Análise eletromiográfica e estabilométrica em crianças com paralisia cerebral após um protocolo intensivo de exercícios terapêuticos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Boligon, Gabrieli Vieira
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Perissé, Beatriz França Naves, Costa, Alicya Victória González, Machado, Felipe Alves, Oliveira, Ana Letícia de Souza
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Veras
DOI: 10.34117/bjdv9n2-135
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/57509
Resumo: Introdução: A Paralisia Cerebral (PC) é uma condição de saúde comum da infância, em que trata-se de lesões neurológicas que acarretam atrasos no desenvolvimento neurosensoriomotor, cognitivo e, muitas vezes, provoca déficits no desempenho funcional e equilíbrio postural. Um novo recurso de tratamento para essas crianças são os protocolos intensivos com o uso ou não de vestimentas terapêuticas. Nestes protocolos, as vestimentas funcionam como uma órtese corporal que permite a execução de movimentos e exercícios para os mais diversos objetivos, em conjunto com a aplicação de treinos intensos e específicos. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi analisar a diferença de ativação muscular, função motora grossa e oscilação do centro de gravidade de crianças com PC após um protocolo intensivo de exercícios terapêuticos. Tratou-se de um estudo de 10 casos, sendo que os critérios de inclusão foram ter idade entre 2 e 13 anos, diagnóstico de PC e classificação Gross Motor Function Classification System entre os níveis I e IV. Métodos: A Gross Motor Function Measure foi realizada por um profissional capacitado antes do primeiro e após o último protocolo. A Eletromiografia de Superfície foi utilizada para analisar a ativação muscular dos músculos Reto Abdominal, Oblíquos e Multífidos de ambos hemicorpos enquanto a criança permanecia sentada mantendo a postura durante 30 segundos pré e pós protocolo. Além disso, a Plataforma Estabilométrica foi utilizada para avaliar a oscilação postural com a criança sentada mantendo a posição por 30 segundos com os olhos abertos e 30 segundos com os olhos fechados, também antes do início do intensivo e após o último. Resultados: No geral, as crianças apresentaram aumento da média na função motora grossa em 4,68% entre antes e após o treinamento; 30% dos pacientes apresentaram aumento da ativação muscular de todas ou da maioria das musculaturas; 40% obtiverem uma maior aproximação das médias de Root Mean Square associados a uma redução de ativação em alguns dos 6 músculos avaliados. Em relação ao centro de gravidade, 30% dos pacientes reduziram a distância de oscilação com olhos abertos e 70% reduziram com os olhos fechados. Conclusão: Conclui-se com o presente estudo que a realização de um protocolo intensivo de exercícios terapêuticos associados ou não ao uso de vestimentas terapêuticas favorece a melhora da função motora grossa, parece ser promissor na ativação mais equilibrada entre as musculaturas do core avaliadas e na diminuição da oscilação do tronco quando de olhos fechados.
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