Estudo do SDQ1 de MARSH:auto conceito verbal, matemático e de aparência física em adolescentes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Galinha, Sónia Maria Gomes Alexandre
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: São João, Ricardo, Fonseca, Cátia
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.15/2636
Resumo: Este estudo insere-se no âmbito da investigação educacional e com os dados analisados pretendemos contribuir para uma melhor compreensão do autoconceito ao nível do 3º ciclo de escolaridade. Perrenoud, Estrela e Estrela (1995) no seu livro Ofício de Aluno e Sentido do Trabalho Escolar, alertam para a falta de sentido do trabalho escolar. Segundo os autores uma fração dos alunos faz da necessidade virtude e realiza, sem dificuldade, o seu percurso escolar; outros resistem abertamente e desencadeiam a fúria dos que lhes querem bem; outros, ainda, conduzem-se a fenómenos cada vez mais presentes na realidade portuguesa como absentismo, abandono escolar e a indisciplina/violência. Podemos afirmar, de forma consensual, que erradicar estes fenómenos é utópico, mas a clarificação das suas causas pode contribuir para uma redução significativa e desejável segundo a literatura revisitada. Shavelson, Hubner e Stanton (1976), atribuem ao autoconceito um potencial de prognóstico dos comportamentos, igualmente referenciado por autores como Simões e Vaz Serra (1987) e Simões (1997) que reconhecem a influência do autoconceito no desempenho, bem como no autocontrolo pessoal, na coordenação de atitudes e comportamentos, surgindo, assim, como uma forma de quantificar variáveis como autocontrolo, a ansiedade e as expectativas dos sujeitos (Barros & Barros, 1999; Simões & Vaz Serra, 1987). A consciencialização da relevância e interligação da motivação com o sucesso escolar (Castañeiras, Guzmán, Posada, Ricchini, & Strucchi, 1999; Imaginário, Jesus, Morais, Fernandes, Santos, Santos & Azevedo, 2014) com a indisciplina e com o autoconceito tem conduzido a inúmeros estudos (Fonseca, Galinha & Loureiro, 2017a, Fonseca, Galinha & Loureiro, 2017b; Galinha; São-João & Fonseca (2018) com o objetivo de descobrir como envolver os alunos nas tarefas escolares de forma voluntária e consciente das suas potencialidades e importância para o seu futuro. Considerando que as perceções pessoais conduzem a um comportamento motivado (Cabanach, Arias, Pérez & González-Pienda, 1996), é relevante estudar a motivação e a sua interligação com o autoconceito dos alunos. A revisão da literatura aponta deste modo para a importância do estudo do autoconceito nos alunos 3º CEB. Trata-se de um estudo com uma abordagem quantitativa com central objetivo na avaliação de variáveis associadas ao autoconceito em adolescentes do 3º ciclo do ensino básico português. O presente estudo procura assim avaliar os valores de autoconceito apresentados pelos alunos inquiridos através da aplicação de uma escala de autoconceito nas suas subescalas (SDQ1 de Marsh) especificamente selecionadas para tratamento: verbal, matemático e aparência física. O SDQ1 de Marsh adaptado por Faria e Fontaine (1990) engloba ainda os seguintes domínios: assuntos escolares, relacionamento com os pares e relacionamento com os pais, competência física e autoconceito global. No presente estudo foi considerada uma amostra aleatória com 86 alunos tendo sido assegurada a confidencialidade e o anonimato dos participantes. Verificou-se a predominância do sexo masculino (51,2%). No que diz respeito ao perfil dos alunos (SDQ1 autoconceito/ indivíduos), pela confrontação dos valores do autoconceito observa-se que o autoconceito é superior em indivíduos do sexo feminino, não repetentes e com idade de 13 anos. Dever-se-á ter como referência a idade de 13 anos (valor modal), com frequência acentuada no sexo feminino (28 em 51 indivíduos). Embora os indivíduos com 16 anos apresentem valores de autoconceito superiores, são em número reduzido (no total 3) e todos do sexo masculino. A mensuração do autoconceito nas subescalas selecionadas para o tratamento verbal e matemático assumiram valores no intervalo [10;40] ao passo que na aparência física [21;72], apresentando esta última subescala uma maior amplitude (51). Os valores médios de autoconceito nas subescalas SDQ1 de Marsh para o tratamento verbal, matemático e aparência física, apresentados pelos alunos, foram respetivamente de: 24,3; 27,8 e 57,1. Os resultados obtidos nesta investigação permitem observar uma adequada dispersão dos valores sendo os dados úteis para futuros estudos.
