Deficiência de alfa-1-antitripsina na doença pulmonar obstrutiva crónica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cardoso, Patrícia Neves
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/15935
Resumo: Introdução – A deficiência de alfa-1-antitripsina é uma das alterações genéticas graves encontradas por todo o mundo. Porém, permanece subdiagnosticada, apesar da forte predisposição à doença pulmonar obstrutiva crónica que condiciona. Objectivos – Os objectivos deste artigo de revisão incluem o estudo e avaliação das implicações da deficiência de alfa-1-antitripsina em indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crónica, a apresentação dos esquemas de diagnóstico e terapêuticos mais utilizados e adequados na orientação desta patologia. Desenvolvimento – A alfa-1-antitripsina é a proteína responsável pela maior parte da protecção antiproteásica do sistema respiratório. Os fenótipos que conferem um sério aumento do risco de desenvolvimento de doença pulmonar são aqueles em que há combinação de alelos deficientes (S e Z) ou nulos. O principal factor de risco nesses indivíduos é o tabagismo. Em adição ao efeito antiproteásico da alfa-1-antitripsina, estão implicados no desenvolvimento de doença obstrutiva outros mecanismos, como o stress oxidativo e a apoptose das células epiteliais alveolares. O enfisema é o padrão clínico mais frequentemente associado à deficiência de alfa-1-antitripsina e a causa primária de morte nesses indivíduos. Estudos da função pulmonar associados a técnicas radiológicas recentes, como a tomografia computadorizada de alta resolução, são necessários para avaliar a extensão da doença pulmonar e monitorizar a sua evolução. Indivíduos suspeitos de apresentar a deficiência devem ser avaliados de forma quantitativa e só depois qualitativa em relação a alfa-1-antitripsina. A sua associação indiscutível às doenças pulmonares obstrutivas crónicas torna-a num alvo terapêutico de grande importância, em que a terapia de reposição intravenosa permanece como um dos principais métodos do tratamento médico. A evicção tabágica está comprovadamente relacionada com a melhoria clínica e deve ser sempre enfatizada. O transplante pulmonar é uma opção viável e a intervenção terapêutica mais eficaz para doentes seleccionados. Conclusões – A deficiência de alfa-1-antitripsina surge-nos como uma alteração genética com uma prevalência em nada negligenciável. Contudo, a tomada de decisões terapêuticas adequadas ao estadio da doença pulmonar só podem ser realizadas com o conhecimento diagnóstico da deficiência, muitas vezes esquecido ou desvalorizado.
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