Perfil epidemiológico do SUS: enxaqueca em caráter de urgência no Brasil, entre 2017 e 2021: Epidemiological profile of SUS: emergency migraine in Brazil, between 2017 and 2021
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Data de Publicação: | 2022 |
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Título da fonte: | Revista Veras |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/51361 |
Resumo: | Introdução: Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), metade da população mundial sofre com dor de cabeça em alguma fase da vida, com maior prevalência em pessoas do sexo feminino. Estudos acerca da epidemiologia da cefaleia no Brasil encontraram altas prevalências na população brasileira, com variação entre 43% e 93%, equivalente e inferior quando comparadas a estimativa de prevalência no mundo, estimada em 46% da população adulta. Objetivos: O objetivo deste estudo é caracterizar o perfil sociodemográfico e investigar a situação de internações por enxaqueca e outras síndromes de algias cefálicas na população diagnosticada no Brasil, no período de 2017 a 2021. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, cujos dados foram obtidos por meio de consulta às bases de dados Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), no endereço eletrônico (http://www.datasus.gov.br), além das bases de dados PUBMED, LILACS e SCIELO, referentes ao período de 2017 até 2021. Os dados obtidos foram organizados e analisados. Resultado e Discussão: O total do número de internações por enxaqueca, por todos os caráteres de atendimento, em todas as regiões do Brasil no período de 2017-2021, foi de 50.354 novos casos. Sendo que do total dos casos notificados, houve o predomínio na região Nordeste com 15.222 casos (30,22%), seguido pela região Sudeste com 14.865 casos (29,52%), da Sul com 14.693 (29,17%), da Norte com 3.064 (6,08%) e por fim a região Centro-Oeste com 2.510 (4,98%) dos casos. Já nos atendimentos de caráter de urgência, há um predomínio da região Sudeste com 30,35% do total dos casos, seguida pela região Nordeste com 29,37%, da Sul com 29,08%, da Norte com 6,13% e finalmente a Centro-Oeste com 5,04% dos casos de internamento em caráter de urgência. Quanto a relação mulher/homem, no ano de 2017 a proporção entre mulheres diagnosticadas para um homem era de 1,94:1 (6145/3158). E, durante os anos subsequentes (2018, 2019, 2020 e 2021), manteve-se o número de casos diagnosticados no Brasil sempre maior no gênero feminino do que no gênero masculino. Quanto a distribuição do número de internações por enxaqueca no Brasil, por caráter de urgência segundo a faixa etária, foi observado que nas crianças na faixa de 1-14 anos ocorre uma porcentagem de 0,77%- 5,21% dos casos, havendo predominância da enxaqueca em adultos na faixa etária entre 20-60 anos, com o pico na faixa de 30-39 anos (18,84%), reduzindo progressivamente até chegar na faixa > que 80 anos com 2,41% dos casos. Conclusão: A alta prevalência de enxaqueca nos atendimentos de urgência no Brasil, principalmente no sexo feminino e na faixa etária economicamente ativa da população, revela a necessidade de intensificação das práticas de prevenção e diagnóstico correto e precoce, baseados nos critérios da Classificação Internacional das Cefaleias. O tratamento deve ser instituído tão logo seja firmado o diagnóstico, de forma correta e efetiva. Existe a necessidade da profilaxia e do tratamento apropriado, à proporção que promova a melhoria da qualidade de vida dos pacientes e a reorientação dos custos hoje gerados pela promoção e prevenção dos episódios incapacitantes desse importante evento epidemiológico. |
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Perfil epidemiológico do SUS: enxaqueca em caráter de urgência no Brasil, entre 2017 e 2021: Epidemiological profile of SUS: emergency migraine in Brazil, between 2017 and 2021cefaleiasaúde públicaepidemiologiaIntrodução: Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), metade da população mundial sofre com dor de cabeça em alguma fase da vida, com maior prevalência em pessoas do sexo feminino. Estudos acerca da epidemiologia da cefaleia no Brasil encontraram altas prevalências na população brasileira, com variação entre 43% e 93%, equivalente e inferior quando comparadas a estimativa de prevalência no mundo, estimada em 46% da população adulta. Objetivos: O objetivo deste estudo é caracterizar o perfil sociodemográfico e investigar a situação de internações por enxaqueca e outras síndromes de algias cefálicas na população diagnosticada no Brasil, no período de 2017 a 2021. