O cuidado de enfermagem à criança portadora de microcefalia: relato de experiência / Nursing care for children with microcephaly: experience report
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Veras |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/30762 |
Resumo: | Introdução: A microcefalia é descrita no grupo das malformações congênitas do sistema nervoso, caracterizada por um perímetro cefálico inferior ao esperado para a idade e o gênero. Em geral, as crianças portadoras de microcefalia associada ao vírus Zika apresentam atraso importante no desenvolvimento neuropsicomotor associado a alterações visuais, auditivas e sensoriais, o que causa impacto diretamente na independência funcional e inserção social. Com o aumento de casos, houve uma sensibilização dos profissionais de saúde para a vigilância epidemiológica de casos suspeitos deste agravo. Objetivo: Descrever o cuidado de enfermagem à criança portadora de microcefalia, baseado na experiência de um Enfermeiro de Estratégia de Saúde da Família. Método: Trata-se de um relato de experiência, baseado na vivência de um Enfermeiro de Estratégia de Saúde da Família, em uma unidade básica de saúde, em um município de Minas Gerais. O profissional acompanhou uma criança, portadora de microcefalia residente em sua área de abrangência e prestava assistência à família. Relato: Ter um filho diagnosticado com microcefalia gera um impacto no âmbito familiar da criança, em consequência da necessidade de cuidados específicos, de idas e vindas ao ambiente hospitalar para realização de consultas e exames, gerando um desgaste emocional e financeiro à família. O enfermeiro da unidade básica de saúde, acompanha e atualiza o cartão vacinal, realiza orientação para aquisição de vacinas especiais não presentes no calendário básico, quando necessário; bem como acompanha o desenvolvimento da criança baseado na estimulação dos reflexos, avaliação do desenvolvimento e crescimento, curvas de crescimento (peso, altura, perímetro cefálico), orientações quanto a higiene pessoal e alimentação. São trabalhadas questões do contexto familiar, como a oferta de acompanhamento psicológico à família, e inserção da criança na sociedade, preenchidos relatórios de Enfermagem para aquisição, via Secretária de Saúde, de fraldas, leite, material para cuidados diários com gastrostomia. Conclusão: Conhecer a epidemiologia, compreender o processo de cuidar da criança no seu cotidiano, realizar ações pautadas nos Protocolos nacionais com adaptações à realidade local são ações importantes que devem ser realizadas pelo enfermeiro e de preferência por uma equipe multidisciplinar; para direcionar à reabilitação e adequações à vida. O enfermeiro possui conhecimento de habilidades para prestar as orientações dos cuidados necessários para promover conforto e bem-estar aos familiares e aos portadores de microcefalia. |
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