Própolis verde brasileira: citotoxicidade e potencial anti-inflamatório in vitro: Brazilian green propolis: cytotoxicity and anti-inflammatory potential in vitro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pimentel, Camila de Almeida
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Fracasso, Julia Amanda Rodrigues, da Costa, Luísa Taynara Silvério, de Ferreira, Fernando Yutaka, Guarnier, Lucas Pires, Brasil, Giovana Sant’Ana Pegorin, Berretta, Andresa, dos Santos, Lucinéia
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Veras
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/54871
Resumo: A manutenção prolongada de uma resposta inflamatória eleva o risco de desenvolvimento de um processo crônico, bem como, promove a ocorrência de dano tecidual severo. A propólis verde, produzida a partir de exsudatos coletados pelas abelhas africanizadas de uma planta nativa do Brasil, detém de composição fitoquímica as quais são responsáveis por atividades biológicas benéficas ao organismo no combate e prevenção de doenças. Diante do cenário da busca por compostos terapêuticos com capacidade anti-inflamatória segura e eficiente, este estudo teve como objetivo investigar in vitro o potencial anti-inflamatório e citotóxico do extrato da própolis verde (EPV). Para tanto, realizou-se a análise fitoquímica por meio da quantificação de flavonoides, taninos condensados, taninos hidrolisados e saponinas. A análise de citotoxicidade foi realizada por meio do ensaio do MTT, e os ensaios de fagocitose e espraiamento de macrófagos para a análise da atividade anti-inflamatória. Observou-se que o EPV possui elevados teores de flavonoides (7.2 ± 0.48 em g EQ/100g), taninos condensados (32.28 ± 9.5 em g EP/100g), taninos hidrolisados (67.87 ± 10.04 em g EAG/100g) e saponinas (71.31 ± 7.9 em g ES/100g). A ausência de citotoxicidade foi constatada em todos os tempos de avaliação por meio do cálculo da concentração citotóxica de 50% (CC50). Os valores obtidos de CC50 foram: tempo de 24 h - 2393 ug/mL, tempo de 48 h – 8665 ug/mL e no tempo de 72 h – 6027 ug/mL. Nas análises anti-inflamatórias in vitro, os tratamentos promoveram inibições de 92 a 100% nas concentrações de 200, 500 e 1000 µg/mL, tanto no teste de espraiamento como no de fagocitose. A partir dos resultados obtidos, é possível concluir que a ausência de citotoxicidade e atividade anti-inflamatória do EPV podem ser comprovadas por estudos in vitro, e que, provavelmente, além dos compostos fenólicos, as saponinas estejam respondendo por essa importante atividade terapêutica.
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