Literatura infantil como ferramenta de fortalecimento da autoestima de crianças negras na primeira e segunda infâncias : Children's literature as a tool to strengthen the self-esteem of black children in early and middle childhood

• Autor(a) principal: Santos, Edilaine Souza
• Data de Publicação: 2022
• Outros Autores: Mazzuco, Neiva Gallina
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Revista Veras
• Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/51871
• topic: literatura infantil; autoestima; crianças negras

 Com base no Materialismo Histórico-Dialético, este artigo tem por finalidade analisar aspectos históricos acerca da Literatura Infantil e o impacto dessa ferramenta na autoestima de crianças negras. Para tanto, realizamos uma análise tanto de obras literárias infantis anteriores às Leis nº 10.639 de 2003 e  11.645 de 2008 – sendo que a primeira inclui no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira” e a segunda acrescenta a “Cultura Indígena” – assim, as anteriores às leis reforçam o racismo vigente na sociedade de classes e as posteriores fortalecem a identidade e a autoestima de crianças negras por meio de uma literatura inclusiva e mais comprometida com o rompimento dos estigmas de uma sociedade racista. Uma análise como esta permite que se compreendam os avanços e os retrocessos da área, considerando a luta do movimento negro, além da atuação dos professores e de instituições na utilização da literatura, sendo um fator crucial na desmitificação da personagem negra nas histórias infantis. Entendemos que as leis, nesse caso, são amparos pedagógicos devido à persistência dos movimentos sociais, mas, mesmo com esse respaldo legal, é necessário um comprometimento das diversas áreas educativas, sobretudo, da escola, o que exige a capacitação dos professores, para que a referida lei se efetive nas práticas escolares e não fique apenas no âmbito jurídico. Ademais, é necessária uma responsabilização das instituições escolares, mas, para que isso também ocorra, o Estado deve garantir os devidos subsídios.