A relação entre hipotireoidismo subclínico e transtornos depressivos: The relationship between subclinical hypothyroidism and depressive disorders

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ignacio, Maria Fernanda Moreira
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Siqueira, Isadora Prado, Simão, João Antonio Haddad Maluly Raineri, Granito, Lucas Pedrosa Rotta, Cardoso, Fernanda Guiselini, Lindemann, Carolina Melato
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Veras
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/52418
Resumo: O hipotireoidismo é definido pela alteração nas concentrações séricas tanto do hormônio estimulante da tireoide (TSH), que estará aumentado, como pelo hormônio tiroxina, que estará diminuído em relação a faixa de referência normal. Os sintomas desse distúrbio são inespecíficos e dentre eles, incluem o transtorno depressivo. Devido a sua relevância, propomos como objetivo, identificar e sumarizar evidências científicas que evidenciam a importante associação entre os pacientes com hipotireoidismo que apresentam, também, transtornos depressivos. A metodologia foi estruturada a partir de uma análise bibliográfica feita de artigos recentes retirados da plataforma PubMed. No resultado, um dos estudos analisados revela que em indivíduos com idade superior a 50 anos a prevalência de depressão é maior nos pacientes com hipotireoidismo subclínico prévio, principalmente nas mulheres. Em geral, essa correlação deve-se, provavelmente, a instabilidade provocada pelos elevados níveis de TSH sobre o sistema 5-HT. Já em outro trabalho, evidenciou-se níveis aumentados de serotonina no córtex cerebral de ratos após a administração de T3 e também diminuição da síntese de serotonina no cérebro com hipotireoidismo. Tendo em vista que, a serotonina realiza um ciclo de feedback positivo no eixo hipotálamo-hipófise-tireoide (HHT) quando os níveis de serotonina no cérebro estão baixos. Nos seres humanos, os níveis de serotonina apresentam-se diminuídos em pacientes com hipotireoidismo. Ademais, a análise de um estudo feito a partir de 12.315 indivíduos mostrou que o hipotireoidismo subclínico tem um impacto negativo na depressão, sendo o rastreamento rotineiro essencial. Por fim, um último estudo mostra que, apesar de uma possível relação, o tratamento de indivíduos com hipotireoidismo subclínico não demostra claramente melhora nos marcadores de saúde mental. Portanto, concluímos que, sabendo-se que a glândula tireoide está associada com as funções neuropsicológicas do indivíduo, incluindo estado mental e outras funções cognitivas, é possível que haja uma relação importante entre hipotireoidismo subclínico e a depressão. No entanto, é notório que apesar dessa analise a relação entre ambos ainda permanece pouco definida.
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