Energia e a indústria da celulose na Amazônia: o território das localidades centrais ao entorno da Usina Hidrelétrica de Estreito no Maranhão / Energy and the cellulose industry in the Amazon: the territory of central locations around the Estreito Hydroelectric Plant in Maranhão

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Penha, Luciano Rocha da
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Barros, Larissa Leila Gomes de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Veras
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/26036
Resumo: A UHEE foi inaugurada no governo da Presidente da República Dilma Roussef, no ano de 2012, faz parte do traçado do Programa Brasil em Ação no então período do segundo mandato do Presidente da República Fernando Henrique Cardoso, uma vez que o Estudo e Relatório de Impacto Ambiental foram liberados no ano de 2002. No entanto, a obra foi iniciada no ano de 2008, período do segundo mandato do Presidente da República Lula da Silva, pelo Programa de Aceleração do Crescimento. Na literatura geográfica de Milton Santos, uma usina hidrelétrica é considerada como um sistema de engenharia e, uma vez implantada no território, leva a mudanças nas estruturas sociais. Os estados onde a Usina Hidrelétrica está instalada é na Amazônia Legal brasileira. Região que mais tem recebido obras de infraestruturas para a produção industrial, devido à disponibilidade hidrográfica em abundância, logo, muito vantajosa para os agentes econômicos. A Usina Hidrelétrica de Estreito (UHEE) se localiza no curso médio na bacia hidrográfica do Araguaia-Tocantins, nos limites dos municípios de Estreito, estado do Maranhão e Aguiarnópolis, estado do Tocantins. Em seu entorno há a indústria Suzano Papel e Celulose. A produção de celulose teve o percentual de 13% de participação na balança comercial brasileira em 2018. Cada vez mais, se consolida e se justifica, a partir da ótica do Estado e dos grandes agentes econômicos, a ideia de construir usinas hidrelétricas em pontos estratégicos do território. Ao fazer a leitura da paisagem industrial e do entorno da UHEE, se torna importante a correlação com a Economia Espacial, principalmente a Teoria das Localidades Centrais, a qual ainda está presente nas localizações dos empreendimentos hidrelétricos na Amazônia. O objetivo deste artigo foi analisar de que forma a energia produzida na UHEE contribui para a produção de celulose no estado do Maranhão. A metodologia utilizada foi revisão bibliográfica sobre a Economia Espacial e análise dos dados sobre a participação da Suzano Papel e Celulose no Maranhão. A Teoria das Localidades Centrais é uma das formas com que os geógrafos passaram a discutir a localização industrial por meio da dimensão econômica do território. Desde o século XIX, alguns geógrafos econômicos vêm formulando teorias para melhor aproveitar o território e para melhorar os fluxos de investimentos e lucros dos agentes econômicos. Concluiu-se que a UHEE é uma localidade central que abastece outra localidade central que é o espaço industrial da Suzano Papel e Celulose.
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