Avaliação da Disponibilidade para Aprendizagem Interprofissional de Estudantes de Ciências da Saúde
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Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Educação Médica (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022017000100050 |
Resumo: | RESUMO A educação interprofissional é uma importante ferramenta para o desenvolvimento das competências colaborativas na formação de estudantes na área da saúde, com experiências ainda escassas no Brasil. Essa dificuldade de implementação deve-se principalmente a resistências institucionais, de professores e estudantes, a entraves curriculares e ao corporativismo das profissões. Por isso, destaca-se a importância deste artigo em compartilhar uma experiência de educação interprofissional, em que se buscou avaliar a disponibilidade para aprendizagem interprofissional de estudantes do Centro de Ciências da Saúde da Universidade de Fortaleza (UNIFOR). Para tanto, realizou-se um estudo transversal, observacional, descritivo e de abordagem quantitativa. A amostra foi uma casuística de 770 estudantes dos cursos de Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Odontologia, Medicina, Nutrição, Psicologia e Terapia Ocupacional que estavam no primeiro, na metade e nos últimos semestres. Foi aplicado o questionário Readiness Interprofessional Learning Scale (RIPLS), versão adaptada ao português, validada para cursos de graduação. Por meio do programa Epidata 3.1, construiu-se um banco de dados, com a validação de dupla digitação. O banco de dados foi exportado para o programa Stata 12.0, em que se realizou a análise dos dados. Para análise da diferença estatística significante, calculou-se o teste t e Anova para a diferença de médias e Qui-Quadrado para a concordância das assertivas isoladamente, considerando o nível de significância de 5%. Da amostra, participaram 186 (24,2%) homens e 584 (75,8%) mulheres. Houve significância estatística (p-valor = 0,0082) em relação à média superior das mulheres (109,27) em desenvolver competências colaborativas em comparação aos homens (107,5). Também foi observado um decréscimo do escore de competências colaborativas com o aumento do grupo etário, pois no grupo de 16-20 anos a média foi de 110, e nos grupos de 21-25 e acima de 26 anos foi de 108,2 (p-valor = 0,016). A média geral de desenvolvimento de competências colaborativas de todos os participantes da pesquisa foi de 108,8, não havendo diferença significativa por curso (p-valor = 0,947). Ainda foi analisado que os alunos concluintes possuem menor potencial para desenvolver competências colaborativas (107,93) do que os intermediários (108,7) e ingressantes (110,3) (p-valor = 0,0052). O estudo aponta que os estudantes ingressantes apresentaram alta disponibilidade para a educação interprofissional, tornando propício que, no início da vida acadêmica, as habilidades de trabalho em equipe e colaboração, identidade profissional e atenção centrada no paciente sejam fortalecidas nos currículos sem apresentar resistência do estudante, sendo importante desenvolver essas ações até o final do curso. |
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