Aprendizagem cultural e mimese: jogos, rituais e gestos
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Educação (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-24782016000300553 |
Resumo: | RESUMO Estudos recentes sobre primatas mostram que o homem é, de longe, o mais habilitado para aprender por mimetismo. Aristóteles já considerava que a aptidão para a aprendizagem cultural e o prazer de a isso se dedicar constituíam um dom próprio da espécie humana. Essas aptidões miméticas permitem à criança, na primeira infância, participar da produção e dos processos culturais da sociedade. Na primeira infância, a criança assimila as produções materiais e simbólicas de sua comunidade cultural, as quais, conservadas dessa maneira, são transmitidas à geração seguinte. Em ampla medida, a aprendizagem cultural é aprendizagem mimética, essencial em inúmeros processos de formação e de autoformação. Ela se estende ao outro, à comunidade social e aos bens culturais, cuja vitalidade é garantida por ela. A aprendizagem mimética, fundamentada no corpo e nos sentidos, permite a aprendizagem de imagens, de esquemas, de movimentos pertencentes à esfera da ação prática; ela se realiza, em grande parte, de maneira inconsciente, fato que induz efeitos duradouros em todos os campos da evolução cultural. |
id |
EAA-1_86af78765ff09bd063ee749b447fd46e |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S1413-24782016000300553 |
network_acronym_str |
EAA-1 |
network_name_str |
Revista Brasileira de Educação (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Aprendizagem cultural e mimese: jogos, rituais e gestosmimeseaprendizagem culturalritualgestosaber práticoRESUMO Estudos recentes sobre primatas mostram que o homem é, de longe, o mais habilitado para aprender por mimetismo. Aristóteles já considerava que a aptidão para a aprendizagem cultural e o prazer de a isso se dedicar constituíam um dom próprio da espécie humana. Essas aptidões miméticas permitem à criança, na primeira infância, participar da produção e dos processos culturais da sociedade. Na primeira infância, a criança assimila as produções materiais e simbólicas de sua comunidade cultural, as quais, conservadas dessa maneira, são transmitidas à geração seguinte. Em ampla medida, a aprendizagem cultural é aprendizagem mimética, essencial em inúmeros processos de formação e de autoformação. Ela se estende ao outro, à comunidade social e aos bens culturais, cuja vitalidade é garantida por ela. A aprendizagem mimética, fundamentada no corpo e nos sentidos, permite a aprendizagem de imagens, de esquemas, de movimentos pertencentes à esfera da ação prática; ela se realiza, em grande parte, de maneira inconsciente, fato que induz efeitos duradouros em todos os campos da evolução cultural.ANPEd - Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação2016-09-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-24782016000300553Revista Brasileira de Educação v.21 n.66 2016reponame:Revista Brasileira de Educação (Online)instname:Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd)instacron:EAA10.1590/S1413-24782016216629info:eu-repo/semantics/openAccessWULF,CHRISTOPHpor2016-10-05T00:00:00Zoai:scielo:S1413-24782016000300553Revistahttp://www.anped.org.br/site/rbehttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||rbe@anped.org.br1809-449X1413-2478opendoar:2016-10-05T00:00Revista Brasileira de Educação (Online) - Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Aprendizagem cultural e mimese: jogos, rituais e gestos |
title |
Aprendizagem cultural e mimese: jogos, rituais e gestos |
spellingShingle |
Aprendizagem cultural e mimese: jogos, rituais e gestos WULF,CHRISTOPH mimese aprendizagem cultural ritual gesto saber prático |
title_short |
Aprendizagem cultural e mimese: jogos, rituais e gestos |
title_full |
Aprendizagem cultural e mimese: jogos, rituais e gestos |
title_fullStr |
Aprendizagem cultural e mimese: jogos, rituais e gestos |
title_full_unstemmed |
Aprendizagem cultural e mimese: jogos, rituais e gestos |
title_sort |
Aprendizagem cultural e mimese: jogos, rituais e gestos |
author |
WULF,CHRISTOPH |
author_facet |
WULF,CHRISTOPH |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
WULF,CHRISTOPH |
dc.subject.por.fl_str_mv |
mimese aprendizagem cultural ritual gesto saber prático |
topic |
mimese aprendizagem cultural ritual gesto saber prático |
description |
RESUMO Estudos recentes sobre primatas mostram que o homem é, de longe, o mais habilitado para aprender por mimetismo. Aristóteles já considerava que a aptidão para a aprendizagem cultural e o prazer de a isso se dedicar constituíam um dom próprio da espécie humana. Essas aptidões miméticas permitem à criança, na primeira infância, participar da produção e dos processos culturais da sociedade. Na primeira infância, a criança assimila as produções materiais e simbólicas de sua comunidade cultural, as quais, conservadas dessa maneira, são transmitidas à geração seguinte. Em ampla medida, a aprendizagem cultural é aprendizagem mimética, essencial em inúmeros processos de formação e de autoformação. Ela se estende ao outro, à comunidade social e aos bens culturais, cuja vitalidade é garantida por ela. A aprendizagem mimética, fundamentada no corpo e nos sentidos, permite a aprendizagem de imagens, de esquemas, de movimentos pertencentes à esfera da ação prática; ela se realiza, em grande parte, de maneira inconsciente, fato que induz efeitos duradouros em todos os campos da evolução cultural. |
publishDate |
2016 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2016-09-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-24782016000300553 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-24782016000300553 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S1413-24782016216629 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
ANPEd - Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação |
publisher.none.fl_str_mv |
ANPEd - Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Educação v.21 n.66 2016 reponame:Revista Brasileira de Educação (Online) instname:Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd) instacron:EAA |
instname_str |
Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd) |
instacron_str |
EAA |
institution |
EAA |
reponame_str |
Revista Brasileira de Educação (Online) |
collection |
Revista Brasileira de Educação (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Educação (Online) - Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd) |
repository.mail.fl_str_mv |
||rbe@anped.org.br |
_version_ |
1754122491977007104 |