O desafio do manejo da Rinossinusite fúngica: The challenge of managing fungal Rhinosinusitis

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lopes, Aline Albuquerque Moraes
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Filho, Alexandre Silveira Borges de Andrade, Michelini, Ana Clara Loschiavo, Fonseca, Júlia Galuppo, Araújo, Laís Lobato de, Azevedo, Letícia Alves Rodrigues de, Martins, Luciana Evelyn Santos, Zucconi, Rafaela Valadares, Santos, Sarah Camargo dos
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Veras
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/55811
Resumo: As rinossinusites fúngicas (RSF) são um espectro de doenças classificadas segundo os aspectos fisiopatológicos, diferenciando-as em não invasivas e invasivas. Entre as não invasivas, existem a rinossinusite aguda saprofítica, bola fúngica e rinossinusite fúngica alérgica. Já em relação às invasivas, existem a forma aguda, forma crônica e a forma crônica granulomatosa. Os bolores e leveduras são os principais fungos responsáveis por ocasionar adoecimento em humanos, entretanto, os bolores, por serem multicelulares e possuírem hifas, são os maiores responsáveis pelas sinusites fúngicas. Dentre os fungos causadores da sinusite, o mais comum ao nível do seio nasal, é o Aspergillus. A patogênese da RSF ainda não é bem definida, mas acredita-se que fatores ambientais, como ambientes úmidos, hospedeiros suscetíveis e uso prolongado de antibióticos corroboram com o curso da doença. A RSF abrange diversos cenários que podem caracterizá-la de acordo com a classificação da doença. Dentre as manifestações clínicas mais frequentes, incluem: congestão, febre, cefaleia, tontura e vômitos. Além destes, também são descritos edema e ou celulite infraorbitária, anosmia, gotejamento pós-nasal, dor facial, vertigem, alterações comportamentais, diplopia e proptose ocular. Todos esses sintomas, somados a uma avaliação minuciosa com a utilização de exames histopatológicos, endoscópicos e de imagem, torna possível o estabelecimento do diagnóstico da RSF. Sendo assim, há diversos tratamentos que podem ser empregados, como antifúngicos, desbridamento cirúrgico, corticosteroides e imunoterapia, entretanto, devem ser individualizados de acordo com cada caso. No geral, as rinossinusites fúngicas alérgicas têm bom prognóstico, enquanto as rinossinusites fúngicas invasivas podem vir a ter o prognóstico mais reservado. Dessa forma, todos os otorrinolaringologistas devem estar familiarizados com as diversas variantes de tal afecção, de forma a oferecer um manejo adequado e bom prognóstico.
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