Multiplicidades na escola: Uma desmistificação da promiscuidade frente ao hiv e os diversos modelos de corpo / Multiplicities in school: Demystifying promiscuity in front of hiv and diverse body models
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Veras |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/9813 |
Resumo: | Trata-se de uma pesquisa com 12 jovens, etariedade entre 15 a 24 anos (todos da rede pública de ensino). Teve como lócus o Serviço de Atendimento Especializado (SAE) no município de Cuiabá – MT. Com viés qualitativo, tal pesquisa teve por objetivo analisar os sentidos atribuídos por jovens com diagnóstico positivo para HIV, frente suas vivências no ambiente de ensino, no processo ensino-aprendizagem, nas relações de poder, estigmas e preconceitos. Trabalhou-se enquanto olhar teórico-metodológico com o Construcionismo Social, por meio da análise de repertórios linguísticos, intencionando investigar a produção de sentidos enunciados por práticas discursivas (SPINK, 2012). Frente aos resultados, emergiram relatos concernentes ao impacto do diagnóstico, sentidos de medo, desespero e paralisação de modo temporário, não obstante, destacaram-se também sentidos de aceitação e ressignificação diante da nova realidade como um modo outro de existir. Mas, são gritantes os relatos de sujeitos vítimas de estigmas, preconceitos por causa da orientação homoafetiva e por se viver com HIV/Aids, exprimindo o medo da exposição diante de colegas e professores. Perante tais relatos é possível pensar – entre tantos fatores ligados ao preconceito – sobre o aspecto moral e distorcido entre homossexualidade/HIV, o que aponta ideologicamente para promiscuidade; por isso pretendeu-se desmistificar sócio-historicamente a palavra “promiscuidade” reavendo-a enquanto atributo importante nas relações e enfrentamentos dos corpos sociais, corpos estes, estigmatizados e marginalizados, simplesmente por se encontrarem em condições múltiplas de subjetivação e expressão, socialmente condenados por quebrarem o protocolo e o modelo ideológico de corpo moderno, colonial e burguês. |
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