O estudo da pandemia de Covid-19 no atendimento aos pacientes com síndrome coronariana aguda com supra de st em um hospital terciário do Sul do Brasil

• Autor(a) principal: Coutinho, Lia Matos
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Universitário da Ânima (RUNA)
• Texto Completo: https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/29063
• topic: Síndrome coronariana aguda; COVID-19; Pandemia; Complicações

Objetivo: analisar os efeitos da pandemia da COVID-19 no perfil e manejo dos pacientes atendidos com Síndrome Coronariana Aguda com Supra de ST (SCACSST) em um hospital terciário do sul do Brasil. Métodos: estudo observacional com delineamento transversal com análise de dados secundários obtidos por meio da revisão de prontuários eletrônicos, dos pacientes atendidos com SCACSST nos períodos de março a dezembro de 2019 e março a dezembro de 2020. Resultados: foram avaliados dados de 169 pacientes, divididos em dois grupos (pré-pandemia x pandemia). Não foram encontradas diferenças significativas no perfil clínico dos pacientes dos dois grupos. O sexo masculino, a faixa etária de 60 anos e hipertensão arterial coo comorbidade foram os achados mais prevalentes em ambos. A mediana de tempo do início dos sintomas até a chegada ao hospital foi de 60 minutos (60-120) no grupo pré pandemia e de 120 minutos (60-120) no grupo pandemia. Não houve diferenças nas medianas tempos da entrada hospitalar até o atendimento [150 minutos (90-195) em 2019 X 150 minutos (90-180) em 2020] e internação [6 dias (5-7,5) em 2019 X 5 dias (4-6) em 2020]. A angioplastia coronariana foi a terapêutica instituída na maioria dos pacientes nos dois períodos (87,5% em 2019 X 80,3% em 2020, p=0,378). A presença de Diabetes Mellitus e as intervenções por via femoral estiveram associadas com maiores taxas de mortalidade em toda a população analisada. Conclusão: a pandemia da COVID-19 não alterou o perfil dos pacientes atendidos com SCACSSST nem os fatores relacionados com a mortalidade destes pacientes. Porém o período da pandemia esteve associado a uma maior demora por parte destes pacientes na procura por atendimento hospitalar.