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, cujos dados foram obtidos por meio de consulta às bases de dados Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), no endereço eletrônico (http://www.datasus.gov.br), além das bases de dados PUBMED, LILACS e SCIELO, referentes ao período de 2017 até 2021. Os dados obtidos foram organizados e analisados. Resultado e Discussão: O total do número de internações por enxaqueca, por todos os caráteres de atendimento, em todas as regiões do Brasil no período de 2017-2021, foi de 50.354 novos casos. Sendo que do total dos casos notificados, houve o predomínio na região Nordeste com 15.222 casos (30,22%), seguido pela região Sudeste com 14.865 casos (29,52%), da Sul com 14.693 (29,17%), da Norte com 3.064 (6,08%) e por fim a região Centro-Oeste com 2.510 (4,98%) dos casos. Já nos atendimentos de caráter de urgência, há um predomínio da região Sudeste com 30,35% do total dos casos, seguida pela região Nordeste com 29,37%, da Sul com 29,08%, da Norte com 6,13% e finalmente a Centro-Oeste com 5,04% dos casos de internamento em caráter de urgência. Quanto a relação mulher/homem, no ano de 2017 a proporção entre mulheres diagnosticadas para um homem era de 1,94:1 (6145/3158). E, durante os anos subsequentes (2018, 2019, 2020 e 2021), manteve-se o número de casos diagnosticados no Brasil sempre maior no gênero feminino do que no gênero masculino. Quanto a distribuição do número de internações por enxaqueca no Brasil, por caráter de urgência segundo a faixa etária, foi observado que nas crianças na faixa de 1-14 anos ocorre uma porcentagem de 0,77%- 5,21% dos casos, havendo predominância da enxaqueca em adultos na faixa etária entre 20-60 anos, com o pico na faixa de 30-39 anos (18,84%), reduzindo progressivamente até chegar na faixa > que 80 anos com 2,41% dos casos. Conclusão: A alta prevalência de enxaqueca nos atendimentos de urgência no Brasil, principalmente no sexo feminino e na faixa etária economicamente ativa da população, revela a necessidade de intensificação das práticas de prevenção e diagnóstico correto e precoce, baseados nos critérios da Classificação Internacional das Cefaleias. O tratamento deve ser instituído tão logo seja firmado o diagnóstico, de forma correta e efetiva. Existe a necessidade da profilaxia e do tratamento apropriado, à proporção que promova a melhoria da qualidade de vida dos pacientes e a reorientação dos custos hoje gerados pela promoção e prevenção dos episódios incapacitantes desse importante evento epidemiológico.Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.2022-08-22info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/5136110.34117/bjdv8n8-241Brazilian Journal of Development; Vol. 8 No. 8 (2022); 58586-58598Brazilian Journal of Development; Vol. 8 No. 8 (2022); 58586-58598Brazilian Journal of Development; Vol. 8 No. 8 (2022); 58586-585982525-8761reponame:Revista Verasinstname:Instituto Superior de Educação Vera Cruz (VeraCruz)instacron:VERACRUZporhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/51361/38531Copyright (c) 2022 Sulany Ferreira Feitosa D'Almeida, Livia Reis Marinho, Luciano Feitosa D'Almeida Filho, Laíne Rocha Bezerra Barbosa, Marília de Araújo Alves, Arthur de Medeiros Carlos, Everton Huan de Souza Lopes, Laércio Pol Fachin, Elaine Cristina Tôrres Oliveirainfo:eu-repo/semantics/openAccess D'Almeida, Sulany Ferreira FeitosaMarinho, Livia ReisD'Almeida Filho, Luciano FeitosaBarbosa, Laíne Rocha BezerraAlves, Marília de AraújoCarlos, Arthur de MedeirosLopes, Everton Huan de SouzaFachin, Laércio PolOliveira, Elaine Cristina Tôrres2022-08-29T14:58:13Zoai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/51361Revistahttp://site.veracruz.edu.br:8087/instituto/revistaveras/index.php/revistaveras/PRIhttp://site.veracruz.edu.br:8087/instituto/revistaveras/index.php/revistaveras/oai||revistaveras@veracruz.edu.br2236-57292236-5729opendoar:2024-10-15T16:24:26.500679Revista Veras - Instituto Superior de Educação Vera Cruz (VeraCruz)false |
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