Representações das carências apresentadas durante a gestação: ouvindo as gestantes / Representations of care durin pregnancy: listening to pregnant women

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tavares, Isabelle Miranda
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: de Freitas, Maria Amélia Albuquerque, Neto, Milton Santos Melo, de Albuquerque, Julia Manuela Mendonça, Silva, Leticia Lima, Kotovicz, Leticia Bandeira de Melo, de Oliveira, Nicole Brandão Barbosa, Vieira, Juliana Seara dos Santos, de Lima, Uirassú Tupinambá Silva, de Almeida, Renata Chequeller
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Veras
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/42451
Resumo: Introdução: A transição para a parentalidade é um processo diverso em cada gestante. Muitos fatores interferem esse decurso, como as representações maternas quanto ao bebê e, principalmente, as faltas e necessidades maternas.  Objetivo: Compreender as carências apresentadas por um grupo de gestantes, categorizando e correlacionando suas respostas com diferentes bases teóricas. Metodologia:  Consistiu em uma pesquisa de dados primários, com enfoque qualitativo e transversal. Participaram 32 gestantes frequentadoras da Comunidade Espírita Nosso Lar, uma associação filantrópica de Maceió- AL. A coleta de dados foi feita através de uma entrevista semiestruturada, a qual o protocolo de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Centro Universitário CESMAC. Foi utilizada a pergunta norteadora “O que você sente falta durante esse período de gestação?”, suas respostas foram analisadas e agrupadas em categorias, a partir das representações das carências apresentadas durante a gestação. Resultados e Discussão: As respostas foram categorizadas em quatro nichos: Impacto nas Relações Afetivo Familiares, Não Pertencimento, Saúde, Corpo e Privação de liberdade e Aspectos Financeiros.  O suporte familiar e conjugal foi apontado como pilar para o bem-estar materno-fetal, pois confere apoio emocional e minimiza os eventos estressantes na gravidez. Muitas respostas encaixaram-se no eixo do “não-pertencimento”, um quadro de indiferença materna resultante de alguma intercorrência na gestação, que pode gerar impactos psicológicos e orgânicos sérios à criança. No terceiro grupo, observou-se que, apesar de cientes das transformações advindas da gravidez, algumas mulheres sofrem inseguranças e insatisfações diante das mudanças corporais e de sua liberdade, interferindo em sua relação com si, com seu parceiro e seu filho. As respostas de cunho financeiro denotaram a tristeza pela baixa possibilidade de projeções futuras, como a precariedade da casa e de bens materiais. A essa conjuntura são atrelados impactos sociais e emocionais, que aumentam a tensão, frustração e geram ressentimento em relação a gravidez. Conclusão: A sensação de falta é um aspecto que engloba diferentes vieses na gestação e precisa ser abordado cautelosamente com o profissional no acompanhamento pré e perinatal, de forma a evitar consequências severas na vida das pacientes e de seus filhos. 
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