Padrão alimentar, adiposidade corporal e fatores de risco cardiometabólico em crianças de 4 a 7 anos de idade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vieira, Sarah Aparecida
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: LOCUS Repositório Institucional da UFV
Texto Completo: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10455
Resumo: Devido as mudanças no hábito alimentar da população, observa-se maior consumo de alimentos ricos em gorduras e carboidratos simples, o que tem contribuído para o aumento da prevalência de excesso de peso e outros fatores de risco cardiometabólico. São escassos na literatura trabalhos que avaliam a associação do hábito alimentar e adiposidade corporal com fatores de risco cardiometabólico em crianças, principalmente nas fases pré-escolar e escolar. O objetivo deste estudo foi investigar a associação do padrão alimentar e adiposidade corporal com fatores de risco cardiometabólico em crianças de 4 a 7 anos de idade. Trata-se de um estudo de coorte retrospectiva, conduzido com 403 crianças nascidas no único hospital maternidade de Viçosa, Minas Gerais, Brasil, e que foram acompanhadas pelo Programa de Apoio à Lactação (PROLAC) no primeiro ano de vida. Foram coletados dados nos prontuários do PROLAC referentes ao nascimento e os primeiros meses de vida, como peso ao nascer e tempo de aleitamento materno exclusivo (AME). Na coleta de dados relativa às idades entre 4 e 7 anos, foram obtidas informações sociodemográficas, de estilo de vida e de consumo alimentar. O hábito alimentar das crianças foi avaliado por meio da identificação de padrões alimentares, utilizando-se a Análise de Componentes Principais (ACP). Foram aferidas as medidas de peso, estatura e perímetro da cintura das crianças, procedendo-se ao cálculo do índice de massa corporal por idade (IMC/I) e da relação cintura-estatura (RCE). A composição corporal foi avaliada pela técnica Dual Energy X-ray absorptiometry (DEXA). Realizou-se coleta de sangue para dosagem dos seguintes parâmetros bioquímicos: colesterol total, HDL, LDL, triglicerídeos, glicemia de jejum e insulina de jejum (em uma subamostra). Para avaliação da resistência à insulina, calculou-se o índice triglicerídeos-glicemia (TyG). Foi também avaliada a pressão arterial das crianças, adotando-se protocolo estabelecido. Observou-se que o aumento da adiposidade abdominal (avaliada pelo perímetro da cintura, percentual de gordura central e RCE) foi mais prevalente entre as crianças com excesso de peso. O índice RCE foi o que apresentou maior acurácia na predição do excesso de peso entre as crianças do estudo (AUC = 0,91; IC95%: 0,86-0,96). Os indicadores de adiposidade corporal total e central associaram-se positivamente com a pressão arterial sistólica e diastólica, após ajuste por outras variáveis. Foram identificados neste estudo cinco padrões alimentares, que explicaram 42,3% da variância dos dados, sendo denominados: “Tradicional”, “Não saudável”, “Leite e achocolatado”, “Lanche” e “Saudável”. Encontrou-se que as crianças mais velhas, as que não receberam AME até, pelo menos, o quarto mês de vida e as de maior renda, apresentaram maior probabilidade de consumir alimentos do padrão alimentar “Não saudável. Além disso, verificou-se associação entre menor tempo de AME e moderado consumo de alimentos do padrão “Lanche”. Ainda, as crianças com maior renda per capita também demonstraram maior adesão aos padrões “Lanche” e “Saudável”. Quanto à associação entre os indicadores de adiposidade corporal total e central e os escores dos padrões alimentares, observou-se que a maior adesão ao padrões “Tradicional” e “Não saudável” relacionou-se a maiores valores dos indicadores de adiposidade. Na investigação dos fatores associados ao índice TyG, observou-se que quanto menor o tempo diário em atividades ativas, maior o valor de TyG; e o aumento nos valores do IMC, RCE, percentual de gordura total e central, associou-se positivamente com o TyG. Ainda, pela análise da curva ROC, o ponto de corte do índice TyG para predição da resistência à insulina entre as crianças do estudo, com melhor equilíbrio entre os valores de sensibilidade e especificidade, foi o valor de 7,88. Os resultados deste estudo apontam que o excesso de adiposidade corporal total e central está associado à fatores de risco cardiometabólico, como aumento da pressão arterial e risco de resistência à insulina. Além disso, a maior adesão a padrões alimentares compostos por alimentos de alto valor energético e ricos em carboidratos simples e gorduras, relaciona-se ao aumento da adiposidade corporal na infância.
