Resex marinha do litoral amazonico: territórios e territorialidades pesqueiros / Amazon coast marine resex: territories and fishing territorialities

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: do Nascimento, Josinaldo Reis
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Veras
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/5541
Resumo: O presente estudo foi desenvolvido nos territórios das reservas extrativistas marinhas de: Tracuateua; Caeté-Taperaçu; Arai-Peroba e Gurupi-Piriá. A implementação destas Unidades de Conservação – UCs ocorreu a partir de 2005, e desde então representa uma forte estratégia de arranjo institucional para o manejo participativo dos recursos pesqueiros. Os dados foram coletados entre fev/17 e mai/19, através de entrevistas em profundidade, semiestruturadas e observação participante. A criação das RESEX marinhas se deu em meio a uma série de conflitos socioambientais que proporcionaram a estas populações tradicionais formar uma rede solidária de cooperação e articulação social, que contribuiu também com os processos permanentes de geração de conhecimentos e tem estabelecido novos marcos regulatórios para a conservação do ecossistema manguezal desta faixa litorânea. Esse esforço vem freando a expansão da carcinicultura, e tem mantido um embate constante com a pesca industrial, sobretudo com aquelas frotas que possuem licença para captura de peixes diversos com rede de arrasto de fundo na plataforma continental amazônica. Está em curso um processo de adaptação às novas estruturas de poder e governança tecidas nos territórios tradicionais de pesca, edificadas em elementos da natureza, que acabam exercendo um papel crucial nas relações sociais e contribuindo para a compreensão e adaptação à gestão compartilhada por estes pescadores e pescadoras. Na atualidade, este novo quadro político institucional de ascensão de governos, que visivelmente diminui os espaços coletivos de discussões, evidencia cada vez mais a necessidade constante de reorganizações coletivas para que esses grupos sociais possam defender seus territórios e seus modos de vida, majoritariamente ligados à extração dos recursos pesqueiros.
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