Histórico de desastres naturais no estado de Santa Catarina e ferramenta para avaliar percepção de risco.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Medeiros, Patrícia
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Universitário da Ânima (RUNA)
Texto Completo: https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/21189
Resumo: O alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável é almejado por diversos países e a maioria deles está relacionada às mudanças climáticas e suas implicações. O crescimento populacional, o número de pessoas que residem nos centros urbanos e os desastres naturais afetam um número crescente de pessoas. Com registros climáticos cada vez mais precisos é possível estimar a ocorrência de um evento climático antes que ele aconteça. No capítulo 1 foram analisados dados de desastres naturais dos grupos climatológicos, geológicos, hidrológicos, meteorológicos e biológicos que atingiram o Estado de Santa Catarina no período de 1998 a 2019. Os dados históricos de desastres de 1998 a 2019 foram coletados da plataforma 'online' da Defesa Civil de Santa Catarina e os eventos mensais de El Niño e La Niña foram obtidos da plataforma 'online' da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica, e organizados. A partir da análise, identificou-se que os desastres naturais hidrológicos prevaleceram sobre os climáticos e meteorológicos, e os geológicos foram menos recorrentes, mas tiveram maior impacto. O ano de 2011 registrou o maior número de ocorrências de desastres naturais. A região hidrográfica do Vale do Itajaí foi a que registrou o maior número de ocorrências no período. Nos anos de La Niña houve registros de desastres geológicos e climáticos, sendo a seca que mais afeta pessoas e atividades no Estado. O excesso de precipitação, associado a eventos de El Niño, ocorre nos meses de verão, aumentando o teor de água no solo e contribuindo para o acúmulo, parece contribuir para desastres ambientais nos meses subsequentes. Concluiu-se que as estações chuvosas catarinenses são as principais responsáveis pelos desastres no Estado. O maior número de registros está ligado às regiões hidrográficas com maior número populacional quando comparadas às bacias hidrográficas com área mais extensa. As análises podem ser utilizadas como ferramenta de monitoramento da situação hidrológica, meteorológica e climática do Estado. Resultou em informação e conscientização da população para o enfrentamento dos desastres, justificando a importância das políticas públicas de combate aos desastres naturais cíclicos. A percepção de alto risco em uma comunidade é essencial para reduzir as perdas humanas e materiais, e a educação formal é um dos meios utilizados para atingir esse objetivo. No capítulo 2 foi adaptado um questionário sobre percepção de risco dos desastres naturais mais comuns no Estado de Santa Catarina. Esta pesquisa-ação conseguiu reunir e analisar dados de três grupos que responderam ao questionário antes e depois de uma palestra relacionada aos desastres naturais regionais mais comuns. Por meio do questionário foi possível identificar os fatores demográficos, a percepção de risco aos desastres e o comportamento diante de um desastre. Os dois primeiros grupos são majoritariamente estudantes de graduação da Universidade do Sul de Santa Catarina, com idade entre 20 e 29 anos, e o terceiro grupo, agentes da Defesa Civil de Minas Gerais com idade entre 30 e 39 anos, sendo a maioria do sexo masculino. A percepção de risco do terceiro grupo foi maior em relação aos dois primeiros. O comportamento em caso de desastres apresentado pelos três grupos apresentou semelhanças e corresponde às orientações da Defesa Civil de Santa Catarina. Os grupos demonstraram sensibilidade às mudanças climáticas e uma forte confiança no sistema de comunicação de desastres da Defesa Civil. Outros aspectos importantes foram questionados, como o preparo da família em caso de desastre. Concluiu-se que o questionário conseguiu mensurar o aumento da percepção de risco imediato entre os participantes da palestra, identificando também o perfil dos participantes e resultando em um importante instrumento de avaliação da percepção de risco.
