Mirmecofauna Arborícola Associada a Caryocar brasiliense Cambess (Malpighiales: Caryocaraceae) na Serra da Bandeira, Barreiras, Bahia/ Arboreal Ant Fauna Associated with Caryocar brasiliense Cambess (Malpighiales: Caryocaraceae) in Bandeira Mountain Range, Barreiras, Bahia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Veras |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/13883 |
Resumo: | A fauna de formigas que habita a serapilheira e o dossel das florestas tropicais vem sendo considerada a próxima fronteira em conhecimento sobre a biodiversidade. Nesse sentido, o objetivo do presente estudo foi identificar a composição da mirmecofauna associada ao pequizeiro em duas áreas com diferentes níveis de perturbação antrópica (interior e borda), na Serra da Bandeira, Barreiras, Bahia, bem como, verificar se a fenologia da planta e os fatores climáticos influenciam na presença das formigas associadas. Para tal, foram selecionados 20 pequizeiros semelhantes em altura e fenologia, divididos equitativamente entre as áreas. As formigas foram coletadas mensalmente, de dezembro de 2015 a dezembro de 2016, utilizando os métodos guarda-chuva entomológico e aspirador entomológico. A mirmecofauna foi identificada ao nível taxonômico de espécie e amostrada a abundância, percentual e constância. De maneira complementar, observou-se as fenofases da planta. Para a análise dos dados, foram utilizados os índices de Shannon-Weaver, Simpson e de atividade e intensidade de Fournier, além da correlação entre as subfamílias e os fatores climáticos. Foram coletadas 1.260 formigas, sendo que 564 compreendem a área interna e 696 a área de borda. Referente à riqueza, foram coletadas e identificadas 9 espécies pertencentes a 4 subfamílias de formicídios. Em ambas as áreas, as subfamílias com a maior quantidade de indivíduos foram Myrmicinae, Formicinae e Dolichoderinae. Na área interna, somente C. atratus e M. rudolphi foram consideradas constantes, na área de borda, L. fuscum, M. rudolphi, C. angustus, C. atratus e P. acanthobius obtiveram constância. A. capiguara e C. christopherseni foram consideradas acidentais e restringiram-se à área de borda. O índice de diversidade de Shannon-Weaver (H’) obtido para a área de borda foi maior que o encontrado para a área interna, enquanto o índice de Simpson (D) evidenciou que a área interna apresentou maior dominância, principalmente de C. atratus sobre as outras espécies. De maneira geral, a sazonalidade dos fatores climáticos não interferiu significativamente no quantitativo de formigas nas duas áreas de estudo. C. brasiliense apresentou diferenças fenológicas entre as áreas, e consequentemente, na abundância e riqueza da mirmecofauna coletada, decorrendo em maior quantidade e diversidade de formigas na borda do fragmento. Com base nos resultados obtidos pela aplicação dos índices, verificou-se que a borda apresenta melhores condições para a comunidade de formigas arborícolas, com maior oferta de recursos para as colônias e de sítios de nidificação nessa localidade. Quanto aos fatores abióticos, de modo geral, não apresentaram correlação forte com a maioria das subfamílias, podendo essas sofrerem maiores interferências pelos fatores bióticos e/ou de antropização. |
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Mirmecofauna Arborícola Associada a Caryocar brasiliense Cambess (Malpighiales: Caryocaraceae) na Serra da Bandeira, Barreiras, Bahia/ Arboreal Ant Fauna Associated with Caryocar brasiliense Cambess (Malpighiales: Caryocaraceae) in Bandeira Mountain Range, Barreiras, BahiaFormigasPequizeiroEntomologiaInteraçõesCerrado.A fauna de formigas que habita a serapilheira e o dossel das florestas tropicais vem sendo considerada a próxima fronteira em conhecimento sobre a biodiversidade. Nesse sentido, o objetivo do presente estudo foi identificar a composição da mirmecofauna associada ao pequizeiro em duas áreas com diferentes níveis de perturbação antrópica (interior e borda), na Serra da Bandeira, Barreiras, Bahia, bem como, verificar se a fenologia da planta e os fatores climáticos influenciam na presença das formigas associadas. Para tal, foram selecionados 20 pequizeiros semelhantes em altura e fenologia, divididos equitativamente entre as áreas. As formigas foram coletadas mensalmente, de dezembro de 2015 a dezembro de 2016, utilizando os métodos guarda-chuva entomológico e aspirador entomológico. A mirmecofauna foi identificada ao nível taxonômico de espécie e amostrada a abundância, percentual e constância. De maneira complementar, observou-se as fenofases da planta. Para a análise dos dados, foram utilizados os índices de Shannon-Weaver, Simpson e de atividade e intensidade de Fournier, além da correlação entre as subfamílias e os fatores climáticos. Foram coletadas 1.260 formigas, sendo que 564 compreendem a área interna e 696 a área de borda. Referente à riqueza, foram coletadas e identificadas 9 espécies pertencentes a 4 subfamílias de formicídios. Em ambas as áreas, as subfamílias com a maior quantidade de indivíduos foram Myrmicinae, Formicinae e Dolichoderinae. Na área interna, somente C. atratus e M. rudolphi foram consideradas constantes, na área de borda, L. fuscum, M. rudolphi, C. angustus, C. atratus e