Transtornos mentais comuns entre os estudantes do curso de medicina: prevalência e fatores associados / Common mental disorders among medicine course students: prevalence and associated factors

• Autor(a) principal: Rocha, Igor Lima
• Data de Publicação: 2020
• Outros Autores: Varão, Fillype da Silva, Nunes, Jonatha Rospide
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Revista Veras
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/22302
• topic: Saúde Mental; Transtorno Mental Comum; Acadêmicos; Medicina; Prevenção.

INTRODUÇÃO: Os transtornos mentais comuns (TMC), estão presentes em uma grande parcela dos estudantes de medicina na atualidade, caracterizados por um amplo espectro de condições que afetam a saúde mental. A entrada do estudante na vida universitária consiste em muitos processos que incluem aspectos acadêmico-sociais e internos, do próprio indivíduo, em relação a diversas situações do ambiente acadêmico. MÉTODO: Tratou-se de um estudo exploratório, de natureza aplicada e de modalidade quantitativa. Utilizaram-se formulários de duas partes, sendo a primeira para caracterização do perfil sociodemográfico dos participantes (sexo, idade, raça, renda familiar, escolaridade, estado civil, número de filhos, cidade de origem e cidade de moradia). A segunda parte consistiu da aplicação do questionário SRQ 20 (Self Report Questionnaire). RESULTADOS: Foram entrevistados um total de 176 estudantes de medicina, do 1 º ao 6 º períodos. A maioria dos estudantes estão na faixa etária entre 18 e 25 anos, sendo que 81,8% dessa população é do sexo feminino, com predominância de pessoas que se consideram da raça Branca 60,6%, estando no critério de renda familiar superior a 10 salários mínimos 42,6%, com grau de escolaridade com ensino superior incompleto 70,3%, sendo de estado civil a maior parte foram de solteiros com 94,3%, a maior parte não tem filhos 96,6%, dentro dos entrevistados a maior parte 57,4% vieram de outro estado, mais 86,4% residem em Palmas Tocantins. O SQR-20 indicou, na população pesquisada, um total de 82,95% (146 pessoas) de 176 entrevistados, que foram classificados como rastreio positivo para transtornos mentais comuns. CONSIDERAÇÕES FINAIS: concluimos que existe alta prevalência para transtorno mental comum na população pesquisada e que os fatores associados estão relacionados a idade, renda familiar, raça, sexo, estado civil e contexto social e institucional. Além disso, identificamos que os efeitos do isolamento social em virtude da pandemia do coronavirus contribuiu para alta taxa de prevalência. Neste sentido, ficou evidente a importância de ações de promoção, prevenção e atenção à saúde mental dos estudantes de modo a melhorar a qualidade de vida e qualificar a formação profissional.