Estudo ambiental do cemitério da Vila de São Joaquim do Ituquara (Pará, Brasil) / Environmental study of the cemetery of the village of São Joaquim do Ituquara in Pará, northern Brazil

• Autor(a) principal: Raiol, Patricia Dias
• Data de Publicação: 2019
• Outros Autores: Oliva, Pedro Chira
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Revista Veras
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/5332
• topic: Radar de penetração no solo; lençol freático; potabilidade; lixiviado; concentrações de coliformes.

O estabelecimento de cemitérios em locais inadequados e com condições desfavoráveis é uma fonte potencial de impacto ambiental, principalmente em termos dos riscos potenciais de contaminação de fontes subterrâneas e de águas superficiais com os microorganismos patogênicos encontrados no líquido produzido pela decomposição de cadáveres, o que é conhecido como necrolítico. A contaminação de aquíferos localizados dentro do cemitério através da infiltração de água da chuva nas sepulturas pode resultar na poluição de áreas vizinhas, onde essa água pode atingir poços artesianos usados pela população local, expondo potencialmente os moradores a doenças infecciosas. O presente estudo é baseado em um diagnóstico ambiental preliminar do subsolo do cemitério da vila de São Joaquim de Ituquara, no município de Baião (Pará), no norte do Brasil. O estudo teve como objetivo confirmar a possível existência de zonas ou plumas de contaminação no subsolo, o que pode representar um risco de contaminação das águas subterrâneas pelo necrolagado do cemitério local. O estudo baseou-se em uma investigação indireta usando o Radar de penetração no solo (GPR), uma ferramenta geofísica e uma abordagem direta, que envolveu análises microbiológicas e físico-químicas de amostras de água coletadas em poços artesianos de residências localizadas adjacentes à área de estudo. O GPR revelou a existência de zonas ou plumas de contaminação próximas à subsuperfície, embora os resultados da análise microbiológica indicassem que a água testada estava dentro dos limites estabelecidos pelo Ministério da Saúde para consumo humano. No entanto, os parâmetros físico-químicos, como pH, condutividade e oxigênio dissolvido, excederam os valores de referência e foram considerados inadequados para consumo humano.