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O objetivo deste estudo foi investigar a associação do padrão alimentar e adiposidade corporal com fatores de risco cardiometabólico em crianças de 4 a 7 anos de idade. Trata-se de um estudo de coorte retrospectiva, conduzido com 403 crianças nascidas no único hospital maternidade de Viçosa, Minas Gerais, Brasil, e que foram acompanhadas pelo Programa de Apoio à Lactação (PROLAC) no primeiro ano de vida. Foram coletados dados nos prontuários do PROLAC referentes ao nascimento e os primeiros meses de vida, como peso ao nascer e tempo de aleitamento materno exclusivo (AME). Na coleta de dados relativa às idades entre 4 e 7 anos, foram obtidas informações sociodemográficas, de estilo de vida e de consumo alimentar. O hábito alimentar das crianças foi avaliado por meio da identificação de padrões alimentares, utilizando-se a Análise de Componentes Principais (ACP). Foram aferidas as medidas de peso, estatura e perímetro da cintura das crianças, procedendo-se ao cálculo do índice de massa corporal por idade (IMC/I) e da relação cintura-estatura (RCE). A composição corporal foi avaliada pela técnica Dual Energy X-ray absorptiometry (DEXA). Realizou-se coleta de sangue para dosagem dos seguintes parâmetros bioquímicos: colesterol total, HDL, LDL, triglicerídeos, glicemia de jejum e insulina de jejum (em uma subamostra). Para avaliação da resistência à insulina, calculou-se o índice triglicerídeos-glicemia (TyG). Foi também avaliada a pressão arterial das crianças, adotando-se protocolo estabelecido. Observou-se que o aumento da adiposidade abdominal (avaliada pelo perímetro da cintura, percentual de gordura central e RCE) foi mais prevalente entre as crianças com excesso de peso. O índice RCE foi o que apresentou maior acurácia na predição do excesso de peso entre as crianças do estudo (AUC = 0,91; IC95%: 0,86-0,96). Os indicadores de adiposidade corporal total e central associaram-se positivamente com a pressão arterial sistólica e diastólica, após ajuste por outras variáveis. Foram identificados neste estudo cinco padrões alimentares, que explicaram 42,3% da variância dos dados, sendo denominados: “Tradicional”, “Não saudável”, “Leite e achocolatado”, “Lanche” e “Saudável”. Encontrou-se que as crianças mais velhas, as que não receberam AME até, pelo menos, o quarto mês de vida e as de maior renda, apresentaram maior probabilidade de consumir alimentos do padrão alimentar “Não saudável. Além disso, verificou-se associação entre menor tempo de AME e moderado consumo de alimentos do padrão “Lanche”. Ainda, as crianças com maior renda per capita também demonstraram maior adesão aos padrões “Lanche” e “Saudável”. Quanto à associação entre os indicadores de adiposidade corporal total e central e os escores dos padrões alimentares, observou-se que a maior adesão ao padrões “Tradicional” e “Não saudável” relacionou-se a maiores valores dos indicadores de adiposidade. Na investigação dos fatores associados ao índice TyG, observou-se que quanto menor o tempo diário em atividades ativas, maior o valor de TyG; e o aumento nos valores do IMC, RCE, percentual de gordura total e central, associou-se positivamente com o TyG. Ainda, pela análise da curva ROC, o ponto de corte do índice TyG para predição da resistência à insulina entre as crianças do estudo, com melhor equilíbrio entre os valores de sensibilidade e especificidade, foi o valor de 7,88. Os resultados deste estudo apontam que o excesso de adiposidade corporal total e central está associado à fatores de risco cardiometabólico, como aumento da pressão arterial e risco de resistência à insulina. Além disso, a maior adesão a padrões alimentares compostos por alimentos de alto valor energético e ricos em carboidratos simples e gorduras, relaciona-se ao aumento da adiposidade corporal na infância.Due to changes in the dietary habits of the population, there is a greater consumption of foods rich in fats and simple carbohydrates, which has contributed to the increase in the prevalence of overweight and other cardiometabolic risk factors. There are few studies in the literature that evaluate the association of dietary habits and body adiposity with cardiometabolic risk factors in children, especially in the preschool and school phases. The objective of this study was to investigate the association of dietary pattern and body adiposity with cardiometabolic risk factors in children from 4 to 7 years of age. This is a retrospective cohort study, conducted with 403 children born in the only maternity hospital in Viçosa, Minas Gerais, Brazil, and who were followed up by the Lactation Support Program (PROLAC) in the first year of life. Data were collected in the PROLAC records