Conhecimento do Acadêmico de Medicina sobre Cuidados Paliativos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Orth,Larissa Chaiane
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Haragushiku,Eder Yukio, Freitas,Inês Carolina Siqueira, Hintz,Micheli Cristiane, Marcon,Chaiana Esmeraldino Mendes, Teixeira,José Francisco
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Educação Médica (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022019000500286
Resumo: RESUMO Introdução O envelhecimento da população mundial traz consigo o aumento de doenças crônicas, sem ser acompanhado de melhoria na qualidade de vida ou do enfrentamento das enfermidades. Nesse contexto, os cuidados paliativos se enquadram como um modelo interdisciplinar que visa garantir o cuidado integral ao ser humano. Em contrapartida, a busca incessante pela cura pode resultar em um sentimento de negação e derrota frente à finitude da vida. Durante o processo de graduação médica, é necessário abordar essa temática para que os futuros profissionais se sintam adequadamente preparados e seguros, proporcionando o melhor para seus pacientes. Objetivo Avaliar o conhecimento sobre cuidados paliativos dos acadêmicos do internato do curso de graduação em Medicina da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), campus Tubarão. Método Realizou-se um estudo transversal por meio de questionário autoaplicável com 39 questões, agrupadas em 12 questões sociodemográficas e 27 questões objetivas sobre cuidados paliativos. A coleta de dados ocorreu de março a junho de 2018. Foram utilizados os testes de qui-quadrado (X2), exato de Fisher, razão de verossimilhança, Anova e teste de Tukey. O nível de significância estatística adotado foi de 5%. Resultados Participaram do estudo 188 acadêmicos, 56,9% do sexo feminino, com faixa etária prevalente entre 21 e 25 anos. Caso fossem pacientes oncológicos, 3,2% (6) dos entrevistados prefeririam a decisão de tratamento tomada somente pelo médico, sendo que, destes, 83,3% (5) eram do sexo masculino (p = 0,04); 49,5% (93) dos entrevistados se declararam preparados para enfrentar o processo de morte e luto, sendo que, destes, 54,8% (51) eram do sexo masculino (p = 0,005); 80,3% (151) dos acadêmicos negaram ter adquirido habilidades para comunicar más notícias, sendo que, destes, 62,9% (95) eram do sexo feminino (p < 0,001). O décimo semestre do curso apresentou a melhor média de acertos em questões relacionadas à farmacologia do tratamento da dor. A maioria dos acadêmicos considerou importante incorporar conteúdos sobre cuidados paliativos ao currículo, porém 68,1% não tinham interesse em atuar nessa área. Conclusão O ensino sobre a temática de cuidados paliativos durante a graduação de Medicina da Unisul resultou em um conhecimento adequado dos acadêmicos do internato, porém se observa dificuldade frente ao processo de morte e insegurança na abordagem de comunicações e na atitude médica. É necessário aprimorar o ensino de competências e habilidades na área, enfatizando o cuidado universal centrado no paciente e não somente na cura de doenças, bem como mobilizar esforços a fim de incentivar a autoestima dos acadêmicos.
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