Roberto de Andrade Martins

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Roberto de Andrade Martins (Juiz de Fora, 6 de abril de 1950) é um físico, filósofo, historiador da ciência e escritor brasileiro.

Roberto de Andrade Martins fez inicialmente sua formação em física pela Universidade de São Paulo. Posteriormente, obteve seu doutorado em Lógica e Filosofia da Ciência na Universidade Estadual de Campinas, a respeito dos aspectos axiológicos presentes no trabalho científico. Realizou estágios de pós-doutorado sobre história da ciência nas universidades de Oxford e Cambridge, na Inglaterra.

Desde criança, Roberto Martins gostava de escrever. Durante sua adolescência, participou de um concurso de contos promovido pelo Núcleo Mineiro de Escritores (NUME) de Juiz de Fora e pelos Diários Associados, ganhando 3 dos 5 prêmios. Fez o vestibular da Universidade de São Paulo e iniciou a graduação em física em 1968. Durante esse período, dedicou-se a estudos sobre filosofia da ciência, história da ciência, física e também sobre filosofia oriental. Editou uma revista, a ''Protofísica'', que era distribuída na USP e em algumas outras universidades. Durante sua graduação, trabalhou como ''free lancer'' da Editora Abril, escrevendo artigos de divulgação científica e colaborando no projeto educacional ''Os Cientistas'', além de trabalhar como professor em colégios e cursinhos. Participou ativamente do movimento estudantil da época. Desde essa época, a maior parte de sua formação ocorreu de forma autodidata.

Após concluir a graduação, trabalhou primeiramente na Universidade Estadual de Londrina (1973 a 1975), onde ajudou a criar o curso de física. Nessa fase, dedicou-se especialmente a pesquisas sobre ensino, e sobre fundamentos da física. Desenvolveu também atividades artísticas, participando do grupo de teatro da ''Casa de Artes e Ofícios Paulo VI'', dirigida pelo artista plástico Henrique de Aragão, em Ibiporã, PR. Continuou a desenvolver atividades de teatro após se mudar para Curitiba, em 1976, fundando o ''Grupo Teatral Mandala'' e escrevendo a peça teatral ''A Grande Máquina'', encenada por esse grupo em 1977. Foi professor dos departamentos de Física e de Filosofia da Universidade Federal do Paraná e durante essa fase publicou seus primeiros artigos sobre teoria da relatividade, filosofia da ciência e história da ciência em revistas internacionais.

Foi professor do Instituto de Física Gleb Wataghin da Unicamp durante a maior parte de sua carreira como professor universitário, de 1983 até se aposentar em 2010. É considerado um pesquisador sênior muito ativo nas áreas de história e filosofia da ciência, organizando muitas atividades, seminários, congressos e periódicos. Suas principais pesquisas se referem aos fundamentos, história e filosofia da física teórica e experimental, da astronomia e de outras ciências, incluindo matemática, química e vários aspectos da biologia. Nesses estudos, ele analisa a metodologia, a base conceitual e a dinâmica da pesquisa científica. Também organizou uma base de dados sobre as fontes para pesquisa da história das ciências, da medicina e das técnicas em Brasil e Portugal, abrangendo o período do século XV até 1900.

Paralelamente à sua carreira de professor universitário, dedicou-se ao estudo do Yoga e da espiritualidade indiana, seguindo um interesse que surgiu durante sua adolescência. Interessa-se principalmente por práticas de meditação (''dhyāna'') e pelo pensamento filosófico e religioso da Índia. Iniciou a orientação de grupos de meditação em São Paulo, na década de 1970. Em Curitiba, ministrou cursos de extensão sobre o pensamento indiano na Universidade Federal do Paraná e foi professor de filosofia oriental e coordenador do curso de graduação em Yoga das Faculdades Espírita, em 1980, além de prosseguir na orientação de grupos de meditação. Posteriormente, participou durante vários anos como docente convidado dos cursos de pós-graduação (especialização) em Yoga das Faculdades Integradas Espírita (UNIBEM) em Curitiba (PR) e em Vitória (ES). Ministrou nesse curso as disciplinas sobre textos tradicionais indianos, abordando o estudo de obras fundamentais como: ''Bhagavad Gītā'', as ''Upaniṣads'', ''Yoga Sūtra'' de Patañjali, e outros livros fundamentais para a compreensão da filosofia indiana. Fornecido pela Wikipedia
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