com irregularidade em sua forma. O diagnóstico do LU envolve a coleta de uma história clínica completa em conjunto com exame físico, mas a confirmação diagnóstica é feita por exames de imagem, como a ultrassonografia ou a ressonância nuclear magnética. Dentre os diagnósticos diferenciais para leiomioma uterino, pode-se citar: tumores ovarianos, pólipos endometriais, adenomiose, leiomiossarcoma e útero gravídico. A terapêutica pode ser feita tanto de forma conservadora, como também de forma cirúrgica. No entanto, o tratamento conservador apresenta uma alta taxa de recidivas. A terapêutica cirúrgica, por sua vez, é mais eficaz e possui uma menor probabilidade de recorrência, sendo a histerectomia um tratamento definitivo. Todavia, é importante salientar que a retirada total do útero deve ser evitada em mulheres que possuam desejo de gestar ou de manter o útero. Dessa forma, o tratamento deve ser sempre individualizado.
id VERACRUZ-0_6428f049bd94c20b97b255b169c5ae5b
oai_identifier_str oai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/50481
network_acronym_str VERACRUZ-0
network_name_str Revista Veras
repository_id_str
spelling Leiomioma uterino – aspectos epidemiológicos, fisiopatológicos e manejo terapêutico / Uterine Leiomyoma - epidemiological and pathophysiological aspects and therapeutic managementLeiomioma uterinoLeiomioma uterinomiomas uterinosmiomas uterinosneoplasias uterinasneoplasias uterinastratamento.tratamento.O Leiomioma Uterino (LU), também chamado de mioma, é um tumor benigno do músculo liso, e que, frequentemente, se apresenta no miométrio de mulheres antes da menopausa. Estima-se que mais de 70% das mulheres desenvolvam LU até os 50 anos de idade. Sabe-se que esses tumores são responsivos ao estímulo do estrogênio e da progesterona, portanto, fatores que levam ao aumento da exposição a esses hormônios, além de mutações genéticas, representam importantes fatores de risco para o surgimento de leiomiomas. Estudos identificaram específicas mutações genômicas associadas com os miomas, como defeitos na transformação celular envolvendo a subunidade mediadora de transcrição de RNA polimerase II. A principal queixa das pacientes com LU é o sangramento menstrual intenso, no entanto, muitas pacientes se apresentam de forma assintomática ou possuem sintomas pouco específicos, como dismenorreia, dispareunia, sintomas urinários ou gastrointestinais. Ao exame físico, o achado mais prevalente é o tamanho aumentado do útero, com irregularidade em sua forma. O diagnóstico do LU envolve a coleta de uma história clínica completa em conjunto com exame físico, mas a confirmação diagnóstica é feita por exames de imagem, como a ultrassonografia ou a ressonância nuclear magnética. Dentre os diagnósticos diferenciais para leiomioma uterino, pode-se citar: tumores ovarianos, pólipos endometriais, adenomiose, leiomiossarcoma e útero gravídico. A terapêutica pode ser feita tanto de forma conservadora, como também de forma cirúrgica. No entanto, o tratamento conservador apresenta uma alta taxa de recidivas. A terapêutica cirúrgica, por sua vez, é mais eficaz e possui uma menor probabilidade de recorrência, sendo a histerectomia um tratamento definitivo. Todavia, é importante salientar que a retirada total do útero deve ser evitada em mulheres que possuam desejo de gestar ou de manter o útero. Dessa forma, o tratamento deve ser sempre individualizado.Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.2022-07-20info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/5048110.34117/bjdv8n7-259Brazilian Journal of Development; Vol. 8 No. 7 (2022); 52581-52593Brazilian Journal of Development; Vol. 8 Núm. 7 (2022); 52581-52593Brazilian Journal of Development; v. 8 n. 7 (2022); 52581-525932525-8761reponame:Revista Verasinstname:Instituto Superior de Educação Vera Cruz (VeraCruz)instacron:VERACRUZporhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/50481/pdfCopyright (c) 2022 Brazilian Journal of Developmentinfo:eu-repo/semantics/openAccessde Souza, Rafael BoariLages, LaryssaPuppim, Pedro Henrique BastosTestoni, Micaella RonchiDias, Larissa Santos AmorimNascimento, Francis Henriquedo Nascimento, Matheus Learade Oliveira, Rafael CarvalhoNunes, Nathalia Leite LaraRuas, Lorena Rodrigues2022-07-27T18:38:20Zoai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/50481Revistahttp://site.veracruz.edu.br:8087/instituto/revistaveras/index.php/revistaveras/PRIhttp://site.veracruz.edu.br:8087/instituto/revistaveras/index.php/revistaveras/oai||revistaveras@veracruz.edu.br2236-57292236-5729opendoar:2024-10-15T16:24:04.892479Revista Veras - Instituto Superior de Educação Vera Cruz (VeraCruz)false
dc.title.none.fl_str_mv Leiomioma uterino – aspectos epidemiológicos, fisiopatológicos e manejo terapêutico / Uterine Leiomyoma - epidemiological and pathophysiological aspects and therapeutic management
title Leiomioma uterino – aspectos epidemiológicos, fisiopatológicos e manejo terapêutico / Uterine Leiomyoma - epidemiological and pathophysiological aspects and therapeutic management
spellingShingle Leiomioma uterino – aspectos epidemiológicos, fisiopatológicos e manejo terapêutico / Uterine Leiomyoma - epidemiological and pathophysiological aspects and therapeutic management
de Souza, Rafael Boari
Leiomioma uterino
Leiomioma uterino
miomas uterinos
miomas uterinos
neoplasias uterinas
neoplasias uterinas
tratamento.
tratamento.
