Distribuição espacial da placa vulnerável na árvore coronária: avaliação angiográfica de uma coorte consecutiva e não-selecionada de pacientes submetidos a angioplastia primária

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva,José Fábio Almiro da
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Chamié,Daniel, Costa Jr.,José Ribamar, Abizaid,Alexandre, Feres,Fausto, Feijó de Sá,Francisco Carleial, Passos,Raphael Lanza e, Mattos,Luiz Alberto, Staico,Rodolfo, Chaves,Áurea J., Sousa,Amanda G. M. R., Sousa,J. Eduardo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972009000200013
Resumo: FUNDAMENTOS: A gênese do infarto agudo do miocárdio (IAM) está intimamente relacionada à ruptura de "placas vulneráveis". Estudos anatomopatológicos sugerem uma distribuição não-homogênea dessas placas ao longo da árvore coronária. Neste estudo, visamos a estabelecer as "zonas vulneráveis", no sentido de obter um mapa do risco de maior probabilidade de ocorrência de IAM. MÉTODO: Neste estudo, foram analisados 82 pacientes consecutivos tratados com angioplastia primária em um centro terciário de referência, no período de janeiro a setembro de 2007. Somente foram incluídos pacientes com IAM com elevação do segmento ST, com fluxo coronário TIMI 0/1. Após definir o segmento de oclusão, utilizando a segmentação coronária do Coronary Artery Surgery Study (CASS), mensuramos a distância do ponto de oclusão do vaso culpado até seu óstio, com software dedicado (CMS-Medis). O modelo de regressão de Poisson foi utilizado para determinar o risco de IAM, baseado na distância da oclusão a partir do óstio coronário. RESULTADOS: A média das idades foi de 60 anos e 73,1% dos pacientes eram homens. A artéria descendente anterior foi o vaso culpado mais prevalente (46,3%). O diâmetro médio de referência do vaso foi de 2,8 ± 0,6 mm. Para cada segmento de 10 mm a partir do óstio do vaso-alvo, foi observada, pela regressão de Poisson, redução de 36,9% no risco de oclusão aguda do vaso. Nesta coorte notou-se distribuição não homogênea das placas vulneráveis, com maior prevalência nos segmentos proximais dos vasos epicárdicos. CONCLUSÕES: Os achados desta análise in vivo estão em concordância com os estudos anatomopatológicos prévios. Identificação das "zonas vulneráveis" na árvore coronária pode ajudar a selecionar dispositivos diagnósticos e de prevenção/tratamento das placas vulneráveis.
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