Efeito do intervalo de recuperação fixo e auto selecionado no treinamento de força: novas perspectivas na prescrição

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santana, Wilian de Jesus
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Universitário da Ânima (RUNA)
Texto Completo: https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/17533
Resumo: INTRODUÇÃO: Nas últimas décadas o intervalo de recuperação entre séries e exercícios, recebeu atenção dos pesquisadores de treinamento de força, o que tem contribuindo no entendimento dessa variável em relação a manutenção do rendimento, em especial da carga durante o treinamento de musculação. Entretanto, mesmo com a recomendação do intervalo de recuperação, sabe-se que cada indivíduo responde de modo específico ao estimulo do treinamento. Desta forma, a pergunta geradora foi: Por que manter o intervalo fixo de recuperação para pessoas com nível de treinamento e intensidades diferentes de treinamento? OBJETIVO: O presente estudo analisou a relação entre o número total de repetições no treinamento de musculação em adultos treinados, submetidos a intervalo de recuperação determinado e auto selecionado. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: Foram realizadas duas análises que permitiram observar o fenômeno em questão sendo: análise 1, realizamos pelos critérios metodológicos uma revisão sistemática e meta- análise, na comparação do intervalo de recuperação fixo e auto selecionado em função do volume de treino, identificado pelo número de repetições realizados em programa de musculação. Durante o período de março a julho de 2020, foram analisados os registros de 3 bases de dados eletrônicas (Pubmed, Biblioteca Virtual da Saúde BVS, Ebsco Sportdiscus), combinando as palavras “treinamento de resistência, exercício resistido, e exercício de força”, “intervalo de recuperação, intervalo de descanso, intervalo de recuperação, intervalo auto sugerido, intervalo auto selecionado” com combinação “AND” e “OR”. Os dados reunidos de 05 estudos mostraram um grande efeito significativo a favor do grupo experimental (>2 minutos) (MD: 1.24; 95%-IC [0.78; 1.71]; z: 5.25, Q:1.08; p < 0.01). As intervenções foram conduzidas para comparar o efeito dos intervalos de recuperação que continham tempos >2 minutos e <2 minutos entre séries A meta análise demonstrou maior efeito a favor do intervalo de recuperação >2 minutos, uma vez que nos estudos em questão, esse intervalo de recuperação possibilitou maior volume de treino. Os estudos aqui apresentados demonstraram que o intervalo de recuperação entre 3 e 4 minutos são eficazes entre séries para treinamento de força com intensidades altas. A análise 2, foi desenhada na comparação entre o efeito do intervalo de recuperação auto selecionado e o intervalo determinado, em relação ao volume de treinamento de musculação em diferentes intensidades (60, 75 e 90% de 1-RM) nos exercícios supino e leg press. RESULTADOS: Encontramos redução de 68,54% no número de repetições na intensidade baixa em relação intensidade alta no exercício supino e 25,11% no leg press entre as séries com aumento do intervalo de recuperação auto selecionada em 78,93% e 37,55%, respectivamente. Em relação a percepção subjetiva de esforço, e percepção de prazer, associada à satisfação do praticante e na escala de dor associada ao desconforto não houve diferença significante entre as intensidades nos dois exercícios. CONCLUSÃO: Intervalos mais longos parecem ser melhores, no volume total do treinamento, embora não haja consenso para diferentes objetivos do treinamento frente ao intervalo de recuperação auto selecionado. Dessa forma, imaginamos que essa estratégia possa ser importante na organização do programa de exercício de musculação.
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