title_short Leiomioma uterino – aspectos epidemiológicos, fisiopatológicos e manejo terapêutico / Uterine Leiomyoma - epidemiological and pathophysiological aspects and therapeutic management
title_full Leiomioma uterino – aspectos epidemiológicos, fisiopatológicos e manejo terapêutico / Uterine Leiomyoma - epidemiological and pathophysiological aspects and therapeutic management
title_fullStr Leiomioma uterino – aspectos epidemiológicos, fisiopatológicos e manejo terapêutico / Uterine Leiomyoma - epidemiological and pathophysiological aspects and therapeutic management
title_full_unstemmed Leiomioma uterino – aspectos epidemiológicos, fisiopatológicos e manejo terapêutico / Uterine Leiomyoma - epidemiological and pathophysiological aspects and therapeutic management
title_sort Leiomioma uterino – aspectos epidemiológicos, fisiopatológicos e manejo terapêutico / Uterine Leiomyoma - epidemiological and pathophysiological aspects and therapeutic management
author de Souza, Rafael Boari
author_facet de Souza, Rafael Boari
Lages, Laryssa
Puppim, Pedro Henrique Bastos
Testoni, Micaella Ronchi
Dias, Larissa Santos Amorim
Nascimento, Francis Henrique
do Nascimento, Matheus Leara
de Oliveira, Rafael Carvalho
Nunes, Nathalia Leite Lara
Ruas, Lorena Rodrigues
author_role author
author2 Lages, Laryssa
Puppim, Pedro Henrique Bastos
Testoni, Micaella Ronchi
Dias, Larissa Santos Amorim
Nascimento, Francis Henrique
do Nascimento, Matheus Leara
de Oliveira, Rafael Carvalho
Nunes, Nathalia Leite Lara
Ruas, Lorena Rodrigues
author2_role author
author
author
author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv de Souza, Rafael Boari
Lages, Laryssa
Puppim, Pedro Henrique Bastos
Testoni, Micaella Ronchi
Dias, Larissa Santos Amorim
Nascimento, Francis Henrique
do Nascimento, Matheus Leara
de Oliveira, Rafael Carvalho
Nunes, Nathalia Leite Lara
Ruas, Lorena Rodrigues
dc.subject.por.fl_str_mv Leiomioma uterino
Leiomioma uterino
miomas uterinos
miomas uterinos
neoplasias uterinas
neoplasias uterinas
tratamento.
tratamento.
topic Leiomioma uterino
Leiomioma uterino
miomas uterinos
miomas uterinos
neoplasias uterinas
neoplasias uterinas
tratamento.
tratamento.
description O Leiomioma Uterino (LU), também chamado de mioma, é um tumor benigno do músculo liso, e que, frequentemente, se apresenta no miométrio de mulheres antes da menopausa. Estima-se que mais de 70% das mulheres desenvolvam LU até os 50 anos de idade. Sabe-se que esses tumores são responsivos ao estímulo do estrogênio e da progesterona, portanto, fatores que levam ao aumento da exposição a esses hormônios, além de mutações genéticas, representam importantes fatores de risco para o surgimento de leiomiomas. Estudos identificaram específicas mutações genômicas associadas com os miomas, como defeitos na transformação celular envolvendo a subunidade mediadora de transcrição de RNA polimerase II. A principal queixa das pacientes com LU é o sangramento menstrual intenso, no entanto, muitas pacientes se apresentam de forma assintomática ou possuem sintomas pouco específicos, como dismenorreia, dispareunia, sintomas urinários ou gastrointestinais. Ao exame físico, o achado mais prevalente é o tamanho aumentado do útero, com irregularidade em sua forma. O diagnóstico do LU envolve a coleta de uma história clínica completa em conjunto com exame físico, mas a confirmação diagnóstica é feita por exames de imagem, como a ultrassonografia ou a ressonância nuclear magnética. Dentre os diagnósticos diferenciais para leiomioma uterino, pode-se citar: tumores ovarianos, pólipos endometriais, adenomiose, leiomiossarcoma e útero gravídico. A terapêutica pode ser feita tanto de forma conservadora, como também de forma cirúrgica. No entanto, o tratamento conservador apresenta uma alta taxa de recidivas. A terapêutica cirúrgica, por sua vez, é mais eficaz e possui uma menor probabilidade de recorrência, sendo a histerectomia um tratamento definitivo. Todavia, é importante salientar que a retirada total do útero deve ser evitada em mulheres que possuam desejo de gestar ou de manter o útero. Dessa forma, o tratamento deve ser sempre individualizado.
publishDate 2022
dc.date.none.fl_str_mv 2022-07-20
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/50481
10.34117/bjdv8n7-259
url https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/50481
identifier_str_mv 10.34117/bjdv8n7-259
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/50481/pdf
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2022 Brazilian Journal of Development
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2022 Brazilian Journal of Development
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.
publisher.none.fl_str_mv Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.
dc.source.none.fl_str_mv Brazilian Journal of Development; Vol. 8 No. 7 (2022); 52581-52593
Brazilian Journal of Development; Vol. 8 Núm. 7 (2022); 52581-52593
Brazilian Journal of Development; v. 8 n. 7 (2022); 52581-52593
2525-8761
reponame:Revista Veras
instname:Instituto Superior de Educação Vera Cruz (VeraCruz)
instacron:VERACRUZ
instname_str Instituto Superior de Educação Vera Cruz (VeraCruz)
instacron_str VERACRUZ
institution VERACRUZ
reponame_str Revista Veras
collection Revista Veras
repository.name.fl_str_mv Revista Veras - Instituto Superior de Educação Vera Cruz (VeraCruz)
repository.mail.fl_str_mv ||revistaveras@veracruz.edu.br
_version_ 1813645605662097408