Displasia do desenvolvimento do quadril: aspectos etiopatogênicos, métodos diagnósticos e condutas terapêuticas / Developmental dysplasia of the hip: etiopathogenic aspects, diagnosis and therapeutic conduct

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Melo, Gabriel Henrique Resende
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Moura, Ana Júlia Ribeiro, Vieira, Ester Blanc, Rocha, Fernanda Avila, Souza, Fernanda Marinho de, Andrade, Gabrielle Sampaio, Leal, Marcos Vinícius Saldanha, Silva, Matheus Souza, Souza, Tiago Caetano de, Jadjiski, Yuri de Lima
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Veras
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/46746
Resumo: A Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ) é um distúrbio do crescimento da criança, em que o acetábulo é subdesenvolvido, levando a alterações das cargas mecânicas na articulação do quadril, resultando em instabilidade e potencial luxação da articulação coxofemoral. Quanto à etiopatogenia, esse distúrbio é caracterizado pelo não amadurecimento satisfatório da articulação, culminando em má formação no momento do nascimento, uma vez que o desenvolvimento da cavidade acetabular é consequência da presença de uma cabeça femoral concentricamente reduzida em contato com o acetábulo. Condições multifatoriais, como alterações intrauterinas, genéticas e ambientais, são aventadas como predisponentes à DDQ. Nesse contexto, a apresentação pélvica fetal no último trimestre, pós-maturidade, mutações genéticas e imobilização por enfaixamento em extensão e abdução do quadril, contribuem para a ocorrência da afecção. Em virtude disso, a epidemiologia da DDQ é bastante variada, a depender da definição, da população estudada, da idade e do método diagnóstico adotado, carecendo de uma anamnese e um exame físico minuciosos. Para auxílio diagnóstico, lança-se mão das manobras de Barlow e Ortolani, com a observação de um possível sinal de Galeazzi. Somado a isso, exames de imagem também podem ser empregados em sua investigação. Vale ressaltar, de maneira enfática, que diversos autores abdicaram de uma padronização para a definição da DDQ, sendo necessária a instituição de uma terminologia unificada para a doença. Já o manejo terapêutico, apresenta-se como um desafio para o médico, uma vez que é adotado conforme a gravidade do quadro e levando em consideração a idade do paciente, fazendo com que a abordagem seja através de órteses e gesso e, em casos reservados, a intervenção cirúrgica pode ser instituída.
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