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Os dados históricos de desastres de 1998 a 2019 foram coletados da plataforma 'online' da Defesa Civil de Santa Catarina e os eventos mensais de El Niño e La Niña foram obtidos da plataforma 'online' da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica, e organizados. A partir da análise, identificou-se que os desastres naturais hidrológicos prevaleceram sobre os climáticos e meteorológicos, e os geológicos foram menos recorrentes, mas tiveram maior impacto. O ano de 2011 registrou o maior número de ocorrências de desastres naturais. A região hidrográfica do Vale do Itajaí foi a que registrou o maior número de ocorrências no período. Nos anos de La Niña houve registros de desastres geológicos e climáticos, sendo a seca que mais afeta pessoas e atividades no Estado. O excesso de precipitação, associado a eventos de El Niño, ocorre nos meses de verão, aumentando o teor de água no solo e contribuindo para o acúmulo, parece contribuir para desastres ambientais nos meses subsequentes. Concluiu-se que as estações chuvosas catarinenses são as principais responsáveis pelos desastres no Estado. O maior número de registros está ligado às regiões hidrográficas com maior número populacional quando comparadas às bacias hidrográficas com área mais extensa. As análises podem ser utilizadas como ferramenta de monitoramento da situação hidrológica, meteorológica e climática do Estado. Resultou em informação e conscientização da população para o enfrentamento dos desastres, justificando a importância das políticas públicas de combate aos desastres naturais cíclicos. A percepção de alto risco em uma comunidade é essencial para reduzir as perdas humanas e materiais, e a educação formal é um dos meios utilizados para atingir esse objetivo. No capítulo 2 foi adaptado um questionário sobre percepção de risco dos desastres naturais mais comuns no Estado de Santa Catarina. Esta pesquisa-ação conseguiu reunir e analisar dados de três grupos que responderam ao questionário antes e depois de uma palestra relacionada aos desastres naturais regionais mais comuns. Por meio do questionário foi possível identificar os fatores demográficos, a percepção de risco aos desastres e o comportamento diante de um desastre. Os dois primeiros grupos são majoritariamente estudantes de graduação da Universidade do Sul de Santa Catarina, com idade entre 20 e 29 anos, e o terceiro grupo, agentes da Defesa Civil de Minas Gerais com idade entre 30 e 39 anos, sendo a maioria do sexo masculino. A percepção de risco do terceiro grupo foi maior em relação aos dois primeiros. O comportamento em caso de desastres apresentado pelos três grupos apresentou semelhanças e corresponde às orientações da Defesa Civil de Santa Catarina. Os grupos demonstraram sensibilidade às mudanças climáticas e uma forte confiança no sistema de comunicação de desastres da Defesa Civil. Outros aspectos importantes foram questionados, como o preparo da família em caso de desastre. Concluiu-se que o questionário conseguiu mensurar o aumento da percepção de risco imediato entre os participantes da palestra, identificando também o perfil dos participantes e resultando em um importante instrumento de avaliação da percepção de risco.O alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável é almejado por diversos países e a maioria deles está relacionada às mudanças climáticas e suas implicações. O crescimento populacional, o número de pessoas que residem nos centros urbanos e os desastres naturais afetam um número crescente de pessoas. Com registros climáticos cada vez mais precisos é possível estimar a ocorrência de um evento climático antes que ele aconteça. No capítulo 1 foram analisados dados de desastres naturais dos grupos climatológicos, geológicos, hidrológicos, meteorológicos e biológicos que atingiram o Estado de Santa Catarina no período de 1998 a 2019. Os dados históricos de desastres de 1998 a 2019 foram coletados da plataforma 'online' da Defesa Civil de Santa Catarina e os eventos mensais de El Niño e La Niña foram obtidos da plataforma 'online' da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica, e organizados. A partir da análise, identificou-se que os desastres naturais hidrológicos prevaleceram sobre os climáticos e meteorológicos, e os geológicos foram menos recorrentes, mas tiveram maior impacto. O ano de 2011 registrou o maior número de ocorrências de desastres naturais. A região hidrográfica do Vale do Itajaí foi a que registrou o maior número de ocorrências no período. Nos anos de La Niña houve registros de desastres geológicos e climáticos, sendo a seca que mais afeta pessoas e atividades no Estado. O excesso de precipitação, associado a eventos de El Niño, ocorre nos meses de verão, aumentando o teor de água no solo e contribuindo para o acúmulo, parece contribuir para desastres ambientais nos meses subsequentes. Concluiu-se que as estações chuvosas catarinenses são as principais responsáveis pelos desastres no Estado. O maior número de registros está ligado às regiões hidrográficas com maior número populacional quando comparadas às bacias hidrográficas com área mais extensa. As análises podem ser utilizadas como ferramenta de monitoramento da situação hidrológica, meteorológica e climática do Estado. Resultou em informação e conscientização da população para o enfrentamento dos desastres, justificando a importância das políticas públicas de combate aos desastres naturais cíclicos. A percepção de alto risco em uma comunidade é essencial para reduzir as perdas humanas e materiais, e a educação formal é um dos meios utilizados para atingir esse objetivo. No capítulo 2 foi adaptado um questionário sobre percepção de risco dos desastres naturais mais comuns no Estado de Santa Catarina. Esta pesquisa-ação conseguiu reunir e analisar dados de três grupos que responderam ao questionário antes e depois de uma palestra relacionada aos desastres naturais regionais mais comuns. Por meio do questionário foi possível identificar os fatores demográficos, a percepção de risco aos desastres e o comportamento diante de um desastre. Os dois primeiros grupos são majoritariamente estudantes de graduação da Universidade do Sul de Santa Catarina, com idade entre 20 e 29 anos, e o terceiro grupo, agentes da Defesa Civil de Minas Gerais com idade entre 30 e 39 anos, sendo a maioria do sexo masculino. A percepção de risco do terceiro grupo foi maior em relação aos dois primeiros. O comportamento em caso de desastres apresentado pelos três grupos apresentou semelhanças e corresponde às orientações da Defesa Civil de Santa Catarina. Os grupos demonstraram sensibilidade às mudanças climáticas e uma forte confiança no sistema de comunicação de desastres da Defesa Civil. 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