P. acanthobius obtiveram constância. A. capiguara e C. christopherseni foram consideradas acidentais e restringiram-se à área de borda. O índice de diversidade de Shannon-Weaver (H’) obtido para a área de borda foi maior que o encontrado para a área interna, enquanto o índice de Simpson (D) evidenciou que a área interna apresentou maior dominância, principalmente de C. atratus sobre as outras espécies. De maneira geral, a sazonalidade dos fatores climáticos não interferiu significativamente no quantitativo de formigas nas duas áreas de estudo. C. brasiliense apresentou diferenças fenológicas entre as áreas, e consequentemente, na abundância e riqueza da mirmecofauna coletada, decorrendo em maior quantidade e diversidade de formigas na borda do fragmento. Com base nos resultados obtidos pela aplicação dos índices, verificou-se que a borda apresenta melhores condições para a comunidade de formigas arborícolas, com maior oferta de recursos para as colônias e de sítios de nidificação nessa localidade. Quanto aos fatores abióticos, de modo geral, não apresentaram correlação forte com a maioria das subfamílias, podendo essas sofrerem maiores interferências pelos fatores bióticos e/ou de antropização. Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.2020-07-24info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/1388310.34117/bjdv6n7-680Brazilian Journal of Development; Vol. 6 No. 7 (2020); 51236-51255Brazilian Journal of Development; Vol. 6 Núm. 7 (2020); 51236-51255Brazilian Journal of Development; v. 6 n. 7 (2020); 51236-512552525-8761reponame:Revista Verasinstname:Instituto Superior de Educação Vera Cruz (VeraCruz)instacron:VERACRUZporhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/13883/11621Copyright (c) 2020 Brazilian Journal of Developmentinfo:eu-repo/semantics/openAccessBarbosa, Adriana GonçalvesAssis, Greice Ayra FrancoCosta, Adilson Alves2020-08-11T15:17:27Zoai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/13883Revistahttp://site.veracruz.edu.br:8087/instituto/revistaveras/index.php/revistaveras/PRIhttp://site.veracruz.edu.br:8087/instituto/revistaveras/index.php/revistaveras/oai||revistaveras@veracruz.edu.br2236-57292236-5729opendoar:2024-10-15T16:08:21.479606Revista Veras - Instituto Superior de Educação Vera Cruz (VeraCruz)false |
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A fauna de formigas que habita a serapilheira e o dossel das florestas tropicais vem sendo considerada a próxima fronteira em conhecimento sobre a biodiversidade. Nesse sentido, o objetivo do presente estudo foi identificar a composição da mirmecofauna associada ao pequizeiro em duas áreas com diferentes níveis de perturbação antrópica (interior e borda), na Serra da Bandeira, Barreiras, Bahia, bem como, verificar se a fenologia da planta e os fatores climáticos influenciam na presença das formigas associadas. Para tal, foram selecionados 20 pequizeiros semelhantes em altura e fenologia, divididos equitativamente entre as áreas. As formigas foram coletadas mensalmente, de dezembro de 2015 a dezembro de 2016, utilizando os métodos guarda-chuva entomológico e aspirador entomológico. A mirmecofauna foi identificada ao nível taxonômico de espécie e amostrada a abundância, percentual e constância. De maneira complementar, observou-se as fenofases da planta. Para a análise dos dados, foram utilizados os índices de Shannon-Weaver, Simpson e de atividade e intensidade de Fournier, além da correlação entre as subfamílias e os fatores climáticos. Foram coletadas 1.260 formigas, sendo que 564 compreendem a área interna e 696 a área de borda. Referente à riqueza, foram coletadas e identificadas 9 espécies pertencentes a 4 subfamílias de formicídios. Em ambas as áreas, as subfamílias com a maior quantidade de indivíduos foram Myrmicinae, Formicinae e Dolichoderinae. Na área interna, somente C. atratus e M. rudolphi foram consideradas constantes, na área de borda, L. fuscum, M. rudolphi, C. angustus, C. atratus e P. acanthobius obtiveram constância. A. capiguara e C. christopherseni foram consideradas acidentais e restringiram-se à área de borda. O índice de diversidade de Shannon-Weaver (H’) obtido para a área de borda foi maior que o encontrado para a área interna, enquanto o índice de Simpson (D) evidenciou que a área interna apresentou maior dominância, principalmente de C. atratus sobre as outras espécies. De maneira geral, a sazonalidade dos fatores climáticos não interferiu significativamente no quantitativo de formigas nas duas áreas de estudo. C. brasiliense apresentou diferenças fenológicas entre as áreas, e consequentemente, na abundância e riqueza da mirmecofauna coletada, decorrendo em maior quantidade e diversidade de formigas na borda do fragmento. Com base nos resultados obtidos pela aplicação dos índices, verificou-se que a borda apresenta melhores condições para a comunidade de formigas arborícolas, com maior oferta de recursos para as colônias e de sítios de nidificação nessa localidade. Quanto aos fatores abióticos, de modo geral, não apresentaram correlação forte com a maioria das subfamílias, podendo essas sofrerem maiores interferências pelos fatores bióticos e/ou de antropização. |
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