Utilização do fermentado de mandioca na alimentação de suínos na fase inicial / Use of cassava fermented in the feeding of pigs in the initial phase

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Artur Henrique Dias
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Medeiros, Silvana Lúcia dos Santos
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Veras
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/41797
Resumo: Na suinocultura, a saída dos leitões da maternidade para a creche representa uma situação de estresse, levando a um reduzido consumo de alimento nos primeiros dias. Este quadro de estresse e baixo consumo de alimento ocasiona o atraso no ganho de peso e comprometimento da saúde intestinal dos leitões. A creche apresenta altos gastos na produção, principalmente com a nutrição, pois as dietas para essa fase são desenvolvidas com inclusões de alimentos de alta digestibilidade e palatabilidade, por exemplo, os produtos lácteos, que irão suprir a falta do leite materno, e os aditivos, como palatabilizantes ou flavorizantes, que têm o papel de deixar a ração mais atrativa, estimulando o consumo dos leitões. Desta forma, tornam-se importantes pesquisas de alimentos alternativos ou aditivos nutricionais que suplementam a dieta de suínos na fase de creche. Estes devem possibilitar uma boa conversão alimentar, bom ganho de peso e aumento do consumo por parte dos animais, com custo menor em relação às dietas convencionais. Na tentativa de melhorar o desempenho dos leitões após o desmame, são efetuadas pesquisas com produtos oriundos da fermentação de determinados alimentos, podendo estes serem resíduos da indústria ou alimentos de baixo custo. Objetivou-se, com o projeto, analisar a inclusão do fermentado da mandioca e vinhaça na ração de suínos na fase da creche (40 – 70 dias de vida). A fase experimental foi conduzida no Setor de Suinocultura do Instituto Federal de Minas Gerais – Campus Bambuí. O experimento contou com 9 animais da linhagem Agroceres, com 40 dias de idade, peso médio de 10,0 kg. Foram realizados três tratamentos com três animais, em um delineamento experimental inteiramente ao acaso. O primeiro tratamento (T1) constituiu no controle, no qual foi fornecida uma dieta à base de milho e farelo de soja formulada de acordo com as exigências nutricionais desta fase, sem adição do alimento a ser testado. O segundo (T2) e o terceiro tratamentos (T3) utilizaram-se do método da substituição, onde o alimento-teste substituiu em 25% a ração-controle, e o terceiro tratamento (T3), em 50%. Os animais foram mantidos em baias suspensas nas quais receberam o manejo diário do setor. O arraçoamento dos leitões foi realizado duas vezes ao dia, em comedouros tipo cocho dispostos ao longo das baias. A água foi fornecida à vontade em bebedouros tipo chupeta. Os parâmetros zootécnicos analisados foram: consumo de ração, ganho de peso diário e conversão alimentar. As médias foram tabuladas no programa estatístico R, comparadas pelo teste F a 5% de probabilidade sobre os níveis quantitativos da inclusão do fermentado na dieta. Não houve diferença significativa para as variáveis avaliadas. A utilização do fermentado de mandioca e vinhaça equipara-se ao emprego da dieta de alimentos convencionais, sendo uma alternativa viável para reduzir os custos com a alimentação dos leitões na fase inicial. Na avaliação do escore fecal, o percentual de fezes normais foi significativamente maior em todo o experimento e para todos os tratamentos.
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