Aprendizagem da Empatia na Relação Médico-Paciente: um Olhar Qualitativo entre Estudantes do Internato de Escolas Médicas do Nordeste do Brasil
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Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Educação Médica (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022019000500349 |
Resumo: | RESUMO A empatia é um atributo do ato clínico, de fundamental importância para o estabelecimento de uma boa relação médico-paciente. Os cursos de graduação em Medicina devem orientar a formação com o propósito de desenvolver competências que favoreçam a capacitação de um profissional crítico e apto a entender a importância do trabalho em equipe. Este estudo tem por objetivo analisar a aprendizagem da empatia em estudantes de graduação de cursos médicos de universidades públicas do Nordeste do Brasil, os quais estão inseridos no último ano do internato médico. Para tanto, buscou-se apreender as concepções de empatia desses alunos, conhecer como ocorreu a aprendizagem para uma atitude empática durante a formação médica e identificar a maneira de aprimorar essa aprendizagem. Optou-se pela metodologia de cunho qualitativo, e utilizou-se de grupos focais com estudantes de duas universidades distintas, cujas falas foram submetidas a uma análise temática, em que se procurou apreender as concepções de empatia, a aprendizagem da mesma na graduação e as sugestões para o aprimoramento de seu ensino/aprendizagem. Os resultados apontaram que os estudantes não reconhecem ou identificam momentos de ensino relevantes, durante a formação, no tocante à aprendizagem da empatia e, quando mencionados, fazem a sua relação mais à teoria do que à prática médica. Destacam que a metodologia utilizada é pouco estimulante e que os docentes carecem de capacitação. Solicitam, ainda, um olhar institucional para a saúde mental deles. Não houve diferenças significativas entre sexo e idade dos estudantes quanto à disposição empática. Conclui-se que esta pesquisa confirmou o pressuposto inicial: a graduação médica, de modo geral, não tem preparado, adequadamente, os estudantes para a prática da empatia na relação médico-paciente. Para esses alunos, destaca-se como dificuldade a “capacidade de se colocar no lugar do outro”, fortalecendo, assim, a necessidade de um olhar mais cuidadoso do aparelho formador no sentido de intervir com mais propriedade para elevar a aprendizagem desse componente da empatia. |
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