regarding birth and the first months of life, such as birth weight and exclusive breastfeeding time (EB). Data on the ages ranging from 4 to 7 years were obtained from sociodemographic, lifestyle and food consumption data. The dietary habits of the children were evaluated through the identification of dietary patterns, using Principal Component Analysis (PCA). The measures of weight, height and waist circumference of the children were measured, and the body mass index by age (BMI for age) and waist-height ratio (WHR) were calculated. Body composition was evaluated by Dual Energy X-ray absorptiometry (DEXA). Blood samples were collected for the following biochemical parameters: total cholesterol, HDL, LDL, triglycerides, fasting glucose and fasting insulin (in a sub-sample). For the evaluation of insulin resistance, the triglyceride-glycemia index (TyG) was calculated. The children's blood pressure was also evaluated, adopting an established protocol. It was observed that the increase in abdominal adiposity (evaluated by waist circumference, percentage of central fat and WHR) was more prevalent among overweight children. The WHR index was the one that presented the greatest accuracy in the prediction of overweight among the children of the study (AUC = 0.91, 95% CI: 0.86- 0.96). The indicators of total and central body adiposity were positively associated with systolic and diastolic blood pressure, after adjusting for other variables. Five food standards were identified in this study, which explained 42.3% of the variance of the data: "Traditional", "Unhealthy", "Milk and chocolate", "Snack" and "Healthy". It was found that older children, those who did not receive EB until at least the fourth month of life and those with higher income, were more likely to consume food of the "unhealthy" diet. In addition, there was an association between shorter SMA time and moderate food consumption of the "Snack" standard. Still, children with higher per capita income also showed greater adherence to the "Snack" and "Healthy" standards. As for the association between the indicators of total and central body adiposity and the scores of the dietary patterns, it was observed that the greater adherence to the "Traditional" and "Unhealthy" standards was related to higher values of the adiposity indicators. In the investigation of factors associated with the TyG index, it was observed that the lower the daily time in active activities, the higher the TyG value; And the increase in BMI, WHR, percentage of total and central fat, was positively associated with TyG. Also, by the analysis of the ROC curve, the TyG index cut-off point for predicting insulin resistance among the children in the study, with a better balance between the sensitivity and specificity values, was the value of 7.88. The results of this study indicate that excess of total and central body adiposity is associated with cardiometabolic risk factors, such as increased blood pressure and insulin resistance. In addition, the higher adherence to dietary patterns composed of foods of high energy value and rich in simple carbohydrates and fats, is related to the increase of body adiposity in childhood.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de ViçosaHábitos alimentares - CriançasCrianças - Avaliação de riscos de saúdeCoração - Doenças - CriançasNutriçãoPadrão alimentar, adiposidade corporal e fatores de risco cardiometabólico em crianças de 4 a 7 anos de idadeDietary pattern, body adiposity and cardiometabolic risk factors in children from 4 to 7 years of ageinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal de ViçosaDepartamento de Nutrição e SaúdeDoutor em Ciência da NutriçãoViçosa - MG2017-02-24Doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:LOCUS Repositório Institucional da UFVinstname:Universidade Federal de Viçosa (UFV)instacron:UFVORIGINALtexto completo.pdftexto completo.pdftexto completoapplication/pdf2352099https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/10455/1/texto%20completo.pdf65975fdb5014f462c1150a3386734579MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/10455/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52THUMBNAILtexto completo.pdf.jpgtexto completo.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3532https://locus.ufv.br//bitstream/123456789/10455/3/texto%20completo.pdf.jpgb6b5abf938af012d2ace7621aaaa2419MD53123456789/104552017-06-01 23:00:33.304oai:locus.ufv.br:123456789/10455Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.locus.ufv.br/oai/requestfabiojreis@ufv.bropendoar:21452017-06-02T02:00:33LOCUS Repositório Institucional da UFV - Universidade Federal de Viçosa (UFV)false
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