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Podemos afirmar, de forma consensual, que erradicar estes fenómenos é utópico, mas a clarificação das suas causas pode contribuir para uma redução significativa e desejável segundo a literatura revisitada. Shavelson, Hubner e Stanton (1976), atribuem ao autoconceito um potencial de prognóstico dos comportamentos, igualmente referenciado por autores como Simões e Vaz Serra (1987) e Simões (1997) que reconhecem a influência do autoconceito no desempenho, bem como no autocontrolo pessoal, na coordenação de atitudes e comportamentos, surgindo, assim, como uma forma de quantificar variáveis como autocontrolo, a ansiedade e as expectativas dos sujeitos (Barros & Barros, 1999; Simões & Vaz Serra, 1987). A consciencialização da relevância e interligação da motivação com o sucesso escolar (Castañeiras, Guzmán, Posada, Ricchini, & Strucchi, 1999; Imaginário, Jesus, Morais, Fernandes, Santos, Santos & Azevedo, 2014) com a indisciplina e com o autoconceito tem conduzido a inúmeros estudos (Fonseca, Galinha & Loureiro, 2017a, Fonseca, Galinha & Loureiro, 2017b; Galinha; São-João & Fonseca (2018) com o objetivo de descobrir como envolver os alunos nas tarefas escolares de forma voluntária e consciente das suas potencialidades e importância para o seu futuro. Considerando que as perceções pessoais conduzem a um comportamento motivado (Cabanach, Arias, Pérez & González-Pienda, 1996), é relevante estudar a motivação e a sua interligação com o autoconceito dos alunos. A revisão da literatura aponta deste modo para a importância do estudo do autoconceito nos alunos 3º CEB. Trata-se de um estudo com uma abordagem quantitativa com central objetivo na avaliação de variáveis associadas ao autoconceito em adolescentes do 3º ciclo do ensino básico português. O presente estudo procura assim avaliar os valores de autoconceito apresentados pelos alunos inquiridos através da aplicação de uma escala de autoconceito nas suas subescalas (SDQ1 de Marsh) especificamente selecionadas para tratamento: verbal, matemático e aparência física. O SDQ1 de Marsh adaptado por Faria e Fontaine (1990) engloba ainda os seguintes domínios: assuntos escolares, relacionamento com os pares e relacionamento com os pais, competência física e autoconceito global. No presente estudo foi considerada uma amostra aleatória com 86 alunos tendo sido assegurada a confidencialidade e o anonimato dos participantes. Verificou-se a predominância do sexo masculino (51,2%). No que diz respeito ao perfil dos alunos (SDQ1 autoconceito/ indivíduos), pela confrontação dos valores do autoconceito observa-se que o autoconceito é superior em indivíduos do sexo feminino, não repetentes e com idade de 13 anos. Dever-se-á ter como referência a idade de 13 anos (valor modal), com frequência acentuada no sexo feminino (28 em 51 indivíduos). Embora os indivíduos com 16 anos apresentem valores de autoconceito superiores, são em número reduzido (no total 3) e todos do sexo masculino. A mensuração do autoconceito nas subescalas selecionadas para o tratamento verbal e matemático assumiram valores no intervalo [10;40] ao passo que na aparência física [21;72], apresentando esta última subescala uma maior amplitude (51). Os valores médios de autoconceito nas subescalas SDQ1 de Marsh para o tratamento verbal, matemático e aparência física, apresentados pelos alunos, foram respetivamente de: 24,3; 27,8 e 57,1. Os resultados obtidos nesta investigação permitem observar uma adequada dispersão dos valores sendo os dados úteis para futuros estudos.Instituto Politécnico de SantarémRepositório Científico do Instituto Politécnico de SantarémGalinha, Sónia Maria Gomes AlexandreSão João, RicardoFonseca, Cátia2019-07-17T13:14:45Z20192019-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.15/2636porGalinha, S. , São João, R. & Fonseca, C. (2019). Estudo do SDQ1 de MARSH : auto conceito verbal, matemático e de aparência física em adolescentes. Revista da UIIPS, 7(1) 68-71.2182-9608info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-01-17T15:16:02ZPortal AgregadorONG
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